Capítulo 13: Azar no amor e Azar no Azar

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(31/08/2090, 20:00 terra, Festa do casamento)

E depois de quase uma hora de cerimonia, que me mesmo que o Li tenha mentido pra mim, eu tava tranquilo, acho que tinha medo que eu e o Lucy iriamos ser exorcizados, mas essa ainda foi a parte boa, ruim foi o fato de eu estar instável, eu realmente odeio quando isso acontece, e por alguma razão aquela anjinha... ela com aqueles olhos inocentes, um parecendo a cor magnânima do céu e o outro parecia quase como a terra por si, a pele negra e as manchas pareciam quase como um ying e yang feito a pinceladas tortas... pelo criador, não me diga que... sério?! isso é quase engraçado se não fosse trágico, já não me bastava que todos os que amei acabam longe de mim, agora vou me apaixonar por um anjo?! qual é, quem tá escrevendo meu destino? Shakespeare?

 Mas aquele vestido fofo e delicado com todo aquele tema de rosas, fazia meu coração quebrar por alguma razão memorias de um tempo onde permiti deixar-me levar novamente, e mesmo que tudo fosse tão embaçado e tenta-se correr eu lembrava de algumas coisas.

 Principalmente dois nomes, o que eu suponho ser o que meu ser usava, que é Augusto, e um de uma garota, um nome que não saia da minha cabeça não importava o quanto eu tenta-se sumir com ele, de início veio com uma letra a letra B, depois o apelido dela, que soava como mel em minha cabeça Bia, eu sabia o nome completo, mas não me atrevia lembrar, eu não queria lembrar, não para sentir tudo aquilo de novo, não pra lembrar como foi ter que dessa vez voltar ao inferno obrigado, arrastado pelo tio Dante, outra pessoa a qual realmente não quero lembrar agora, ao menos na época ele me deixou dar um adeus, e prometeu cuidar da garota ele mesmo.

 Hehehe, sinto falta de parar no bar dele tomar uma, francamente como fui ficar assim, no final por que sou assim?! francamente, acho que devia ter escutado meu pai e não minha mãe, mas estou aqui não estou... um filho de Lilith e de Azazel, com o que o tio Lucy chama de o melhor de dois mundos.

primeiro, vão se fuder aqueles chifrudos, menos a minha mãe, ela possivelmente está fazendo algo parecido no momento, segundo eu tenho que ficar longe daquela anjo, ela só tá me fazendo perder o meu controle.

- vai um cigarrinho? - eu escuto vindo das minhas costas - antes que você fale qualquer coisa - o sexta aponta pro bar, onde um clone dele fazia o serviço - estou dando uma pausa.

- eu aceito - falo pegando um, que quando coloquei na boca, acendeu praticamente sozinho.

- tá tudo tranquilo? - ele fala meio confuso.

- tudo - falo, um pouco de sarcasmo escapando - por que?

- porque você parece depressivo - ele fala acendendo o cigarro dele - e por que nunca vi nenhum demônio ficar olhando pro mar e pra lua por tanto tempo de maneira tão contemplativa - ele da uma tragada - e também pelo cheiro irritante de jasmim com blue berry que você tem quando tá assim, porém bem mais pelo fato de você estar depressivo - ele se apoia de costas no beiral onde eu estou de bruços - em todos os meus anos, nunca, nunca vi um demônio que estivesse genuinamente triste, e olha que já estive por todo lado.

- isso acontece de seculo em seculo - eu falo dando uma boa tragada - principalmente quando lembro de um deles.

- deles? - o ceifeiro pergunta confuso.

- os humanos que eu já amei, digamos assim - eu dou uma leve risada sem emoção - eu diria me apeguei demais.

- e o que está fazendo você se lembrar garoto? - a pergunta vem de maneira solidaria.

- uma certa anjinha... só até agora não entendo o por que...

- hum, tem uma leve chance de algo - ele fala dando uma boa tragada no cigarro.

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