Dream and therapy

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Hope narrando

Minha mãe abraçava meu corpo, pequeno e indefeso contra o dela. Eu tinha uma leve dor de cabeça, mas sendo criança, aquilo não me importava. Meus olhos encontraram os do meu pai, cobertos de lágrimas. Tentei me desvencilhar de minha mãe, mas ela só me prendia mais forte contra ela.

- Hope, eu te amo. - Meu pai murmurou, ficando a minha frente por mais um segundo. Quando eu pisquei, ele havia sumido. O desespero tomou meu corpo e minha mente, e eu chamei por ele, incansavelmente. Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu chorei chamando por ele até cair no sono.

Abri meus olhos, saltando da cama, gritando pelo meu pai. Dois segundos depois, tia Rebekah entrou em meu quarto, me abraçando. Meus olhos se encheram, meu corpo preparado para mais uma série de choro, mas eu respirei, tomando controle de mim, o que foi difícil dada as circunstâncias.

- Quer me contar o que aconteceu? - Perguntou, e eu me separei dela, recebendo um olhar preocupado e doce. Encontrei minha tia Freya, acompanhada de todos os meus tios e Marcel, todos com um semblante preocupado.

- Eu sonhei com o meu pai, só isso. - Murmurei, tentando soar calma, mas não pareceu fazer efeito. - Eu estou bem, foi só um sonho ruim, nada demais. - Disse, tentando soar sincera, e provavelmente falhando mais uma vez. - Eu estou com fome. - Murmurei, encarando minha tia Freya, num pedido mudo por ajuda. Logo, todos foram designados para suas funções, ficando apenas eu, tia Rebekah, tia Freya e Davina no ambiente.

- Vai nos dizer a verdade agora? - Davina perguntou, cruzando os braços, parecendo realmente bastante preocupada. - Eles não podem nos ouvir, fiz um feitiço. - Murmurou, e eu relaxei, me deitando na cama de novo, pensando no que dizer a elas.

- Eu tenho tido sonhos... com meu pai.

- Desde quando? - Tia Freya perguntou.

- Tem uns 4 meses, mas está mais forte desde que me tornei vampira.

- Você ainda tem terapia certo?

Neguei com a cabeça.

- Parei de ir. - Disse, simples.

- Você não pode parar de ir. Isso é importante, ainda mais... - Davina parou, abaixando a cabeça. Haviam tantas continuações para sua pergunta que eu não sabia qual ela usaria. "Ainda mais sendo uma adolescente orfã, culpada pela morte da mãe, e teve sua parcela de culpa na do pai?" " Ainda mais sendo filha do cara mais odiado do planeta a mil anos", " ainda mais sendo o ser mais forte e instável do mundo sobrenatural" e tantas outras.

- Você vai voltar para a terapia. - Minha tia Freya disse, autoritária, mas completou de forma doce com: - Por favor... por mim.

Assenti, rendida. Rebeci um beijo na cabeça de minha tia Rebekah, e depois observei todas as mulheres saírem do meu quarto.

- Ai mãe, que falta você faz. - Murmurei, vendo-a parada na porta do meu closet, com um sorriso ao ver que e olhava para ela. 

Just one more girl - HOSIEOnde histórias criam vida. Descubra agora