— Pov da Bárbara em negrito e itálico.
— Pov da Carol somente em itálico.
— Pov da Autora é normal.
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Estava irritada de esperar Babi se trocar. Como podia demorar tanto apenas para colocar um jeans surrado e pegar qualquer casaco no armário? E o cabelo desajeitado? Por que estava tão desajeitado? Ela havia se queimado tentando arrumar o cabelo para deixa-lo todo desalinhado? Também estava irritada por ela insistir tanto em ver a família. Será que ela não entendia que depois da minha aprovação do projeto, eu teria que dedicar todo o meu tempo para o mesmo. Como ela queria que eu descansasse? Ter conseguido a reunião foi um dos passos da realização do projeto, conseguir que ele seja aprovado é outra etapa e logo quando eu estou tão perto de conseguir, ela quer que eu descanse e tire umas férias de duas semanas.
Eu realmente não queria ter que me desligar justo agora! Então o único jeito foi recusar o convite donmeu cunhado. Ou então eu estava arranjando desculpas para mim mesma, de que, se conhecesse a família de Bárbara, teria que me recordar da minha e eu não estava preparada psicologicamente para relembrar um passado doloroso. Mas esse último estava completamente fora de cogitação.
Ela já havia me perguntando sobre a minha família e eu consegui guiar o caminho para outro assunto. Acho que ela percebeu, porque depois disso nunca mais tocou no assunto.
Eu tenho apenas uma foto de família e nela eu era uma criança, acho que com uns 4 anos de idade, minha irmã, estava do meu lado e meu pai estava nós abraçando e sorrindo. Nevava e atrás da gente tinha um pequeno boneco de neve que eu acho que ele tinha construído.
Apesar disso, eu não queria ser tão grossa com Babi. Ela não tinha culpa e também não sabia da minha história. E aquela nanica desgraçadamente linda me deu uma jaqueta que eu estava querendo comprar faz muito tempo, ela merecia um presente.
Carol segurou o braço de Bárbara que a olhou curiosa.
— Que foi? — Perguntou sorrindo.
— Tenho uma surpresa para você. — Respondeu um tanto pensativa.
— Ah é... E qual seria?
— Não vou falar, porque desse jeito não seria surpresa.
— Eu gosto de surpresas!
— Ótimo. A gente se encontra então naquele restaurante que você adora às 20 horas.
— Às 20 horas? Carull, você está brincando, né? — Perguntou séria.
— Brincando? Não. Não que eu saiba.
— Carulina, hoje às 20 horas as crianças que estão se formando vão se apresentar! Você se esqueceu? — Perguntou magoada.
— Não, eu não me esqueci. É...
— Hoje às 20 horas! — Completou chateada e olhou para baixo.
— Babi... — Estava sem palavras: — Me desculpe, eu sinto muito... Não acredito que esqueci isso... — Carol parecia sincera. Bárbara sacudiu a cabeça negativamente e olhou para ela sorrindo triste.
— Boa sorte na sua reunião. Não que você precise já que tem todos na sua mão e se recusarem encante-os assim como você fez comigo. Eles não terão como negar! — Bárbara se aproximou e beijou Carol.
— Desculpe-me!
Carol se separou de Bárbara e, que começou atravessa a rua quando ouviu a morena xingar algum motociclista que ao invés de jogar o copo de café na lata de lixo a acertou sujando a blusa branca. Carol voltou para trás para ajudá-la.
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Memórias - Babitan -
Fanfiction- CONCLUÍDA - Quando você perde tudo, não tem porque viver. Carol tinha tudo na vida. Uma namorada, um trabalho, vida estável... Estava tudo perfeito... Até que tiram tudo dela. A vida lhe dá uma segunda chance. Uma segunda chance de criar boas mem...