— Pov da Bárbara em negrito e itálico.
— Pov da Carol somente em itálico.
— Pov da Autora é normal.
{. . .}
E então, quando menos esperavam a noite escureceu ainda mais aquela cidade e apesar das nuvens carregadas ainda não chovia.
Carol estava andando com Bárbara pelas ruas a esmo.
— Você tem ideia do quanto aquilo foi assustador, Carol? — Disse batendo de leve no ombro da albina.
— Você foi ótima!
— Não sabia o que fazer. Estava tão nervosa. Mas depois uma calma foi se apoderando de mim. Quase como se tivesse me possuindo. Carol, o palco não era mais estranho para mim e entramos numa sintonia perfeita... Foi assombroso! — Estava animada.
— Como eu te disse, você foi maravilhosa.
— Querida, você é suspeita.
— Culpada seria a melhor palavra. — Bárbara a olhou confusa.
— Não sou suspeita. Sou culpada! — E a menor sorriu.
— Besta... Hm, Carol eu estou morta de fome. Onde que nós vamos comer?
— Onde você quiser...
— Ok. Deixe-me pensar...
— Hm... — Acenou positivamente com a cabeça.
O restaurante escolhido ficava escondido da agitada cidade. A atmosfera tinha um ar retrô, com fotos preto e branco nas paredes. Os pratos eram verdadeiras obras de arte. Cada um tinha sua cor, textura e o sabor possuíam seu lugar e sua razão de ser.
Assim que entraram foram prontamente e educadamente atendidas e servidas.
Tiveram um jantar calmo. Apreciaram cada mordida da comida e cada gota de vinho. Ficaram em um silêncio, trocando olhares românticos e sorrisos.
— Bela escolha. — Disse Carol depois de um tempo.
— Gostou mesmo do lugar? — Perguntou um pouco surpresa.
— Hm... — Acenou positivamente.
— Pensei que não fosse gostar. Digo, ele não é sofisticado e não tem todas aquelas pessoas chiques andando para lá e para cá discutindo negócios ou comemorando alguma promoção... Ele é tão mais familiar, aconchegante...
— Faz completamente o meu estilo. — Bárbara riu e Carol sorriu também.
— Querida, você estava muito bonita hoje na sua reunião. Forte. Valente.
O que Babi estava dizendo?
Por que ela estava mencionando a reunião?
E então eu senti uma dor no peito.
— O que você disse? — Perguntei um tanto receosa. Ela não podia falar da pasta.
— Você, na sua reunião. Estava forte como um touro.
— Do que está falando, Babi? Você não foi lá... Pelo menos eu não a vi. — Meu Deus, eu não quero ouvir a resposta. Fala que isso é um sonho.
— Sim, eu sei... Fui levar a sua pasta preta, mas quando cheguei lá vi que já estava com ela então, saí de fininho.
Ela falou tudo o que eu menos queria ouvir. A maldita pasta. A minha maldita reunião... Eu já estava começando a ficar com raiva desses pequenos sinais que pareciam o dia em que ela...
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Memórias - Babitan -
Fanfiction- CONCLUÍDA - Quando você perde tudo, não tem porque viver. Carol tinha tudo na vida. Uma namorada, um trabalho, vida estável... Estava tudo perfeito... Até que tiram tudo dela. A vida lhe dá uma segunda chance. Uma segunda chance de criar boas mem...