A Lucky Man [ TRADUÇÃO ]

Capítulo 5 - Eu vivi no escuro para não ficar cego quando a escuridão viesse

“Não sou nada sábio. Já te disse, não sei de nada. Eu conheço livros e sei como unir as palavras - isso não significa que sei como falar sobre as coisas que mais importam para mim. ” 
-

André Aciman, me chame pelo seu nome 

 

"Você está fazendo isso de novo, Harry.", Luna sussurrou, fazendo-o olhar para baixo, um pequeno rubor floresceu em suas bochechas ao ser pego olhando para Severus. 

Pelo menos, era Luna e não o próprio homem, o que já havia acontecido, muitas vezes para conforto. Harry simplesmente não conseguia se conter, os sentimentos que ele pensava ter enterrado há muito tempo, vindo à tona com o reaparecimento de Severus. 

Ele tentou esmagá-los, sabendo que eles não trariam nada além de tristeza, mas ele não conseguiu. Ao contrário, com o passar das semanas, ele se descobriu cada vez mais apaixonado pelo homem. 

Severus ainda era o homem que Harry conhecera durante seus anos de escola; intenso e sarcástico, mas agora havia um calor nele, uma suavidade que nunca existiu antes. Ele sorriu agora, pequenos traços de seus lábios, nada mais, mas ainda estava lá.  

Na verdade, ele falava com as pessoas em vez de brigar e passava o tempo na sala dos professores, não se escondendo nas masmorras como costumava fazer. 

Ele ainda se recusava a tolerar tolos, e sua língua estava tão venenosa como sempre, mas apenas quando era merecido.  

Ele era tudo que Harry queria e, ainda assim, tudo que ele nunca poderia ter.  

Harry suspirou, concentrando-se no que estava sendo discutido em vez de pensar nas coisas que não podia mudar. 

“Mais alguma coisa?”, Snape perguntou enquanto a Professora Sprout terminava seu relatório de aula. Quando ninguém disse nada, ele acenou com a cabeça e terminou a reunião fazendo as mãos de Harry começarem a suar. 

Ele precisava perguntar algo a ele e ficou nervoso com isso. Ele se levantou e caminhou em direção a Severus, aproveitando a oportunidade que o homem havia ficado depois do fim da reunião. 

“Diretor, posso ter um momento?”, Ele disse enquanto se aproximava dele, orgulhoso de que sua voz saiu forte e uniforme, mesmo que ele não sentisse nada. 

Severus ergueu os olhos, uma de suas sobrancelhas erguendo-se ao ver Harry antes de assentir. 

"Claro. Aqui, ou você prefere um ambiente mais privado? ”, Ele perguntou suavemente. 

Harry piscou, seu rosto pegando fogo enquanto sua mente surgia com uma imagem bastante vívida de um ambiente privado, ele desejou que eles pudessem ter. 

"Hum ... não." Harry gritou, corando ainda mais de vergonha quando a ponta dos lábios de Snape se curvou. 

Harry pigarreou, desviando o olhar, o tempo todo se repreendendo por agir como um adolescente apaixonado.  

Suave, Harry, muito bom. 

“Quero dizer, isso funciona muito bem. Eu só estava me perguntando se você teria alguma coisa contra eu começar um clube de duelo? Algo parecido com o que tivemos no meu segundo ano, mas melhor? ” 

Uma das sobrancelhas de Snape franziu, e Harry percebeu o que ele havia dito, uma sensação de horror absoluto subindo em seu estômago. 

“Não que fosse ruim! Quer dizer, você foi brilhante! Você sempre é brilhante, é claro. Eu só quis dizer sem Lockhart por perto para bagunçar as coisas. "