Caçadores!

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Capítulo 5.

No dia seguinte, Gulf levantou cedo, a avó ainda dormia ao seu lado. Preparou um chá, alguns pães e frutas, comeu e deixou tudo arrumado para ela antes de sair. A floresta estava serena, com um frio característico daquele horário, banhada com o sol da manhã, adquirindo um tom laranja entre o verde da folhagem.

- Bom dia.

Subitamente uma voz falou, ao lado da cabana, sorriu à reconhecendo em instantes.

- Por aqui tão cedo, lobinho? - Desceu o degrau da varanda, encontrando Mew encostado a uma árvore.

- Vim te acompanhar até a aldeia - Estava sorrindo enquanto observava o caçador se aproximar.

- Quanta dedicação - O abraçou, deixando um selinho em seus lábios - Como sabia que eu sairia cedo?

- Passei a noite nos arredores - Explicou, enlaçando a cintura do outro - Mild ficou caçando, fiz questão de não ir muito longe. Não confio em Beron, ele sabe seu cheiro, então prefiro estar por perto caso tente alguma coisa.

- Tão atencioso - O beijou novamente, sentindo falta da macies de seus lábios - Bom dia - Sorriu, se afastando para caminhar - Não está cansado depois de passar a noite aqui?

- Não muito - Deu de ombros, acompanhando-o na caminhada - Dormi um pouco ali - Apontou para um canto, perto da cabana, mas longe das janelas.

- Não ficou com frio? Suas roupas não parecem aquecer muito - Realmente, a blusa marrom de Mew era fina, com mangas que iam apenas até os cotovelos, calça preta e as botas de couro.

- Não precisa se preocupar, passei a noite na forma de lobo - Sorriu para atenção que estava recebendo do caçador.

- Que bom, assim não preciso convidá-lo para entrar na próxima.

- Não seja tão mau - Fez um bico nos lábios, os olhos pidões.

- Agora parece um cachorrinho de estimação - Riu, bagunçando os cabelos castanhos.

- Esse "cachorrinho" pode te morder - Parou, olhando provocativamente para os lábios do caçador.

- Ele pode tentar - Gulf disparou para a floresta, correndo na direção da aldeia. Pulando as raízes e buracos que já conhecia, rindo enquanto Mew o perseguia.

- Não pode escapar de mim - Suppasit corria mais rápido, então não demorou em alcança-lo, o segurou, puxando sua cintura e colando seus corpos.

- O lobo mau me pegou - Fez drama, colocando o próprio peso contra os braços de Mew, as costas coladas ao peitoral dele - O que será de mim?

- "Lobo mau"? - Sorriu, uma sobrancelha arqueada - Muitos apelidos, mas nunca me chama por meu nome.

- Não chamo? - Parou para pensar e realmente nunca havia dito o nome de Suppasit em voz alta - "Lobinho" combina tanto - Riu quando Mew revirou os olhos - Quantos anos você tem?

- 21, por que?

- Então escute bem, pois não ficarei repetindo - Virou em seus braços, ficando frente a frente com o rosto do lobisomem - Deixe de ser um manhoso, P'Mew - O nome deslizou tão fácil quanto água em sua língua. Encostou seus narizes em uma carícia antes de se afastar.

Suppasit sorria radiante, os olhos brilhantes; seu nome parecia soar mais bonito e doce na voz do caçador.

- Não vejo a hora de ouvir você gemendo meu nome - Um beijou ainda sorrindo.

- Lobinho ainda é melhor - Piscou, voltando a caminhar.

- Lobinho ainda é melhor - Piscou, voltando a caminhar

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