I'm gay with all the letters.

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Eu ainda não estava pronto para voltar pra casa. A senhora Tomlinson me deixou ficar com eles, disse que conversou com a minha mãe, e ela disse que tudo bem, e que me visitaria quando tivesse tempo. Fiquei lá uns dias, sem sequer saber da minha mãe.

Ela quis falar comigo no telefone.

- Oi mamãe!

- Oi Harry. Se sente melhor?

- Sim... Eu quero você. Quero que você cuide de mim.

- Ah, anjo... Me diga que você não fez isso pra chamar a atenção, Harry - Sua voz era como se conversasse sobre o clima comigo. Como se eu não tivesse feito nada demais.

- Que? Claro que não!  Mas agora eu quero ficar com você.

- Mamãe e papai estão meio enrolados hoje. Tem como você ficar só mais essa noite aí, e amanhã a gente te busca?

Aí eu me lembrei de que meu pai estaria em casa. E de que eu estava mais vulnerável que nunca. De repente, não quero mais voltar. Além do fato de que ela não parecia fazer questão.

- Só quando der. Tchau, mãe.

- Tchau, Hazza.

Eu me sentia órfão.

Agradeci inúmeras vezes por eles me aceitarem em sua casa. Percebi que eles esconderam todas as bebidas da casa e remédios, e eu agredeci por isso também. Por mais que às vezes eu ficasse chato, em abstinência. Eu tomava remédios todo dia, e se tornou um vício. Eu tava muito fraquinho, então mal levantava da cama. Louis ficava o dia todo comigo, cuidando de mim como um bebê.

Antes, eu provavelmente me afastaria de Louis. Eu sabia que tudo que ele menos precisava era de um peso agora, e eu estava sendo um. Eu o disse que o amava, e era a mais pura verdade. Porém ele me amar de volta... Era a melhor coisa do mundo, mas um peso. Porque eu não poderia me afastar. Além do mais, pra onde eu iria? Eu não tenho mais casa, minha casa agora é a de Louis.

E eu tinha esse sentimento dentro de mim de precisar dele. Ter que estar com ele. Como se nos atraíssemos feitos ímãs. Eu poderia tentar me afastar, e eu sabia que era isso que eu devia fazer, mas eu não conseguia. Algo me puxava pra ele.

E agora ele estava me dando comida na boca, porque eu odeio brócolis, mas ele insistia que era bom e eu devia comer pra "ficar fortinho".

- Olha o aviãozinho!

- Lou, eu não sou um bebê--

Ele me calou enfiando o garfo na minha boca, me fazendo comer.

- Bom menino - Riu - Agora termine isso sozinho.

- Obrigado, Lou. Eu adoro você - Nós não dizíamos mais "eu te amo" depois daquele dia no hospital. Foi uma confissão rápida e urgente, e não acho que estávamos prontos para tornar isso algo rotineiro.

Ele me beijou, e eu deixei discretamente o prato de lado, o agarrando com o pouco de força que eu tinha, e o deitando em cima de mim.

- Harry!

- Eu quero beijar o meu namorado lindo e dedicado, posso?

Enemies - Fanfic LarryOnde histórias criam vida. Descubra agora