Uma Historia sem titulo

Capitulo 18: coisas do dia Seguinte

(01/08/2090, 6:26, terra, Apê da boate, quarto de Ab)

- então nós temos ela novamente né - um ser em forma demoníaca, pele que parecia ser feita de obsidiana pura com os olhos vermelhos como sangue o corpo musculoso parecido com o de um fisioculturista, o sorriso dele tinha dentes pontudos iguais aos de um tubarão, os chifres pareciam com os de um touro - e acho que isso quer dizer que estamos dispensados não é?

- já disse - outro ser em forma demoníaca comenta, essa com a pele em um tom de branco como cera, com os olhos em um tom alaranjado, as curvas perfeitas a fazendo um banquete aos olhos de qualquer um, os chifres sendo pequenos, a pele parecendo ter sido polida cuidadosamente - nós nunca abandonaremos a nós mesmos, e eu já disse isso desde que nós vimos ela.

- do que vocês estão falando - me vejo falar, na minha forma completamente demoníaca, olhos ambar misturados em vermelho e laranja, a pele parecendo como cinzas, minha aparência sendo uma mistura de caracteristicas femininas e masculinas - e que diabos? achei que já tinhamos resolvido o problema de sermos mais de um de nós.

- bom eu quero ter certeza de o que combinamos se mantenha, e que você não vá e simplesmente...

- simplesmente quebrar o acordo? - meu eu feminino comenta - ele é literalmente eu e você, e nós sabemos que eu jamais trairia alguém que eu amo! - comento indignada

- e você sabe muito bem que minha preocupação é certa - ele diz cruzando os braços - nós sabemos que não somos de confiança.

- você quis dizer que VOCÊ não é de confiança - eu digo com um sorriso de convencida.

- será que é possível não discutirem? - intervenho - nós já conversamos sobre isso - digo suspirando.

- ei não é minha culpa que ele é teimoso - ela diz com convicção.

- disse aquela de nós que tenta trancar a mim e a aquele - o demônio negro diz apontando para mim.

- da pra vocês pararem?! - digo me levantando notando que estava sentando em um vazio - não precisamos de uma discussão assim, sim vocês são nosso pior lado e dai? - digo já ficando estressado - e não me venham com merda de "ah você é o bonzinho" sabemos que sou tão peste quanto vocês dois! e todos nós somos parte de um só! - digo já virando minhas costas a eles - nós somos melhores juntos que fracionados, então parem com isso - me sinto cerrar os punhos - sim algo mudou! e dai? - quando me viro os dois já não estavam lá - o que?

- entendemos o recado - minha voz separada em duas ecoa - então considere isso resolvido...

- bom mesmo - digo bocejando, enquanto a luz natural meio opaca e familiar do meu quarto acertam meus olhos entreabertos - que fome... - o peso familiar porém ainda incomum, junto a visão dela sentada em cima de mim, ainda meio dormindo, fez todo e qualquer sono simplesmente explodir de mim - o...oi? b.b...bom dia? - digo engasgando por alguma razão... a legal... não é fome normal.

- oi - ela responde sonolenta a voz meio monótona, a aura dela com uma cor acinzentada mas levemente rosa... estranho - mas agora não vou deixar você ir - ela diz sorrindo enquanto me olhava nos olhos.

- ei não pretendo ir a lugar nenhum - digo sorrindo, e ela se deixa cair para frente, ficando a distância perfeita a qual eu podia sentir sua respiração - agora que parei pra pensar... - digo olhando ao meu arredor - eu não tinha ido dormir no chão? - falo ainda sentindo um desconforto estranho como se algo estivesse estranho.

- tinha... mas eu me senti sozinha - ela diz me encarando, voltando a se sentar em cima de mim - ai coloquei você do meu lado - ela sorri... espera ontem ela estava mais que vermelha quando eu sugeri! e a aura dela... essa fome... eu senti o desgaste ontem mas nada de ... - fiz algo errado - Carmem me pergunta sono presente ainda na voz... a foda-se! "..." hein? "..." nada de novo? okay mais fundo então "..." não...