Memórias - Babitan -

©apítulo 4 - Último Adeus?

- Pov da Bárbara em negrito e itálico.

- Pov da Carol somente em itálico.

- Pov da Autora é normal.

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Já estava chovendo quando elas finalmente saíram do teatro. O vento estava mais forte. Ameaçava uma tempestade. E então depois de pedirem um táxi, elas chegaram ao restaurante e foram rapidamente conduzidos à mesa reservada.

O garçom trouxe o aperitivo e o cardápio, só se retirando depois da comida pedida.

- Como foi... - Bárbara respirou fundo e tomou coragem - Como foi a reunião?

- Foi um desastre. Os sócios recusaram educadamente o projeto e meu chefe me demitiu.

Bárbara sentiu uma dor no peito. Não queria ter causado tanto estrago na vida profissional da namorada.

- Desculpa - Foi a única coisa que conseguiu dizer.

- Esqueça, já está feito. - Disse apertando as têmporas. Previa uma dor de cabeça. Respirou fundo e soltou o ar devagar - E você? Como passou o dia?

- Passei um pouco na escola treinando uma última vez com os formandos e depois fui na galeria da Thaiga. Ela terá uma exposição amanhã - Disse um pouco mais alegre.

- Deve ter sido divertido! - Falou tentando esconder a ironia da sua voz, mas pela cara de Bárbara deu, Carol percebeu que foi um fracassado.

Estava chateada com Carol. E eu sei que ela também se sentia da mesma forma, mas isso não lhe dava o direito de falar desse jeito comigo. Não sei quantas vezes suspirei por essa desgraçada hoje, eu apenas sei que suspirei mais uma vez para me acalmar. Já não estou mais suportando isso e não quero brigar com ela em público.

Olhei ao redor e vi que as pessoas estavam se dirigindo ao centro do restaurante enquanto um som de blues preenchia o ar.

- Quer dançar Carol? - Ainda tentei salvar a noite, eu precisava salvar essa noite.

Ouvir o convite de Babi me chamando para dançar me deixou um pouco incrédula. Eu não dançava e ela devia saber disso. Eu não gosto de dançar, eu não sei dançar.

- Babi, você sabe que eu não danço. O que te passou pela cabeça quando me fez esse convite? - Soou mais grosseiro do que gostaria, mas eu estava no meu limite.

Olhei para baixo. O que estava acontecendo com a Carol?

O que será que eu fiz de tão errado para ela estar desse jeito? Respirei fundo tentando realmente me acalmar

"Vamos mudar de assunto" Pensei

- Onde você foi depois da reunião. Te liguei várias vezes e você não atendia!

Cobrança.

Eu realmente não queria ter essa conversa, então respondi de maneira fria.

- Eu desliguei o celular. Depois do fracasso da reunião eu não queria falar com ninguém. Precisava pensar um pouco.

- Sobre o que? - Perguntou ela, com uma curiosidade no olhar.

- Sobre nós. - E vi seus olhos brilhando intensamente. Sabia que ela estava curiosa - Se estamos nos dando bem. - E então ela olhou para baixo, mostrando-se decepcionada. - Babi... Não é isso. Você não entendeu! - Respondi logo.