1959
Natasha acabara de sair da faculdade, era considerada uma menina prodígio, com seus 21 anos.
Foi em encontro a Steve, que a esperava na lateral do seu chevrolet Bel air 1957, com um girassol em suas mãos e um sorriso em seus lábios.
Ela se aproximou a passos rápidos descendo as escadas da faculdade o abraçando pelo pescoço, oque automaticamente o fez segurar sua cintura e a selar seus lábios em um giro com seu corpo no ar.
⎯ Eu senti sua falta.
Ele confessou a fazendo sorrir contra seus lábios, com as testas coladas.
⎯ Idem.
Natasha sempre sentia a falta dele nos fins de semana, seu pai a trancava em casa, para que apenas estudasse.
Desde a perda de sua mãe, quando a garota tinha apenas 5 anos, seu pai se tornará um homem frio e praticamente sem coração.Nos dias de semana ela passava as manhãs na faculdade e as tardes com Steve, eram seus momentos preferidos dos dias: ao lado dele.
Naquela tarde decidiram que fariam um piquenique na praia, que não era muito longe dali.
Ele estava com a cesta pronta nos bancos de trás do carro, quando abriu a porta para ela e fez a volta adentrando no carro.
Dirigiu e em menos de cinco minutos Steve pode sentir o ar salgado na própria língua, um sorriso cúmplice fez Natasha se derreter em seu banco passageiro.
Steve estacionou e fez a volta abrindo a porta e puxando Natasha já aos beijos e sorrisos para fora do carro e direto para seus braços.
Enquanto se deliciavam um nos lábios do outro, Steve alcançou os cabelos da garota o soltando, para que a vista melhorasse mais ainda com seus cabelos aos ventos da maresia.Ele já estava decidido que aquele seria o dia de enfrentar o pai de Natasha, aquela garota merecia tudo, o mundo ainda seria pouco e uma proposta de casamento seria apenas o começo.
Ele segurou a mão de Natasha com delicadeza, e entrou apenas uma parte do corpo no carro, para pegar a cesta e a toalha que estava embaixo.
Voltando e logo fechando a porta do carro, começou a caminhar com ela até uma parte ali perto, longe o suficiente para a água não alcançar a comida, mas perto o suficiente para admirar o mar.
Eles aproveitaram o momento juntos, compartilhando os alimentos e alguns beijos, sonhos e conversas.
Steve era completamente apaixonado por cada detalhe de Natasha, da pintinha do lado esquerdo da sua bochecha até a unha do seu pé em formato de um U ao contrário.
Eles tinham a diferença de apenas um mês de idade, o assunto naquele momento era o aniversário de Natasha, e as preparações para ir a algum lugar diferente, ele sabia que ela odiava festas de aniversário.
Eles podiam ter ficado apenas 3 horas ali, mas as infindáveis conversas pareciam terem durado minutos, não deixando de pensar o quão engraçado é que quanto mais gostamos de passar o tempo ao lado de alguém, mais rápido o tempo passa.
Eram quase 17:00 da tarde quando começou a chover naquele dia.
A garoa se transformou cada vez mais rápido, para uma chuva mais densa, os fazendo entrar para dentro do carro.
⎯ Eu amo você, e eu posso jurar aqui e agora que essa vida ainda seria pouco para amar você.
Natasha riu nasaladamente, o repetindo a típica frase de sempre.
⎯ Idem.
Olhando em seus olhos, enquanto o cabelo molhado gelava suas costas, e a camisa branca úmida junto com sua saia, desenhavam seu corpo
Sua mão alcançou o rosto de Steve o acariciando da forma mais terna possível.⎯ Eu sei oque poderia nos esquentar nesse momento.
Ela disse com uma expressão não vista antes por ele, oque o deixava mais intrigado.
⎯ Oque?
Ao terminar de perguntar, Natasha avançou o sinal vermelho, e em segundos estavam em um beijo tão caloroso que Natasha não conseguiu evitar, subir no colo do garoto deixando suas pernas uma em cada lado, como se estivesse montada.
As mãos dele em sua cintura, enquanto as mãos pequenas e astutas dela empurravam o casaco de paletó levemente úmido por seus ombros.
Os beijos agora estavam nos pescoço esguio da garota a fazendo o abraçar em sua cabeça com as duas mãos.
Logo descendo as mãos até o cinto da calça de Steve.
As mãos do garoto que antes desenhavam sua cintura, agora estavam interrompendo as suas.
⎯ você tem certeza disso?
Ele disse parando de beija-la enquanto ofegava em busca de ar naquele pequeno limite de tempo tamanha era sua sede dela.
⎯ A unica certeza de tudo que tenho na vida, é nós, Steve.
Ela disse segurando seu rosto com as duas mãos como uma concha.
⎯ Eu quero que seja com você, e nunca aceitaria menos que isso.
Steve a observava, levando suas mãos em seu rosto como um espelho do gesto da garota.
⎯ Mas aqui não seria o certo, é a sua primeira vez, você merece mais, algo memorável, bonito, não a dor desse jeito.
Steve sorriu fraco e culpado, desviando o olhar para uma fita da camiseta dela em sua frente.
Oque a fez levantar o rosto dele para olha-lá novamente.
⎯ Eu não quero nada além de você. Estamos na praia, em chuva, no seu carro e eu tenho você. Vai ser uma história memorável para os nossos filhos.
Ela concluiu sorrindo o fazendo sorrir de novo.
⎯ Eles vão ficar traumatizados, amor.
Ele disse rindo e a abraçando pela cintura.
⎯ E é por mais esse motivo que devemos fazer.
Steve ainda não parecia convencido o suficiente.
Oque fez a garota apertar e remexer sua bunda contra o colo dele.
E então ela sorriu, voltando a beija-lo, este que assentiu já convencido com a breve tortura e prometeu a si mesmo dar o melhor de si, já que era oque ela queria e precisava, mesmo que isso gerasse as consequências de um carro pegando fogo ao pé da letra.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fever Dream (Romanogers)
Fanfiction"A vida é muito curta para te amar só em uma, prometo te procurar na próxima vida" ⎯ William Shakespeare. "Em uma outra vida, eu seria sua garota Nós manteríamos todas as nossas promessas, seríamos nós contra o mundo" Um amor de outra vida, aquele...