— Pov da Bárbara em negrito e itálico.
— Pov da Carol somente em itálico.
— Pov da Autora é normal.
{. . .}
Acho que eu nunca corri tanto em minha vida.
Abandonar o veículo em movimento, deixar Thaiga preocupada só para entregar uma pasta para Carol. Ainda não estou acreditando que fiz tudo isso. Mas ela realmente vai precisar desse esforço e estou disposta a correr qualquer risco por aquela albina esquecida.
Subi as escadas em disparada. O elevador estava demorando demais. Não aguentava mais minhas pernas, mas eu precisava correr...
Cheguei à sala e olhei para a porta de vidro. Carol estava lá, de costas para mim, tão perfeita. Mas eu não via a pasta da qual ela tanto precisava.
Eu tinha que entrar, mas não queria estragar a reunião. O que iria fazer então?
Olhei mais uma vez para minha princesa e ela estava andando até bolsa, indo pegar a pasta. Eu precisava entrar!
Suspirei e me enchi de coragem. Abri a porta e chamei-a educadamente pelo nome.
— Sra. Voltan... — Carol se virou para mim e pude ver uma mistura de sentimentos em seu rosto. Ela estava atônita, brava e pálida também. Não saberia definir a exata expressão dela naquela hora. Só sabia que estava me fuzilando com aqueles olhos verdes que diziam para sair daquela sala o mais depressa possível. Engoli em seco.
— Achei que fosse precisar dessa pasta que... — E a filha da mãe me levanta uma pasta igual a que eu estava segurando — ... Que você já tem! — Fiquei sem palavras. As pessoas da sala de reunião estavam me encarando e eu me sentia presa contra o muro.
Suspirei e sorri sem graça encarando aquelas pessoas até voltar o olhar novamente para Carol.
— Bem, queria ter certeza de que tem tudo o que precisa! -- Seu olhar mortal me mandava ficar calada, mas eu precisava fazer alguma coisa, precisava concertar o que eu tinha estragado. Porque eu sei que estraguei tudo. Suspirei de novo e olhei para os outros integrantes da reunião.
— Porque ela trabalhou muito nesse projeto. Muito mesmo e merece que tudo saia perfeito... — Olhei para Carol, tentando ter alguma segurança e só pelo seu olhar eu senti medo. Ignorei-a mais um pouco e me virei de novo para os presentes — Enfim... É um prazer conhece-los e bem... Carol... A Sra. Voltan, ela é muito boa e o projeto melhor ainda, porque eu fiquei ouvindo horas e horas o discurso e então acho que merece ser aprovado! Bom... Até mais! — Dei meia volta e sai da sala. Meu coração batendo forte contra o peito.
Aquilo era apavorante. Como Carol consegue trabalhar com pessoas tão sérias?
Não, não e não. Eu não acredito que Babi fez isso!
Como ela pôde fazer isso comigo? Ouvi-la entrar intempestivamente e me chamar pelo meu primeiro nome na frente de um grupo de empresários que aprovariam ou não o meu projeto apenas para entregar uma pasta, era inaceitável, incrível... Inacreditável. Eu estava sem palavras.
Mas eu tentei mandá-la embora, por que então ela não foi? Sentia vontade de matá-la das mais diversas maneiras e à medida que ela foi falando, várias hipóteses de assasiná-la bem devagar, foram passando por minha cabeça.
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Memórias - Babitan -
Fanfiction- CONCLUÍDA - Quando você perde tudo, não tem porque viver. Carol tinha tudo na vida. Uma namorada, um trabalho, vida estável... Estava tudo perfeito... Até que tiram tudo dela. A vida lhe dá uma segunda chance. Uma segunda chance de criar boas mem...