Nota da autora

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Olá, queridas leitoras e queridos leitores! Bem vindas(os)!

As Cores de um Império é um romance histórico fictício sobre amor e preconceito, que apresenta ambos de várias formas enquanto busca favorecer o amor e repudiar o preconceito ao máximo.

Alguns personagens e expressões que aparecem no livro são bastante preconceituosos, além de existirem outros que apenas seguem o fluxo do que é o costume no local e na sociedade em que estão inseridos, chegando perigosamente perto dos anteriores. É importante lembrar que todos esses personagens e expressões foram necessários para a construção da história e que diversos deles evoluem a esse respeito, aprendendo a conviver em uma sociedade mais igualitária no final.

Os dois reinos retratados no livro possuem bases históricas e sociais estruturadas por muitas pesquisas e estudos, mas de maneira alguma esta obra é uma cópia fiel de suas sociedades, tendo partido única e exclusivamente da imaginação da autora e com o passado histórico tendo sido ajustado para a ficção conforme a obra e os personagens exigiam.

O reino fictício de Omlai, onde os personagens são negros, têm cabelo crespo e constituição física mais robusta e musculosa, foi inspirado em alguns povos de etnia bantu, principalmente, mas não exclusivamente, os Swahíli e Shona, descendentes dos Mashariki, no período que engloba cerca de 800 a 1200 d.C. e que ocupavam o sudeste da África, no litoral do Oceano Índico, do planalto do Zimbábue até parte das planícies entre o planalto e o Oceano Índico, território que atualmente abriga o Zimbábue e parte sul de Moçambique.

O idioma utilizado para as falas dos personagens e as palavras ditas omlai inseridas no livro é o Swahíli, para manter uma consistência com as diferentes pesquisas realizadas para esta obra, e a cerimônia de iniciação feminina do capítulo I, o chisungu, foi baseada e adaptada das cerimônias de iniciação feminina dos povos Bemba Sabi, de mesmo nome.

Já o reino fictício de Hanbyeol, onde os personagens têm pele branca, olhos e cabelos castanhos, sendo estes últimos em sua maioria lisos e longos – com exceção de Shin Taeyang, que é loiro por descendência da mãe estrangeira – e constituição física naturalmente magra e esbelta, foi inspirado no que conhecemos como Era Joseon, em que a Coréia do Norte e do Sul ainda eram uma única nação, durante os anos de 1392 até 1897.

O idioma utilizado para as falas dos personagens e as palavras ditas byeol inseridas no livro é o Coreano e foi romanizado de acordo com os conhecimentos da própria autora, que começou a estudar o idioma algum tempo antes da escrita desta obra.

Algumas palavras em Swahíli e Coreano foram adicionadas no texto para aumentar a aparente realidade da história e, para facilitar o entendimento, será apresentado um glossário na próxima parte, com todas as palavras utilizadas nos dois idiomas.

Por último, mas não menos importante, mantendo um costume coreano que se perpetua até hoje, os nomes dos personagens oriundos da nação de Hanbyeol – independentemente se eles mantiveram residência em Hanbyeol ao longo da vida ou não – possuem a grafia do nome de família ou sobrenome antes do que chamamos de nome de batismo ou primeiro nome. Sendo assim, no nome do personagem Shin Taeyang, o primeiro nome é Taeyang, e Shin é o nome de família, que seu pai também tinha (Shin Ha Jun) e seu filho também terá, quando nascer.

Tal característica não ocorre com os nomes de personagens oriundos de Omlai, que mantém seu sobrenome após o nome próprio, como acontece com a personagem Malaika Kalejaiye, em que Malaika é o nome da personagem e Kalejaiye é o sobrenome carregado por toda a família, desde sua avó Gimbya, passando por seu pai Azekel e seu irmão Kayin.

Sem mais delongas, boa leitura!

As Cores de um ImpérioOnde histórias criam vida. Descubra agora