Capítulo 1

144 12 18
                                    

Joalin Narrando.

Eu odiava ter a minha idade. Principalmente por eu depender dos meus pais, e os mesmo são tão super protetores que não me deixam bota o pé na rua, com quem eles não conhecem. Meu pai se ele soubesse como botaria um GPS em mim, e quando um menino se aproximasse, ele apareceria correndo, mal ele sabe que estou namorando com o Bailey, ele iria surtar. Eu não sei se ele, que dizer eles, tem medo de me perder. Mas não vai ser para sempre que vou ficar de baixo das asas deles. Apesar disso não tenho que reclamar dos meus pais, eles me dão de tudo, desde de bens materiais até amor, carinho. Hoje era aniversário da Sina, os pais delas alugaram um boate, ia ser estilo matinê, afinal a maioria era de menor como eu, meu pai como sempre estava dificultando as coisas e não querendo deixar eu ir.

— Pai, pelo amor de Deus, — Implorei quase chorando, e ele me olhou respirando fundo, isso significava que ele estava ficando sem paciência. — ela é um das minhas melhores amigas, você conhece os pais dela e fora disso, você a conhece desde criança.

— Amor, deixa a menina sair um pouco, — Minha mãe se meteu, tentando me ajudar. Ela tinha mais poder sobre meu pai. — nós vamos busca-la e leva-la, não se preocupa.

— Tudo bem Johanna, vou deixar. — Ele finalmente concordou e eu pulei em seu pescoço.

— Eu te amo pai, te amo muito. — Enchi seu rosto de beijos.

— Interesseira, só me ama por isso? — Ele brincou e minha mãe riu.

— Lógico que não, você é o melhor pai do mundo. — Falei rindo — Agora vou me arrumar amores da minha vida.

Eles ficaram rindo, e eu subi toda afobada. Mandei mensagem para Sina e para Sofya, dizendo que eu iria. Entrei no banheiro, liguei o chuveiro e tomei um banho longo e demorado, não molhei meu cabelo, ele estava liso e cheiroso, havia lavado o mesmo a dois dias atrás. Terminei meu banho, me enrolei na toalha e saí do banheiro. Agora iniciaria a batalha de achar uma roupa. Vasculhei meu guarda roupa por completo, por fim achei um vestido preto, colado no corpo, realçava bastante meus seios e minha bunda. Uma verdadeira gostosa, com toda humildade, apesar dos meus 1,65 de altura, meu corpo era bem evoluído. Calcei um sapato rosa, deixei meu cabelo solto, e joguei o mesmo de lado. Fiz uma maquiagem forte, com olhos escuros e um batom quase da cor do meu sapato, botei alguns acessórios e estava perfeita. Desci e meu pai estava sentado no sofá, ele havia trocado de roupa, devia estar me esperando.

— Esse vestido não está muito curto não mocinha? — Meu pai me repreendeu.

— Para de ciúmes amor, você está linda. — Minha mãe disse dando um sorriso bobo.

— Obrigada mãe. — Mostrei a língua para meu pai.

— Corto essa língua rapidinho. — Ele brincou e pegou as chaves do carro que estavam na mesinha.

— Boa festa meu amor, se comporte. — Minha mãe disse e me deu um beijo na testa.

Saí de casa e entrei no carro do meu pai. Fomos o caminho rindo, conversando e ele como sempre dando suas recomendações.

— Qualquer coisa me liga tá? Juízo. — Ele disse e beijou minha bochecha.

— Sim senhor. — Falei rindo e ele me olhou feio, ele não gostava que eu chamava ele assim.

Desci do carro, na frente da boate estava com bastante gente, a maioria era o povo da escola. Entreguei meu convite e entrei, a música estava alta, olhei ao redor procurando minhas amigas, mas acabei esbarrando com o Bailey.

— Puta que pariu, isso é tudo meu mesmo?! — Ele passou o olho por todo o meu corpo e mordeu o lábio inferior.

Eu o olhei de cara feia, ele sabia que eu não gostava de palavrão, achava isso uma coisa tão feia.

— Fica mais linda ainda, com essa cara de bravinha. — Ele falou e me roubou um selinho.

— Você é muito idiota amor. — Falei e ele passou o braço pela minha cintura. — Você viu as meninas?

— Sina estava se pegando com a Heyoon e a Sofya, estava no bar a última vez que vi. — Ele falou e ficou alisando minha cintura.

— Essa que é tua mina? Que isso ein, tirou sorte grande. — Um menino chegou dizendo.

— Mas respeito Kyle, — Bailey disse sério e eu dei um sorriso sem graça — e é, essa é minha namorada.

— Foi mal cara. Vou ver umas gatinhas por aí. — Ele se despediu e saiu de perto.

Começou tocar umas músicas, dancei um pouco com o Bailey, nada indecente, se esfregando, eu não sou assim.

— Você chega e nem vem falar comigo, é isso mesmo sua vaca? — Ouvi a voz da Sina atrás de mim.

Antes de responde-la, dei um abraço apertado na mesma.

— Bailey disse que você estava com a Heyoon, não quis atrapalhar. — Falei e ela deu um sorriso sem graça e bateu de leve no braço do Bailey.

— Fofoqueiro. — Ela disse séria, mas sabíamos que era brincadeira. — Sofya está completamente bêbada — Ela disse rindo e eu neguei com a cabeça em sinal desaprovação.

— Deixa a menina ser feliz. — Bailey deu de ombros e riu ao vê-la dançando feito uma louca.

— Vou ver meu amor, beijos. — Ela disse e mandou um beijo no ar.

— Amor, vamos lá no carro? É rapidinho. — Bailey falou no meu ouvido.

— Você veio de carro Bailey? — Perguntei brava e ele riu.

Os pais deles viajaram, e deixaram os carros. Se eles soubesse o mataria. Ele ficou por cuidados de seus avós, mas eles já eram idosos, e Bailey conseguia fácil passar a perna neles.

— Vamos logo. — Ele segurou pela minha mão e saiu me puxando. 

Saímos da boate, e atravessamos a rua. Seu carro estava parado enfrente a boate, ele destravou o carro e abriu a porta para eu entrar. Entrei no carro e ele entrou do outro lado.

— Fala, o que você quer. — Falei nervosa.

Não queria ficar ali sozinha com ele, trancada.

— Só queria ficar a sós com você um pouco, não posso? — Ele falou e passou o nariz do seu pescoço. Senti um leve arrepio.

— Bailey... — Eu disse me afastando.

— Calma amor, não vou fazer nada que você não queira. Não vou te obrigar a nada, só queria namorar um pouco. — Ele falou aproximando seus lábios dos meus.

Nos beijamos, o beijo do Bailey era sempre bom. Só que o hoje tinha algo diferente, havia uma coisa que eu não estava acostumada. Suas mãos passaram pela minha coxa e deu leves apertões, confesso que não era ruim, mas eu estava com medo. Sempre ouvi que era uma dor insuportável, eu não queria agora, não aqui, dentro de um carro. Posicionei minhas mãos no seu peitoral e o afastei devagar.

— Aqui não Bailey, me espera só mais um pouco. — Falei baixo. Ouvi ele respirar fundo.

— Tudo bem, Joalin. Tudo bem. — Ele abriu a porta do carro, me deixando ali sozinha.

Eu já queria chorar. Mas respirei fundo, abri a porta do carro, e saí. Na hora que eu ia atravessar a rua, parou um carro preto, saiu dois caras de dentro do carro, estavam encapuzados. Foi tudo tão rápido, um pano tapou meu rosto, inalei um cheiro forte, tentei me debater, mas era em vão, meus olhos foram fechando, meu corpo foi ficando mole.

Créditos: Gabriel

Proibida pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora