|Roronoa Zoro - parte I

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Capítulo não revisado.

Eu mudei muitas coisas da história original, então quem acompanha o mangá e anime pode estranhar os acontecimentos.

1173 palavras.

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"Anja"


Sinto ser observada e sei muito bem de quem se trata, olho de relance para o espadachim do bando e ele desvia o olhar fingindo que não estava me analisando.

Reviro os olhos e solto um sorriso relativamente alto para provocá-lo, algo que se tornou comum depois que entrei para o bando dos Chapéus de Palha.

Roronoa Zoro bufa como uma criança mimada e se afasta mais ainda com o seu copo de saquê, agarrando Law pelos ombros e forçando o médico a participar da pequena festa no navio do Bartolomeu, fã de carteirinha nosso.

Entrei para o bando quando os Chapéus de Palha praticamente invadiram a Ilha dos Homens Peixes, estava de estadia e a procura de algumas informações pelo lugar quando encontrei Luffy. O capitão estava em apuros e eu o salvei, acabando por revelar as enormes asas brancas que possuo, consequências de ter comido um fruto do diabo.

Monkey D. Luffy encantou-se com a sua "salvadora" e me perseguiu a ilha inteira para ser uma de suas companheiras, no começo eu recusava de todas as maneiras, mas depois de assistir o quão incrível e peculiar cada um dos tripulantes são eu me rendi ao moreno e me tornei, oficialmente, uma chapéu de palha.

Porém, isso não agradou em nada o imediato Roronoa Zoro que aparentemente não confiava nada em mim.

E, de certa forma, eu entendia ele.

Qual é, vivemos no meio da maior era dos piratas, uma nova geração, não deve-se confiar em qualquer pessoa apenas por simpatiazar com ela, algo que o meu capitão faz muito.

Mas isso não significa que eu concordava com a forma bruta que ele me tratava, agia de forma mais grosseira comigo do que com os outros e começamos a discutir quase todos os dias, viramos piada para o grupo que apenas assistia as brigas.

Nami e Robin diziam que isso é tesão acumulado e eu não nego, não mesmo.

Zoro me causa coisas estranhas desde quando o vi tirar o kimono para lutar, deixando exposto o abdômen bem definido e com aquela cicatriz que é fodidamente sexy em sua barriga.

É, ele é uma total perdição.

Saio dos meus devaneios quando Bartolomeu aparece com uns cartazes de procurados e eu não me supreendo quando vejo que o meu passou dos 300 milhões de beli. Convenhamos, sei usar muito bem a minha fruta, aprendi o Haki do armamento e observação quando passei um tempo na ilha dos Travestis e fora que já dei uma surra no Crocodile, então por que não ter uma das maiores recompensas?

Contar essa história para os meus companheiros foi um fator crucial para ser aceita, não que eu estivesse procurando aprovação, mas adoro contar as minhas histórias e um certo alguém também adorou. Então, de brigas estúpidas e sem sentidos, Zoro e eu passamos a treinarmos juntos e compartilhar saquê durante quase todas as noites.

A nossa relação passou de inimigos para companheiros e isso me alegra, só não fico mais feliz por ele ser tão imbecil por não notar as minhas invertidas "saudáveis" e discretas para cima dele.

Levanto com dificuldade do chão do convés e tento me apoiar na parede de madeira, mas o movimento do navio me faz tropeçar e quase cair no chão se as minhas asas não tivessem me segurado. Solto um gemido sôfrego e quase choro por conta da ferida na minha perna direita, Dressrosa exigiu muito da metade do bando e não foi diferente para mim, tive que usar o máximo de mim para lutar e ganhei uma ferida como consequência.

Uma puta de uma ferida, mas nada que não se resolva.

—Ei.

Paro de xingar o maldito machucado na minha perna para ver a razão dos meus pensamentos impuros bem ao meu lado.

—Vai me ajudar ou vai ficar apenas me olhando?— falo realmente cansada e rendida.

Nem sei como ainda me mantenho em pé e não ter desmaiado.

O Roronoa não fala nada, apenas me puxa e me põe em seu colo como se eu fosse uma princesa delicada. E eu, nada besta, me esparramei sobre aqueles músculos sobrepostos e me deixo ser levada para um dos quartos do navio. Fico totalmente sonolenta durante o caminho e caio no sono, sem dar tempo de agradecer o gosto-, digo, o Zoro.

•••

Rodeio as minhas pernas em algo macio e forte, aconchego-me naquele monte ridiculamente malhado e abro os olhos sonolentos me deparando com cabelos verdes no meu rosto.

Estou totalmente agarrada ao Zoro e ele está me encarando como se fosse ver a minha alma, dou-me conta da situação e quase grito se a sua mão não tivesse tampado a minha boca.

—Eu que estou sendo agarrado e você que quer gritar, meio injusto não acha?— o imediato fala na maior cara de pau retirando a mão da minha boca.

Solto o ar totalmente extasiada e tento controlar a respiração que nem notei que estava segurando.

—O que você faz aqui, Zoro?— pergunto e faço menção de me soltar dele, porém sou impedida pelo seu corpo vindo cuidadosamente para cima de mim.

Minha respiração traíra falha outra vez com o ato repentino e o meu coração maluco parece querer saltar do meu peito, tenho quase certeza que esse imbecil pode ouvi-lo bater como um tambor.

—Você que me agarrou e não soltou mais, anja.

O espadachim dá um sorriso mínimo de canto e apoia um dos joelhos no meio das minhas pernas, separando a machucada e a boa.

—Era só ter saído.— sinto minha garganta seca, não por estar com sede de água, mas por querer estar em contato com os lábios tão convidativos acima dos meus.

—Nós dois sabemos que você não quer dizer isso, docinho.

—Ah é?— inclino o meu rosto para ficar mais próximo do dele —Então me beija.— falo em um ato de coragem, sendo totalmente manipulada pela situação que eu mesma criei.

—Mulher... Você vai me deixar maluco, que se dane.

Zoro leva os dedos grossos pelo excesso de treinamento e ergue os meus lábios em direção aos seus, iniciando um beijo intenso e que vai se aprofundando mais ainda quando envolvo o seu pescoço com as minhas mãos. Nossas línguas se encontram e ele tenta o máximo não jogar o seu peso em mim por conta do meu machucado.

Fofo.

Paramos o beijo e colamos a testa um no outro, respirando profundamente para recuperar o ar.

—Não sou bom com isso mas... Você é para mim como algo parecido com o meu objetivo de ser o melhor espadachim do mundo.— Zoro diz depois de uns longos minutos em silêncio.

Sabia que ele não iria dizer algo como "eu gosto de você", mas não esperava coisa tão significativa.

—Também gosto de você, Zoro, e isso já é o suficiente para mim.

E ali, nos beijamos mais uma vez selando esse novo momento em nossas vidas.

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