The calm before the storm

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Hope narrando

Uma semana depois

Meus lábios e os de Josie se encontraram, brigando pelo controle do beijo. Levei minhas mãos a sua cintura, enquanto seus braços puxavam meu pescoço mais para si, como se quisesse nos fundir. Sua perna esquerda agarrou minha cintura, me puxando para ela, fazendo meu corpo bater contra o armário do banheiro, o que me fez sorrir.

A cada segundo que se passava, nosso beijo se tornava mais desesperado, e eu tentava lembrar a mim mesma, que ao contrário de mim, ela precisaria recuperar o fôlego em algum momento. Com dificuldade, soltei seus lábios doces com uma mordida leve no inferior, que fez ela gemer. Nossos olhos se encontraram, e eu tinha plena consciência, graças ao espelho atrás de nós, que meus olhos estavam amarelos. Ela sorriu com a visão, e tentou me puxar para outro beijo, mas sua respiração ainda estava desregulada demais. Segui com meus lábios para sua clavícula, descendo para o pescoço. Era difícil desviar minha concentração daquele lugar, porque podia ver e ouvir o sangue sendo bombeado nas veias. A ouvi murmurar um feitiço de silenciamento no ambiente e sorri. Ao sorrir, minhas presas esbarraram em sua pele, e eu me desviei em menos de um segundo. Me virando de costas para ela.

- Ei, o que foi? - murmurou, e eu ouvi seus passos até mim, mesmo que ela estivesse descalça.

- Desculpe... eu preciso de um minuto. - eu senti sua mão em minhas costas, e fiquei rígida. - Você não deveria tocar em mim assim, Jo.

- Eu não tenho medo de você. - sua voz parecia firme e determinada. - Se você quer, pode beber.

- Não quero que você pense que é algo como uma meretriz de sangue para mim.

- Em que momento você leu "Academia de Vampiros"?

- Tem alguns meses. Maya disse que eu precisava de tempo para tirar minha mente do mundo sobrenatural, e esse foi meu jeito. Eu não saí completamente dele, mas ajudou.

Com aquela breve conversa, eu me acalmei, e me virei para ela.

- Eu falei sério, Hope. Se quiser provar meu sangue, eu aceito.

Cheguei perigosamente perto dela, mas não pareceu afeta-lá .

- Por que insiste nisso? Deveria ter medo de mim, já que me alimento de sangue humano, e o seu, me atrai mais do que qualquer outro. - disse, passando meus dedos suavemente pela parte onde a veia passava pelo pescoço.

- Porque vai ser extremamente sexy ver seus lábios cobertos pelo meu sangue.

Meu corpo respondeu a fala dela. Meus pelos voltaram a arrepiar, o bico do meu peito ficou duro como pedra, e eu me senti molhar lá em baixo, e não era por causa da piscina. Josie começou a beijar meu pescoço, me provocando, enquanto eu ficava parada, tentando manter a sanidade.

- Josie, sério, eu não quero machucar você. - Ela parou o que fazia, e voltou a me encarar.

- Hope, eu confio em você. Nós duas queremos isso. Por que não fazer? Se algo acontecer, bebo o seu sangue e tudo vai ficar bem.

Uma vozinha na minha mente me dizia que ela estava certa, e que se ambas queríamos aquilo, não era errado. Eu, por algum motivo idiota, ouvi esse lado. Voltamos a nos beijar, e eu me inclinei, me sentando na privada e sentindo ela se sentar por cima de mim. Minha mão foi para sua cintura, brincando com a barra do biquíni, fazendo-a arrepiar mais ainda.

- Eu não vou transar com você aqui. - Murmurei, nos levando magicamente para meu quarto. Josie abriu os olhos, e observou o local brevemente, voltando a me beijar, agora apoiada em seus braços para que seu corpo não caísse em cima do meu na cama. Eu me sentei, sentindo nossos seios se encontrarem brevemente, fazendo um arrepio subir pela minha espinha. Desfiz o laço da parte de cima do biquíni de Josie, deixando claro que ela poderia parar quando quisesse, mas ela tirou a peça jogando longe.

- Com quantas garotas você já transou nessa cama? - perguntou, em meio a um beijo, e eu parei, a encarando.

- Quer realmente falar disso agora? - perguntei, surpresa e brava.

- Estava curiosa.

- Nenhuma Jojo. Você é a primeira. Minha cama é sagrada.

Ela sorriu e voltamos a nos beijar. Senti suas mãos no laço do meu biquíni, que também foi parar em algum lugar no chão do quarto. As mãos dela estavam geladas, o que fez meu corpo arrepiar mais uma vez ao sentir suas mãos em seus seios. Porra, ninguém nunca me deixou louca daquela forma, muito menos apenas com beijos. Eu queria acabar logo com aquilo. Tirar a parte que faltava do biquíni e fazê-la minha, para que ela soubesse que ninguém nunca, jamais, teria ela além de mim de novo. Minha boca foi para seu pescoço, e eu beijei, tomando o cuidado de não mordê-la. Larguei seu corpo apenas para tirar a parte de baixo da roupa que usava, porque queria fazer aquilo olhando para ela. Ela tinha um olhar determinado, sexy e selvagem. A virei, deixando deitada na cama, e beijei seu corpo, desde as pontas dos pés até os olhos castanhos hipnotizantes. Queria que ela estivesse confortável, porque sabia que a mordida ia doer.

- Você vai me torturar por mais quanto tempo? - perguntou, enquanto eu brincava com seus seios. Eu sorri, largando e voltando para seus lábios.

- Você tem certeza que quer isso? - perguntei, encarando seus olhos profundamente. - Vai doer.

- Sim, Hope. Eu quero isso. Não ligo para a dor. - assenti, a puxando para sentar em meu colo de novo, mas ela apenas ficou de joelhos, e eu entendi que era para não encostar sua vagina em mim. Ela queria que eu fizesse aquilo, e eu fiz. Levei minha mão para suas coxas, a puxando para mim com certa brutalidade, e ela encostou na minha coxa, e puta que pariu. Ela estava encharcada. Meu Deus do céu.

Voltei a beija-la, jogo sentindo-a se esfregar em mim, o que me fez sorrir. Separei nossos lábios, a encarando. Ia começar a falar, mas ela me calou com um selinho. Beijei seu pescoço carinhosamente, e levei minhas mãos em busca das dela. Entrelaçamos nossos dedos no ar, fazendo daquele momento algo íntimo e até mesmo romântico. Eu mordi seu pescoço, ouvindo-a gemer numa mistura de dor e prazer. O sangue dela é melhor do que qualquer outro. É puro, doce e... indescritível. Eu me senti encharcar mais ao beber dela, e ao contrário do que pensei que seria, não parecia nojento, ou errado. Não bebi muito, mas foi o suficiente para que ambas explodíssemos em um orgasmo, que eu poderia dizer facilmente que foi o melhor da minha vida toda. Terminei mordendo meu próprio pulso para que ela se curar.

- Doeu muito? - perguntei, quando ela já estava bem.

- Não. E eu estava certa. Ver você, com as veias, e os olhos amarelos, e meu sangue foi... puta que pariu. Foi indescritível.

Deitamos na cama, ela nua, eu apenas com a parte de baixo do biquíni, a abraçando contra mim. Parecia tão certo estar ali com ela, que ficamos o dia ali. Tivemos mais algumas muitas rodadas de sexo, e eu podia dizer que aquela mulher era a melhor que eu já vi. Ela fazia você enlouquecer com apenas um beijo, até apenas com palavras.

Aquele momento parecia tão perfeito, que eu esqueci de me recordar que sempre que eu estou bem, algo acontece para destruir isso. 

Just one more girl - HOSIEOnde histórias criam vida. Descubra agora