Capítulo 67

207 30 36
                                    

POV. LEVI

Os dias passam se arrastando, literalmente. Henry voltou para a escolinha. Por já saber grande parte das letras e algumas coisas relacionadas à matemática, ele já é considerado o gênio da turma.

E seria o líder de todos eles SE não tivesse cometido um imenso erro.

Encaro ele, que bufa revoltado. Suas bochechas estão infladas, demonstrando toda sua raiva. Ele parece tentar se acalmar enquanto brinca com seu bisão de estimação, que já está quase do tamanho dele.

Oh, bichin que cresce!

Levi: Quer me contar o que aconteceu, antes da sua mãe chegar?

Henry: Eu me meti em uma briga! Só isso!

Levi: E você pelo menos bateu?

Henry: Eu quebrei a cara deles! Com vontade! — ele rosnou no fim.

Esse é o meu filhão! Que orgulho...

Henry: Aquele merda do Paulo e do Pedro...! Eles disseram que iam ser companheiro das minhas irmãs! Até parece que aqueles dois pedaços de lixo vão ser algo das minhas irmãs! Aqueles cornos!

Levi: Você não disse que só ia ajudar suas irmãs? Não que ia proteger elas?

Henry: E vou, ué. Mas elas ainda não chegaram e posso defender elas muito bem! E elas não vão ser pequenininhas? Eu tenho que ajudar a cuidar delas por um tempo, antes que elas saibam se defender sozinhas.

Levi: Tudo bem, Henry. O que mais você fez?

Henry: Eu coloquei a cabeça deles dentro da privada! — ele solta, maléficamente. — Isso a tia Hange que me ensinou! Pelo menos isso prestou! Me lembra de agradecer ela!

Levi: Algo mais?

Henry: Coloquei cola nas cadeiras deles. Aquela cola preta da mamãe, sabe? — ele pergunta, se aproximando de mim. — Não conta pra ela que eu peguei.

Levi: E quem te deu essa brilhante ideia?

Henry: Tia Mikasa.

Suspiro.

Henry: Aliás, sabe o que foi melhor de tudo? — ele pergunta, sorrindo e se aproximando do meu ouvido, literalmente me escalando. — Fiz tudo isso sem usar os meus poderes! Imagina se eu usasse?

Levi: Que orgulho, Henry. Que orgulho...

Sinto um cheiro gostoso no ar e a porta do escritório se abre, dando passagem para Kirara, que aparece sorrindo. Ela carrega uma bolsa de lado e, pelo cheiro, acredito que tem um pote com ganache de chocolate, cenouras e pimentão.

Meu olhar cai para seu ventre, já redondinho. Henry passou a chamar de "corrida das barrigas", já que a barriga da Sasha está um pouco maior.

Estendo minha mão para ela, que se aproxima, segurando a mesma. A coloco sentada no sofá e me sento ao seu lado. Henry deixou o animal de estimação no chão (que logo o seguiu) e correu para encostar o ouvido na barriga dela.

Henry: Os corações delas parecem uma escola de samba. Tá quase um TECO TERECO TECO TECO TERECO! — ele comenta, olhando para a mãe.

Suspiro, levemente preocupado. Recebi algumas ameaças referente à Kirara e nossas pequenas. Mas não comentei com ela. Não quero que ela se se preocupe ou se estresse tanto. Ainda mais agora, no início da gravidez.

Sinto sua mão em meus cabelos, massageando minha nuca.

Kirara: Querido, você parece tenso...

Levi: Devo estar cansado. Preciso de férias com você. Umas férias de um ano, que tal?

Minha Companheira (Shingeki No Kyojin)Onde histórias criam vida. Descubra agora