We had to start like enemies

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HARRY:

Eu deveria ter feito aqueles finais dramáticos de filmes quando o mocinho que está partindo olha pra trás e vê sua amada com olhos marejados, e volta correndo para seus braços, jura seu amor eterno e fica com ela felizes para sempre.

Mas não.

Agora eu estava na casa de Gemma, depois de tomar um banho - E chorar nele - Sentado no sofá, conversando com a minha irmã. Disse a ela pra não me perguntar sobre Louis, e expliquei que nós "terminamos".

Gemma me perguntou novamente sobre nossos pais. E eu decidi permanecer na minha decisão. Eu gostaria que não me julgassem por isso, mas eu não queria que a minha irmã tivesse sua vida prejudicada por algo que afetou somente a mim.

Eu queria proteger a minha irmã. Ela não precisaria saber. Ela e meus pais sempre foram muito, muito próximos. Eles a tratavam bem, e ela não merecia ter tudo que ela acreditava destruído. Achava que tinha sido melhor assim.

Mas aí, por eu não ter mais contato com eles, uma noite Anne ligou pra minha irmã, aos prantos, porque uma vizinha ligou pra polícia ao ouvir gritos e tapas da casa deles. Ele tinha agredido Anne, e isso me deixou muito mal, por mais que eu não consegui me comover e ligar pra ela. Até porque, ela não fez o mesmo por mim, não é?

Mas investigando, a polícia achou no histórico de Des pornografia infantil, e ele já estava detento, e agora, aumentaram sua pena. Ele não seria preso pelo que fez comigo, mas pagaria na mesma moeda. Eu não me culpava mais. Nem sentia nojo de mim, apenas dele.

Enfim,

Agora eu estava de férias, mas daqui 3 semanas as aulas iniciariam. Gemma disse que estava muito orgulhosa de mim e de eu ter passado pra faculdade na primeira tentativa.

Fazia tanto tempo que eu não a via que era até estranho conversar. Eu tinha me esquecido das suas manias de fala, de como ela sempre gesticula muito pra falar, e de como ela sempre fala olhando nos olhos. Eu ficava meio desconfortável com isso, porque eu não sou de olhar diretamente nos olhos da pessoa que estou conversando. Eu só fazia isso com o... Deixa pra lá.

Quando falávamos dele, eu não me segurava e chorava, e ela superprotetora como era, me abraçava, que nem fazíamos quando eu era pequeno e estava assustado depois de um pesadelo.

Não que essa situação parecesse um pesadelo, só não parecia ser real. Parecia que a qualquer momento eu acordaria, e tudo seria como antes.

Por enquanto, eu moraria com Gemma. Mas eu disse que depois eu ficaria nos dormitórios da faculdade, porque eu não queria depender mais de ninguém. Eu procurei um emprego, e consegui em uma cafeteria bem bonitinha aqui perto. E pagavam bem!

Eu e Louis trocamos algumas mensagens, mas nada demais. Sempre meio frio, porque nós dois sabíamos que sofreríamos mais se nos tratassemos feito namorados.

"eai, Lou? ansioso pra faculdade?"

"sim, até que sim. e você?"

"também. tô com saudade"

"eu também. te amo, tá?"

"também te amo"

Dizer eu te amo por mensagens não era a mesma coisa. Soava frio, sem significado. Por mais que eu o amasse de verdade.

Eu pensei muito sobre nossos últimos dias. Ele sentia tanta saudade como eu? Porque aparentemente ele achava melhor o rumo que as coisas levaram. Mas meu Deus, eu já sentia minhas veias entupirem, minhas juntas doerem, minha cabeça latejar - De saudade dele.

De manhã, eu queria acordar e que o primeiro cheiro que eu sentisse fosse o dele. Queria dar aqueles beijos preguiçosos e bêbados de sono, e quem sabe, fazer sexo no chuveiro. Irmos juntos pra escola, e segurar a sua mão enquanto passávamos pelos corredores.

Enemies - Fanfic LarryOnde histórias criam vida. Descubra agora