©apítulo 10 - Em outra vida a gente se encontra.

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Pov da Bárbara em negrito e itálico.

Pov da Carol somente em itálico.

— Pov da Autora é normal.

{. . .}

E então, quando menos esperavam a noite escureceu ainda mais aquela cidade e apesar das nuvens carregadas ainda não chovia.

Carol estava andando com Bárbara pelas ruas a esmo.

— Você tem ideia do quanto aquilo foi assustador, Carol? — Disse batendo de leve no ombro da albina.

— Você foi ótima!

— Não sabia o que fazer. Estava tão nervosa. Mas depois uma calma foi se apoderando de mim. Quase como se tivesse me possuindo. Carol, o palco não era mais estranho para mim e entramos numa sintonia perfeita... Foi assombroso! — Estava animada.

— Como eu te disse, você foi maravilhosa.

— Querida, você é suspeita.

— Culpada seria a melhor palavra. — Bárbara a olhou confusa.

— Não sou suspeita. Sou culpada! — E a menor sorriu.

— Besta... Hm, Carol eu estou morta de fome. Onde que nós vamos comer?

— Onde você quiser...

— Ok. Deixe-me pensar...

— Hm... — Acenou positivamente com a cabeça.

O restaurante escolhido ficava escondido da agitada cidade. A atmosfera tinha um ar retrô, com fotos preto e branco nas paredes. Os pratos eram verdadeiras obras de arte. Cada um tinha sua cor, textura e o sabor possuíam seu lugar e sua razão de ser.

Assim que entraram foram prontamente e educadamente atendidas e servidas.

Tiveram um jantar calmo. Apreciaram cada mordida da comida e cada gota de vinho. Ficaram em um silêncio, trocando olhares românticos e sorrisos.

— Bela escolha. — Disse Carol depois de um tempo.

— Gostou mesmo do lugar? — Perguntou um pouco surpresa.

— Hm... — Acenou positivamente.

— Pensei que não fosse gostar. Digo, ele não é sofisticado e não tem todas aquelas pessoas chiques andando para lá e para cá discutindo negócios ou comemorando alguma promoção... Ele é tão mais familiar, aconchegante...

— Faz completamente o meu estilo. — Bárbara riu e Carol sorriu também.

— Querida, você estava muito bonita hoje na sua reunião. Forte. Valente.

O que Babi estava dizendo?

Por que ela estava mencionando a reunião?

E então eu senti uma dor no peito.

— O que você disse? — Perguntei um tanto receosa. Ela não podia falar da pasta.

— Você, na sua reunião. Estava forte como um touro.

— Do que está falando, Babi? Você não foi lá... Pelo menos eu não a vi. — Meu Deus, eu não quero ouvir a resposta. Fala que isso é um sonho.

— Sim, eu sei... Fui levar a sua pasta preta, mas quando cheguei lá vi que já estava com ela então, saí de fininho.

Ela falou tudo o que eu menos queria ouvir. A maldita pasta. A minha maldita reunião... Eu já estava começando a ficar com raiva desses pequenos sinais que pareciam o dia em que ela...

Memórias - Babitan -Onde histórias criam vida. Descubra agora