*Esse capítulo contém gatilho, então se você é sensível a gatilhos melhor não ler, ou pular as partes em que você não se sentir bem. Eu iria avisar o momento de dar play na música que está na mídia *
Hospital psiquiátrico
Assim que acordei, percebi a movimentação da enfermeira Moon maior que normal ao meu redor, permaneci de olhos fechados até ouvir um barulho já conhecido por mim. Ela estava preparando alguma injeção.
- Que injeção é essa aí, enfermeira Moon? - Disse ao abrir os olhos e ver que de fato ela ia me dar algum medicamento.
- Não se preocupe querido é apenas um calmante, não é uma grande quantidade - Ela disse sorrindo pra mim de forma gentil, como se isso fosse me convencer que o melhor era ser dopado de novo.
- Eu não quero, enfermeira Moon. Eu acabei de acordar, não vou tomar nada.
- Querido, você precisa tomar. É apenas para você continuar tranquilo o resto do dia, porque hoje você vai ter uma visita.
- O Hwang Hee vem de novo aqui? - Perguntei já com um sorriso no rosto.
- Não, é alguém da sua família.- Minha tia? - Continuei a sorrir, pois receber a visita dela era tão bom quanto ter a visita do Hwang Hee.
- É seu pai que vem. Ele quer muito te ver - Ela disse parecendo meio hesitante e apesar do sorriso dava para ver que nem ela acreditava no que estava dizendo.
Meu coração passou a bater acelerado e uma vontade imensa de fugir dali invadiu meu corpo.
- Vai dar tudo certo, querido. Seu pai não vai se comportar como daquela vez - Ela disse pegando minha mão - Mas para tudo dar certo você tem que tomar o calmante para não se exaltar.
A verdade era que eu não me lembrava o que tinha acontecido da outra vez que ele veio me visitar, apenas me lembrava do medo, da dor e da agonia que meu pai me provocou em poucos minutos aqui.
Então não neguei mais o calmante, sabia que ia precisar. Assim que ele começou a fazer efeito, não foi a mesma reação de sempre. Eu não senti sono, mas sim uma sensação de que meu corpo estava paralisando. Eu não gostava, mas não havia o que fazer.
Permaneci deitado até ele chegar, com os olhos fixos na porta. Assim que vi ela se abrir, nem precisei esperar ele passar por ela para virar meu rosto para parede.
Ouvi seus passos altos pelo piso e senti meu corpo gelar assim que ele se sentou na cadeira ao lado da minha cama.
*Esse é o momento de colocar a música disponível na mídia*
- Filho, olha quem está aqui! - Não ia olhar, nos últimos meses a única coisa que ele fez foi fazer com que eu me sinta mal - É o papai.
Sua voz me lembrava os gritos que ele deu das últimas vezes que nos vimos antes que me trazerem para cá. Uma lágrima escorreu de meu olho.
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Until The Sun Dies
Teen FictionAs paredes brancas, as janelas quase sempre fechadas, o cheiro dos remédios e até mesmo o barulho do sapato da enfermeira no piso, tudo isso contribuía para que Kim Sunwoo afundasse ainda mais em sua loucura completa. O que seria irônico dizer é que...