Imagines Skins

Emily | you so lovely, really

Você colocou os dedos das duas mãos em volta de ambos os suportes enferrujados do balanço, segurando nos mesmos enquanto embalava levemente e de forma quase imperceptível, para trás e para frente.
O frio constante de Bristol e nuvens acinzentadas de chuva deixavam o clima tão depressivo quanto podia. A praça vazia lhe deixava com uma sensação solitária e gosto amargo na boca. Estava tudo bem, mas ao mesmo tempo, estranhamente estranho.
De repente, tudo ficou tão lendo ao seu redor, mas ainda sim, a vida rolava. Você via algumas pessoas passando ao longe, vivendo suas vidas, ocupadas com o novo trabalho ou atrasadas para algum compromisso. Uma dessas faces chamou muito sua atenção, porquê ela se destacava, e não somente pela expressão tranquila e despreocupada, ou os cabelos vermelhos vibrantes feito fogo que lhe queimava o peito, se alastrando por toda você. Ela era diferente de todos os outros corpos que passaram ali, com pressa. Emily era de fato, a calmaria em meio ao caos completo da cidade movimentada e sem graça, onde unicamente adultos saíram com um clima tão ruim para a rua. Emily era aquela criança que queria ficar ali, brincando. Pedindo calma, enquanto aqueles ao redor pediam pressa imediata.
Ela sentou ao seu lado, fazendo o seu coração dar uma pirueta e quase saiu pela boca, ao que o cheiro de chiclete lhe invadiu os sentidos. Você era completamente apaixonada pela garota, era tão inegável. Cada mínimo detalhe, a tornava tão perfeita e única. Seu coração queimava perto dela, se derretendo.
—Oi.
Disse Emily, após algum tempo, com a voz rouca mas ainda sim adocicada, como se partículas de suco sabor morango saltassem de sua boca suavemente junto da saliva quando ela falava, mas era simplesmente seu bom hálito.
—Oi.
Você retribuiu, mirando os olhos que se encontraram imediatamente com os mais gentis castanhos escuro já vistos. Um sorriso de canto tomou seu rosto com o simples pensamento na garota ao seu lado.
—Eu vim ver você. Senti saudades, e imaginei que estaria aqui.
Ela havia sentido saudades? Era com toda certeza, porquê ela não tinha noção de como você sentia ao passar dias longe de seu calor e bom humor.
—Eu também senti saudades, mas só um pouco.
Emily riu, de forma adorável, a melhor canção da qual seu ouvido poderia beber, provar e amar tanto. A risada foi rápida, mas você daria qualquer coisa para ouvir mais disso pelo resto da vida.
—Sei. Incrível, parece que você conseguiria viver sem mim por perto. Ou sem meus dedos.
—Sem você? Totalmente. Sem seus dedos? Jamais.
—Por favor, não corte eles enquanto durmo. Seria tão ruim, de tantas formas.
—Não, querida. Não vou. Prefiro quando você faz.
Você a encarou, e os lábios macios e rosados de Emily estavam curvados em um malicioso, porém fofo sorriso. Ela realmente era incrível, tanto com os dedos, que causavam em você um prazer magnífico, único, a melhor sensação que formigava por seu corpo. Quando também com aquela forma acolhedora e gentil da qual sorria, tornando tudo perfeito.
—Também prefiro fazer em você. Tanto carinho quanto massagear seus peitos. Ou qualquer outra parte do seu corpo.
Você sentiu o coração de sua intimidade pulsar, amava quando Emily jogava toda e qualquer timidez no lixo, e falava livremente com você, daquele jeito. Já podia imaginar uma noite regada a piadas ruins, porém um sexo perfeito. Como sempre. Apenas a ideia dos dedos de Emily, ou seu corpo junto do dela, causavam arrepios por todo o corpo. Sua mente voava. Se possível, queria deitar no chão e fazer ali mesmo. Beijar Emily apaixonada e ferozmente. Sentir os lábios dela provando seu gosto com vontade. Até mesmo fechou os olhos durante segundos, deixando a mente flutuar para o melhor lugar. Como sempre, com ela, era o melhor lugar. Sua intimidade voltou a pulsar com desejo.
—Emily, são tipo, cinco da tarde. Estamos em praça pública. Você não sente vergonha de dizer essas coisas aqui e agora?
Ela riu mais um pouco outra vez. Era definitivamente a mais bela melodia produzida, por ninguém mais tão perfeito quanto ela mesma. Seus ouvidos sentiram satisfação.
—Você tem razão. Desculpe, vou me conter, e guardar a energia para mais tarde.
—Ótimo. Você vai precisar.
Ela aproximou o rosto do seu, tanto quanto podia, pela não tão longa distância entre os balanços. Emily apoiou ambas as mãos em apenas um suporte, e você virou em direção a ela, não querendo que a tamanha conexão fizesse sua respiração falhar ou voz quebrar.
—E por que vou precisar?
Questionou, de forma maliciosa. Sua voz era suave, baixa, provocativa. Mas ainda sim inocente, calma. Um som nunca pode definir uma pessoa tão bem. Emily era exatamente da forma que deixava transparecer. Carinhosa, audaciosa.
—Emily! —Você chamou a atenção dela junto de um pequeno riso. Queria demonstrar seriedade, não tesão. Não ali. Onde todas as pessoas sem graça veriam. Não notariam, claro. Como sempre, muito ocupadas. Ainda sim, não eram tão dignas de ver seu amor com Emily. — Você disse que iria se conter.
—Certo, então. —Ela sorriu, ficando mais bela. Quanto uma rosa. Era clichê, mas definia bem a garota. Depois, pressionou um lábio contra o outro. Cada movimento dela lhe causava excitação. —Eu prometo me conter, então. Mas não prometo nada quanto a beijar essa sua boquinha linda, amor.
—Não precisa se conter, por favor.
Ela se aproximou mais, com o mais lindo sorriso aberto iluminando sua face graciosa. Seus lábios ficaram juntos do dela, macios, saciando uma pequena parcela da sua enorme vontade de ter qualquer contato com o corpo de Emily. Eram gentis. E só melhorou quando o beijo foi aprofundado, e as línguas quentes e molhadas se encontraram, dançando juntas, ao som daquela cidade sem graça. Era tão suave, como beijar uma nuvem, revestida com açúcar. Em um lugar tão amargo quanto aquele. Enquanto os outros eram azedos e rasos, Emily era doce gostosa, e profunda.