|Castlevania: Trevor Belmont

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Mais um imagine desse anime incrível, alguém fez um pedido e estou atendendo :)

Vocês podem achar a personalidade dessa personagem um pouco duvidosa, mas eu peguei como referência as atitudes dela em como as prostitutas medievais eram e agiam.

Palavras:1230.

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As folhas secas e murchas pelo chão são pisadas pelos passos rápidos de duas pessoas. Elas parecem apressadas e uma delas rir alto, tão escandaloso que faz o outro cobrir os ouvidos.

—Vamos lá, Belmont.

Uma mulher de cabelos longos e rubros rodopia ao redor do homem que parece estar de mal humor. Ela recebe apenas um resmungo em resposta e seus lábios se abrem para mais um riso em total escárnio, a mulher se joga nele tentando roubar um beijo mas é barrada.

—As vezes você é insuportável.— Trevor Belmont diz com o seu único fio de paciência quase inexistente —As vezes também age como uma prostituta.

—Ah! Então isso é ciúmes, amor?— ela responde mais animada ainda —Se não fosse por meu charme, nós não teríamos ganhado comida naquele bar e, sim, eu era a puta mais cobiçada de Gresit.

—E você fala como se isso fosse para se orgulhar, [S/n].— o último sobrevivente do clã Belmont puxa a sua companheira, ou seja lá o que ela é, para um casebre abandonado e que provavelmente foi tomado pelas criaturas do Drácula
—Não sei como a igreja não quis queimar uma pecadora como você.

[S/n] Lencastre se deixa ser levada pelo homem que vive mal humorado, eles empurram a porta e se deparam com um casebre limpo e bem organizado, a única evidência de que as criaturas estiveram no local são os respingos de sangue pela parede central.

—Eles não podiam nos queimar, baby. As prostitutas dão bastante dinheiro e são um bom passatempo para os nobres e o clero.— a Lencastre se senta em uma cadeira e espera que o seu querido homem supervisionise a casa.
—E, o clero não pode matar quem trepa com eles.

[S/n] encara as unhas quebradas e sujas, fazendo uma careta por nunca mais ter tido a oportunidade de se arrumar como antes, como a puta pomposa que era.

—Maldito Drácula.— ela graceja para si mesma e se depara com o Belmont a encarando —O que foi? Está me olhando assim por quê?

—Você trepou com um membro da igreja?— ele pergunta desacreditado.

Ela bufa e amarra o cabelo bagunçado, sentido-se levemente incomodada e constrangida com o assunto.

—As putas, meu querido Trevor, são apenas objetos para serem usados.— a mulher de cabelos rubros vira o rosto, negando-se a encará-lo —E objetos podem ser usados para quem pagar melhor, logo, é óbvio que eu não iria perder uma chance dessas.

—Francamente, nada que vem de você me impressiona.

—Ei, Belmont!— ela joga os braços para cima em total divertimento
—Você esperava o quê? Que eu fosse uma santa virgem e intocada? Seja orgulhoso, Trevor, você transou com aquela que se deitou com uma das pessoas de maiores cargo da igreja!

O último sobrevivente do clã Belmont a olha como se ela fosse um ser incomum e sacode a cabeça, anda até a mulher sentada toda desleixada na cadeira e a segura em seus braços. [S/n] apenas se deixa ser levada e aprecia a sua atitude, ele é sempre assim, ácido e resmungão na maior parte do tempo, porém, preocupado e carinhoso no resto.

Carinhoso da forma dele, é claro. Mas ele sempre acaba se redendo ao seu charme e talvez, apenas talvez, eles gostem um do outro.

Mas são orgulhosos demais para admitirem isso.

—Você tem que ir dormir e eu ficar de vigia.— o Belmont a deposita na cama simples que é comum na casa de qualquer camponês
—Ouvi boatos de que um tempo atrás, nessa região de Gresit, havia uma besta que matava sem dó algum.

—Isso é apenas boato. Agora, vamos fazer algo mais interessante que dormir.

[S/n] cruza as pernas ao redor da cintura do homem, puxando-o para si. Ele se deixa ser seduzido com facilidade, rendendo-se a ela como sempre faz.

A Lencastre acaricia a marca no rosto do seu parceiro e o admira quando ele fecha os olhos em total apreciação pelo ato. Ela o conduz para um beijo cheio de significados e se move para cima e para baixo no quadril dele, estimulando-o a querer por mais, deixando-o louco como só ela sabe fazer.

•••

Um baque surdo e quase imperceptível ecoa pela casa, isso não seria capaz de acordar uma pessoa normal, mas o caçador de vampiros, Trevor Belmont, acorda já com o seu chicote em mãos e a adaga. A escuridão seria uma limitação se ele não tivesse sido treinado a não temer o escuro.

Mais um baque.

E o caçador passeia a mão pela cama com a intenção de encontrar uma mulher nua e em seu mais profundo sono. No entanto, ele não encontra nada e uma leve angústia toma o seu corpo.

—[S/n]?

Belmont chama pela mulher de cabelos longos e não tem uma resposta, ele caminha por todo o quarto e, pela primeira vez depois que a sua família foi excomungada, sentiu uma sensação de desespero se apossar do seu peito.

Outro baque e ele corre pela pequena casa até chegar ao som, a sua adaga sempre em mãos e os olhos atentos para encontrá-la.

—Que droga, mulher.

Em uma distração, o corpo do caçador é jogado para o outro lado da casa. Ele sente seus ossos quebrarem mas sabe que isso é o mínimo do que pode sofrer.

Trevor se levanta e vai para cima da besta enorme e com asas, a coisa mais horrenda que ele já viu. Uma maldição do lobisomem, a pior que existe.

Um uivo é emitido pelo monstro e ele volta a atacar o homem que também contra ataca, os corpos colidem e os dois caem no chão. O Belmont corre até o bicho, que está de guarda baixa, e o ataca com a sua adaga bem em direção ao coração.

O monstro uiva mais uma vez, entretanto, o som é agonizante e de pura dor.

O caçador de vampiros limpa o suor de sua testa, vendo o momento exato em que a besta derrotada no chão se transforma na sua companheira. Belmont deixa a adaga cair de suas mãos, o seu rosto fica em total choque por vê-la nesse estado.

A [S/n] agoniza com a dor em seu peito, o seu corpo nu se contrai e ela chora a cada instante.

—E-eu s-sinto muito, Belmont.— ela tenta falar por entre os murmúrios de dor
—Deveria ter d-dito antes.

Trevor se joga ao lado dela, tomando-a em seus braços e sentindo a vida da sua mulher se esvaziar por entre seus dedos, como se fosse uma areia insignificante e sem sentido.

A Lencastre morre de olhos abertos e vidrados no seu amor, amor esse que a matou mas a fez tão feliz em pouco tempo. O Belmont fica sem reação alguma com o ocorrido, sem reação para o quanto deus deve odiá-lo por botar as coisas em sua vida e depois tirá-las como se não valessem nada.

A mulher faleceu sem confessar que o amava e o homem a matou sem demonstrar o quanto ela fazia diferença em sua vida, carregando a culpa eternamente pelo seu pecado.

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