Capítulo 8: Manhã de uma noite estranha

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(31/09/2090, 6:03 terra, Casa dos ortega)

Que coisa, eu nem consegui descansar direito... o que aconteceu ontem a noite ... que coisa, nunca pensei que... não carmen! sua doida, nem pense nisso ... mas a última pessoa que beijou assim... foi ele... isso faz tempo, uma pena que fui antes dele voltar... bem minha sorte, morrer logo antes do meu amor voltar... sorte ... aaaa carmen! se concentra, o que aconteceu ontem, foi, pelo o que aqueles idiotas fizeram, deve ter algo a ver com certeza! ... mas não posso intervir, afinal regras são regras né ... ai, ai o jeito é ir em frente né, uma humana e um anjo não dariam certo, afinal nem sei como ela.... espera, isso, será que aquele demônio?! faria sentido, não a megan não se envolveria com ele, né? né?!

ouço três batidas na porta, e começo a perceber a aura da Megan com um pouco de culpa nela, eu me levanto e vou rápido até a porta, mas quando ela percebe que eu vou abrir a porta ela fala

- não... - ela dá uma pausa - não precisa abrir a porta, eu só queria pedir desculpa por ontem, eu realmente não devia ter feito aquilo, é que... eu to me sentindo meio estranha ultimamente - eu dou um sorriso ampliando minha aura para tentar acalmar ela um pouco

- sem problemas Meg - eu falo num tom doce - as vezes é bom fazer o que o coração manda - eu ouço ela dar uma leve risada

- faz sentido você dizer isso - eu rio também

- não é! - e ambas começamos a rir juntas - não se preocupe Megan, isso é normal, talvez meus poderes de cupido tenham reagido mal com você de alguma maneira, não necessariamente é sua culpa, ou talvez você realmente se sinta assim, mas, não sou alguém que pode responder isso - eu acho, não seria má ideia ela é fofa afi... aaah Carmen! - então, seria mais fácil você, tentar achar outra pessoa, eu posso ajudar é claro, afinal é meu serviço! - eu escuto ela rir de novo

- obrigada Angie.

- de nada Meg, agora quer um abraço? você parece precisar de um - eu falo tranquilamente

- melhor não - ela responde meio desconcertada, bom faz sentido, a aura refletia a mesma emoção, mas a culpa pelo menos não tava mais ali, bom, não tanta, e o peso da aura dela, tinha se reduzido bastante... seja lá o que aconteceu, deve ter acontecido para melhor.. espero.

- você que sabe, estou aqui pra isso - eu sinto pela aura dela que ela tá sorrindo

- valeu angie, valeu mesmo - e eu sinto e escuto os passos voltando ao quarto dela, a aura dela mais tranquila, tomara que ela mude de ideia.

afinal ninguém deveria se apaixonar por um anjo né? bom ao menos acho que não.

de qualquer jeito não deveria ficar aqui pensando coisas idiotas... acho...

o cheiro leve de panquecas começa a chegar em mim, eles sempre foram de acordar cedo mesmo nos finais de semana afinal dona Pietra sempre precisa estar no restaurante bom ao menos para ver como está o lugar afinal ela é a dona, e pelo que sei é de família o lugar vindo desde o trisavô dela, e era passado para o filho que quisesse o lugar para o próximo, e ela acabou sendo a única a querer o restaurante de todos os 5 irmãos, e a parte mais fofa de tudo é que ela conheceu o Sr Don no mesmo restaurante, ela sempre fala que escolheu o restaurante por que ela ama cozinhar e por que achou o homem da vida dela no mesmo lugar, e na época pelo que eles contam o Sr. Don era um dos lavadores de louça do restaurante, e sempre é ótimo escutar que até mesmo o primeiro encontro dos dois foi ali no restaurante após o horário de fechamento, e o jeito que a dona Pietra olha para o Sr. Don quando ele fala que aquele foi o melhor espaguete da vida dele é impagável, a aura dela sempre fica incrivelmente envergonhada e feliz, mesmo que depois ela insista que aquele dia ela tinha quase queimado a comida.

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