você deve ter enjoado
dos números de chamadas
e mensagens na caixa postal
subindo
tanto quanto eu estou do seu adeus programado
e do barulhinho, que me indicou novamente a quando começar a falarsão tempos difíceis, querida
traumáticos
se posso me arriscar a dizero que eu ando fazendo?
é indecifrável. incompreensível
ainda assim, bem simples
são apenas muitas horas
encarando a parte de cima da minha janela
enquanto deito,
pela quarta vez no diapois é,
não tão libertador
ou igual a antes, né?
estar sozinho era uma dádiva
que se tornou um fardo
e meu chefe, também
me obrigando a vir a essa cabine
de vidro
quando lembro de nós doisera assim
com você.
era solitário. na maioria das vezes.
se depender da minha memória, sempre foi
o maior sentimento que eu recebi
de alguém....
ah, irônico.só estou gritando baixinho
fazendo eco
nessa cidade,
não é?
não vai entendervocê sabe minhas manias.
falo meus pensamentos, expresso muito
não por palavras, mas por..
cartas, abertas, e enormes. que você nunca leria
como também nunca irá ouvir isso.o tempo da linha está acabando, amor.
eu te vejo
em algum momento, certo?
em um futuro
próximo...
talvez