Capítulo 1

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Ainda não consigo acreditar no que acabou de acontecer com Camila, quer dizer em um momento estávamos nos esgueirando pela nave e agora ela está amarrada a três regnaris divinos! Quer dizer eu sei que ela não pensa assim agora, mas se ela soubesse do único segredo que tenho mantido para mim nos últimos dois anos... 

Ela ficaria feliz em tê-los com ela. Meus pais me fizeram ficar trancada na Ala real depois da confusão que Camila causou, claro que quase ninguém sabe de fato que aconteceu alguma coisa. Todo mundo está focado na missão principal e não quer que as pessoas na nave comecem a comentar sobre outras coisas. 

Principalmente quando o Conselho está jogando com a cabeça de todos por aqui, minha mãe não falou muito desde que chegou aqui além do necessário e isso é uma grande coisa. Ela está no modo defensivo desde que chegou aqui, sei disso porque ela e Daise quase não saem do computador.

Para Daisy isso é normal, mas mamãe não ficaria tão imersiva assim em um lugar novo como esse. Ela pode ser do tipo reservada como pessoa, mas ainda tem o espirito curioso. Durante o tour que Melissa fez comigo e com Camila achei realmente que encontraria ele aqui, rodamos por toda a nave e entramos praticamente em todos os cantos nesse lugar.

Eu ainda consigo lembrar dele, com o macacão azul quase do mesmo tom que Cedric usa, em um tom mais claro. Da primeira vez que o vi até achei que era Cedric e fiquei chocada por ter sentido o que senti quando nossos olhos se encontraram, rapidamente eu percebi que não era. Tentei formular qualquer palavra para chamar a atenção dele, mas nada saiu. 

O momento passou e quando pisquei ele não estava mais lá, sumiu como se fosse obra da minha imaginação. Minha família acha que estou focada em trabalhar na Flowerssafe, quando na verdade, estou perseguindo um cara. Um regnar que não faço ideia do nome nem como descreve-lo, porque tenho medo de que se eu falar para alguém eu perceba que no fim foi tudo um sonho.

Daisy não se interessou muito pela movimentação estranha na Ala real e deixei para contar as novidades quando fossemos descansar, nossa mãe ainda não disse quem ela quer que fique aqui, ou volte para casa ou ainda fique na nave auxiliar. Eu sei que Lucia vai na missão principal ela está treinando e se preparando enquanto as outras mulheres não chegam, acabei fazendo o mesmo, mas escondida no quarto.

Minha mãe e meu pai não querem que eu faça parte da missão principal, mas eu vou fazer isso. Sou tão capaz de sair viva dessa quando Lucia, posso não ser tão durona, mas eu sou tão boa quanto ela. Quase a derrubei uma vez... Quando ela estava com gripe e uma febre de quarenta graus que ninguém sabia que ela estava sentindo na hora, mas ainda conta.

-Nora! - Minha mãe grita quando entra no quarto e eu pulo fingindo que estava apenas me alongando - Menina eu já disse que você não vai! Pare agora de se exercitar e coloque sua bunda na sala, as outras mulheres chegaram e vamos delegar as tarefas e quem vai ficar ou voltar para casa.

Eu não respondo, só saio do quarto com a cabeça erguida. Minha mãe precisa achar que eu só estou sendo teimosa, se ela se quer imaginar que eu tenho um jeito de entrar todo o meu planejamento vai para o ralo. Daisy está nisso comigo ela não quer ir na missão principal fingindo ser uma refém, por ela vai conseguir me dar cobertura para entrar.

Daisy me alertou que o lugar não é como um lugar para tirar férias na pegada de um parque de diversões na noite do terror, ela me alertou do quão séria a situação é e eu entendi tudo isso. Por isso quer tanto entrar nela, para provar que não sou uma criança teimosa. Eu sei que estou agindo como uma para entrar, quando minha mãe deixou claro que não me quer lá. 

Só que isso é diferente! Eu preciso provar para eles e até mesmo para mim que sou capaz, talvez isso também me ajude a pensar em outra coisa que no gigante de pele branca acinzentada que eu só vi uma vez na vida. 

Sento no sofá entre Daisy e Lucia, o resto do pessoal está chegando e minha mãe anuncia que as mulheres vão participar também, assim que desembarcarem. Enquanto isso minha mente volta para o que aconteceu com Camila e os trigêmeos, foi surreal ver o cara quase morto abrir os olhos e olhar para minha amiga como se ela fosse a única pessoa na sala, pelo menos a única que importasse.

Camila também olhou assim para os três por um momento. Eu senti inveja da minha amiga, fiquei feliz quando entendi o que tinha acontecido,  meu peito se encheu de esperança de que essa coisa de heltani fosse o que eu senti quando vi meu regnar misterioso. Rapidamente meu peito também afundou, porque percebi que se fosse essa coisa de instinto ancestral ele nunca teria se afasto de mim. Todos os casais que despertaram essa coisa não conseguem nem mesmo ficar em salas diferentes que seu companheiros por muito tempo.

Inferno, Cedric nem mesmo se importou mais com toda a missão suicida desde que Elizabeth entrou em trabalho de parto. O homem ficou ainda mais branco e não solta a mão dela para nada, não importa que Yiz e Merida estejam acompanhando ela de perto, ele simplesmente não consegue evitar.

Também nunca vi Uas... Adrian, tão feliz. É estranho saber que ele assumiu a identidade do irmão, mas ainda assim age como sempre agiu. Uasal que é um pouco distante de todos, mas acho que é aceitável depois do que ele passou por todos esses anos.

Fecho os olhos rapidamente, porque começo a sentir um onda de algo grande e poderoso chegando. Por um segundo não consigo abrir os olhos, por um seguindo a dor no meu peito fica tão grande que quase começo a chorar descontroladamente. Uso todas as fibras do meu ser para que isso não aconteça, ninguém pode se quer pesar que eu não estou bem. Caso contrário meus pais me colocariam em um ônibus com passagem direto para casa.

-Que bom, vocês também vão se juntar a nós - Minha mãe fala rapidamente quando as portas principais são abertas, eu ainda estou com os olhos fechados tentando manter o controle, mas é quase opressor a ponto de me fazer ficar sem ar.

Quando finalmente forço meus olhos abertos, a primeira coisa que vejo são os olhos amarelos com duas íris esticadas como a de um gato. Por algum motivo eu sei que está errada nesse rosto, eu simplesmente sei que não o natural dele. Um nariz estilo Lord Voldemort que tem uma pequena protuberância apontando para fora com fendas nas narinas, a boca é quase uma linha reta. Sem sobrancelhas ou cabelo é possível ver nuances de cores atravessando a pele com um bronzeado humano perfeito.

Ele não fala nada e nem eu, meu foco está em conseguir respirar sem me entregar muito. Forço meu olhos a parar de encara-lo, não dura muito e volto a analisa-lo. Seu peito está nu com um belo pacote trincado, sem mamilos ou umbigo. Uma calça que mais parece uma calça saruel, marrom com uma faixa grossa de couro na cintura baixa. A calça parece ser feita de pele termina em botas de combate, que parecem ser feitas do mesmo material do cinto de couro.

O estranho parece selvagem e claramente é um dos regnaris que se disfarçou de surnes para ir na missão principal, contudo eu sinto no meu peito que esse cara é o meu cara. Esse estranho com um aparência totalmente estranha é o mesmo regnar que encontrei a dois anos atrás e achei que fosse obra da minha imaginação.

Agora mais do que nunca preciso estar naquela nave de infiltração.





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Oi meu povo! Como você estão?

Esse é o primeiro capitulo da continuação da história principal, vou lançar aos poucos como sempre e em paralelo continuar escrevendo "A Origem da Maldição". ⤵⤵⤵

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É isso boa leitura ❤❤❤❤


(DEGUSTAÇÃO) Companheiro Involuntário 3.0Onde histórias criam vida. Descubra agora