— Pov da Bárbara em negrito e itálico.
— Pov da Carol somente em itálico.
— Pov da Autora é normal.
{. . .}
Conversamos sobre amenidades e discutimos algumas coisas bobas pelo caminho. Planejamos nosso futuro para daqui a uns 50 anos e fiquei surpresa em como ela participou. Normalmente só escuta.
Ela falou que sonha em ter filhos, mas não agora. Disse que nosso noivado seria no ano que vem e que daqui a 50 anos vamos estar morando num chalé perto do rio, com nossos netinhos nos visitando. Igual como ela fazia quando era criança e visitava o avô.
Senti vontade de chorar nessa hora. Já era a segunda vez que ela falava sobre a sua infância... Sonhar que quer ter filhos... Não imaginava que Carol quisesse essas coisas. Achava que ela queria apenas ficar muito rica e envelhecer, talvez junto comigo.
Chegamos mais rápido do que queria no seu escritório, e ter que me despedir dela me fez ficar triste.
— Okay Carol. Chegamos. — Disse sorrindo, largando do braço dela — Só que vir aqui com você, atrasou um pouco meus planos. Você pode me informar que horas são?
Carol me olhou um pouco tensa e eu apertei a sua mão com força.
Ela levantou o braço e olhou para seu pulso, o vidrinho do relógio estava intacto. Isso lhe fez soltar a respiração, aliviada.
— Está inteiro. — Disse ela constatando o óbvio.
— Viu Carol. Você só está nervosa. — Passei a mão carinhosamente pelo seu rosto.
— Você tem razão Babi... A mais completa razão. — Disse tentando acreditar naquilo, mas algo dentro de mim dizia que estava tudo errado.
— Então, boa sorte loirinha. Não que precise você já tem todos na sua mão e se recusarem encante-os assim como você fez comigo. Eles não terão como negar! — Ela me beijou e me virei para o complexo de prédios onde eu trabalhava.
— Carol... — Ela me chamou e virei novamente para encarar aqueles belos olhos castanhos — Eu te vejo na apresentação.
— Que apresentação? — E ela me olhou triste, decepcionada — Eu estava brincando. Apenas brincando — Disse, lhe fazendo sorrir um pouco.
— Tchau meu pedaço de mal caminho. — Sussurrou na minha orelha e eu sorri, ela deu um discreto aperto na minha bunda.
— Thau Ba, até a noite.
Entrei no prédio e suspirei. Dei bom dia a todos e minha assistente veio atrás de mim.
— Bom dia Carol.
— Bom dia Gaby. — Disse indo para a minha sala enquanto ela me seguia pelo extenso corredor — Preciso que mude a reserva no restaurante que te falei para às 22 horas e também que compre alguma coisa para a Babi. Ela...
— Formará sua primeira classe, como professora efetiva? Sim, eu sei e a lembrei disso umas 4 vezes — Disse interrompendo a minha fala.
— Sim. Eu não sei se esqueci ou não esqueci. Na verdade, esqueci ontem, mas hoje não esqueci! — Disse rápida e vendo a cara confusa da minha assistente, lhe pedi apenas para esquecer, o que foi prontamente aceito com um menear de cabeça.
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Memórias - Babitan -
Fanfiction- CONCLUÍDA - Quando você perde tudo, não tem porque viver. Carol tinha tudo na vida. Uma namorada, um trabalho, vida estável... Estava tudo perfeito... Até que tiram tudo dela. A vida lhe dá uma segunda chance. Uma segunda chance de criar boas mem...