Meeting someone for their room decor

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Josie narrando

Eu tentava dizer a mim mesma que estava tudo bem, mas eu parecia uma piada, até eu mesma via isso. Meu cansaço era evidente (fisicamente e mentalmente falando). Eu tinha olheiras e estava sempre, a todo o instante, cansada, embora não conseguisse dormir quando me deitava. Tudo isso por uma maldita garota... Hope Andrea Mikaelson.

Essa garota não sai da minha cabeça por nada. Fiquei com Penelope Park para tentar esquecer Hope, mas me sentia traindo a lobisomem ao fazer aquilo, e desisti. Estava a ponto de ceder, de ficar com ela e foda-se, mas então ela se foi. Ligeira e rápida. Ela simplesmente foi embora e me deixou aqui, sem sequer responder minha carta.

Papai não me dá informações. A parte ruim é que eu não posso parecer extremamente preocupada (exatamente como me sinto) porque ele não sabe que eu gosto dela, e se souber, provavelmente vou ouvir alguns sermões. Ele apenas repete a mesma coisa "A tia dela disse que ela está bem".

Queria fazer um feitiço, que faria com que eu conseguisse vê-la, mas estava com medo de não ser forte o suficiente, e não queria quebrar a decisão dela de se distanciar. Eu ficava repetindo na minha mente que ela está bem, e que não posso parecer desesperada.

- Josie, eu estou cansada disso. – A voz de Lizzie se fez presente ao mesmo tempo em que ela entrava, batendo a porta do quarto com força.

- Qual é o problema agora? – Perguntei, deixando meus questionamentos de lado para dar atenção a crise da minha irmã. Como sempre.

- Você. Desde que a ruiva foi embora, você fica assim: cabisbaixa, pensativa. Eu preciso da minha irmã de volta.

Cruzei meus braços.

- Eu não tenho que viver para você, Elizabeth. – Para a minha não-surpresa, ela riu.

- É o equilíbrio das coisas por aqui, Jo. Você sempre foi assim. Eu sou a egoista, e você a pessoa que pensa mais nos outros.

- Eu tenho uma vida. Sou uma pessoa, não sua sombra, muito menos sua escrava. Estou cansada de viver a minha vida para fazer a Lizzie querida feliz. Você não é a única com problemas. Estou cansada dos seus surtos. – Gritei, vendo ela mudar se preocupada para surpresa, e depois para brava. Ela começou a drenar magia da parede ao seu lado, eu começando a drenar de uma pilha de livros mágicos que eu usara para pesquisas de um trabalho e não havia devolvido. Levantamos nossas mãos ao mesmo tempo, murmurando o mesmo feitiço. Era apenas um feitiço para jogar a outra longe, mas eu não queria perder e parecer fraca. Segundos depois, vi Lizzie voar longe, batendo de costas na parede e caindo em sua cama. Ela tinha os olhos arregalados para mim, entendendo que eu era mais forte que ela. Percebemos isso juntas, mas eu me assustei mais que ela. Sai do quarto, batendo a porta assim como ela fez quando chegou. Eu não sabia para onde ir, mas meus pés me levaram até a última porta do corredor feminino do meu andar.

Eu abri, sorrindo ao ver o quarto de Hope. Ele tentava ser o mais neutro possível, mas a parede do canto destruía isso. O quarto era muito impessoal, tirando aquela parede. Havia uma cama de casal king size no lado direito, quase no centro do quarto, com roupas de camas brancas impecáveis, o destaque sendo a manta amarela dobrada perfeitamente no fim da cama.

Havia um armário aberto de livros, uma divisão balanceada entre livros de magia e livros de romance normais, o que mostrava o lado dela que ainda acreditava nesse sentimento. Onde deveria ter a cama de sua colega de quarto (o que ela não tinha porque era a fucking Mikaelson, praticamente dona da escola, já que seu pai foi quem doou todo o dinheiro usado para manter a escola, até hoje) haviam araras com roupas, e um armário padrão, porém pintado de branco, com um desenho de por do sol e o mar. Nas araras, apenas uniformes da escola, dos habituais aos de educação física.

O banheiro era normal, como o de todos os outros alunos. Havia alguns produtos ali, o que eu achei estranho porque ela não levou o creme favorito (sei disso porque é o cheiro habitual dela desde... bom, sempre).

Voltando a parede especial. Nela havia inúmeras coisas, que faziam você a entender, como num quebra cabeça. Em cima, bem no topo, havia uma foto da entrada de New Orleans, e ao lado uma da família, ela ainda pequena entre eles. Havia uma foto dela com Freya, as duas rindo na floresta, as covinhas aparentes. Havia uma de um homem moreno, bonito, provavelmente Kol Mikaelson, e uma mulher morena, que beijava sua bochecha enquanto ele sorria. Havia uma foto de Freya e a esposa, de quem eu não me recordo do nome, uma foto de sua mãe e Elijah, claramente tirada sem que eles soubessem. Havia uma de seu pai e minha mãe, sorrindo um para o outro. Como ela consegue essas fotos? As últimas fotos, quase na cômoda, eram dos nossos amigos. Havia uma foto de Lizzie, uma de Mg, uma de Kaleb, e uma minha. Eu estava sentada, com os olhos fechados, na aula de meditação. Por que ela escolheu essa foto? Meu cabelo estava mais comprido, como eu usava a 3 anos atrás. Eu estava usando um shorts de moletom curto e um top preto. Era meu "uniforme". Em cima da cômoda, havia um caderno. Na capa, havia o nome de Hope em sua letra, e inúmeros desenhos aleatórios. Havia o emblema da escola; o emblema de sua família; um pequeno lobo em cima, a única coisa colorida de toda a capa sendo seus olhos amarelos; uma garota com dentes de vampiro, e uma mão soltando fogo, sendo que pequenas chamas estavam presentes em todos os desenhos. Eu não deveria olhar. Não deveria mesmo, mas foi tão tentador que eu acabei abrindo.

Just one more girl - HOSIEOnde histórias criam vida. Descubra agora