Creio que já tenha sido o suficiente...

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- Creio que já tenha sido o suficiente... – Após pouco mais de trinta segundos, empurrei gentilmente a cabeça de Reiji a fim de desvencilhar-me de suas presas.

Aquele vampiro de temperamento singular fitou-me seriamente, no entanto seus olhos pareciam suplicar-me que lhe concedesse ao menos um segundo a mais de sua nova refeição favorita. "Parece que ainda sou tão misericordiosa quanto era antes de tornar-me uma vampira.".

- Que seja, faça como quiser. – Minhas palavras pareciam carregar um sentimento de total desprezo, talvez indiferença... Mas meus olhos expressavam o imenso desejo que dominava minha alma.

Pude notá-lo esboçar um sorriso pouco antes de surpreender-me com um beijo. Reiji uniu seus lábios aos meus, no entanto não tentou invadir-me com sua língua... "Apenas um selinho...". Não esbocei qualquer reação, apenas ansiava pelo que estava por vir... Desejava saber o que ele pretendia fazer a seguir, afinal eu havia dito que poderia fazer o que quisesse.

O mais sério dos seis irmãos passou a desferir beijinhos por meu corpo, alguns seguidos de um breve fincar de suas presas. Começou por minhas bochechas, seguindo por meu pescoço desnudo e descendo até o vão de meus seios... Uma breve pausa, seguida de um olhar que certamente perfurou até mesmo o meu novo coração... Reiji posicionou-se ajoelhado no chão e diante de mim, afastou e ergueu lentamente minhas pernas enquanto não desviava seus olhos dos meus, e levou suas mãos até a base dos meus pés (que estavam descalços). Passou a massagear meus calcanhares... Sua mão esquerda cuidava de meu pé direito enquanto sua mão direita se dedicava a meu pé esquerdo. Por vezes ele beijava-os, sem desviar nossos olhares um segundo sequer... "O toque de seus dedos, seguido pelo toque de seus lábios... Sinto como se fosse enlouquecer".

Repentinamente, Reiji cessou as carícias e direcionou sua atenção para a região que ficava entre minhas pernas. Senti meu corpo estremecer diante da expressão que habitava em sua face naquele momento... Quase que desesperadamente, ele levou suas mãos por debaixo de meu vestido e alcançou as laterais de minha calcinha puxando-a sem pestanejar e me deixando completamente desconcertada, porém... "Que sensação é essa? Porque sinto como se todo meu corpo queimasse de dentro pra fora?". Testemunhei-o lançar minha calcinha no rosto de Laito, que apesar de parecer furioso com aquela ação, passou a aspirar loucamente o perfume de minha intimidade que impregnava aquela pequena peça de roupa.

Reiji posicionou minhas pernas sobre seus ombros, uma de cada lado de sua cabeça... Colocou-se mais próximo de mim e passou a deslizar seus dedos por toda a extensão de minhas pernas, começando em meus pés e desembocando em minhas coxas. Só então percebi que seu ultimo carinho havia suspendido meu vestido, o suficiente para que ele acomodasse sua cabeça ali confortavelmente... E foi exatamente o que ele fez. Com a maior naturalidade do mundo, aquele vampiro abocanhou minha intimidade. Num reflexo, ergui brevemente meu corpo e arfei admirada por sua atitude. O mais pragmático dos vampiros passou a beijar e mordiscar meus grandes e pequenos lábios... "O paraíso deve ser exatamente assim.".

Estava tão envolvida pelas carícias de Reiji, que não percebi a aproximação de Shu. Ele agachou-se ao lado de seu irmão mais novo e apreciou seu ávido desempenho, em seguida sentando-se entre Laito e eu.

- Não está com sede? - Aproximou-se de minha face e sussurrou junto ao meu ouvido.

"Sim, eu estou com sede... Mas se abrir minha boca para respondê-lo, certamente emitirei algum som constrangedor... Não posso permitir que eles pensem que perdi o controle de toda essa situação.". Diante de meu silêncio, Shu apenas sorriu e ofereceu-me seu braço, estendendo-o junto a minha boca. Sem qualquer cerimonia, aprofundei meus caninos em sua pele macia, sedenta por conhecer o sabor de seu sangue. "Sim... Vinho Tinto... Seco... Certamente esse sangue embriaga, enquanto causa apenas mais e mais sede.".

Reiji percorreu toda a extensão de minha vulva com sua língua que salivava abundantemente, contemplando meu clitóris com sugadas e lambidas fervorosas. A sensação de suas presas roçando em minha intimidade enquanto eu saboreava o sangue do mais velho entre eles... "Sinto como se estivesse alucinando de prazer... Será que estou sonhando?". Minhas pernas tremiam e eu apenas ansiava por mais... Foi quando Shu desvencilhou seu braço de minha boca, aproximou-se de minha nuca e cravou seus caninos em minha carne. Não sendo mais capaz de conter-me, gemi em alto e bom tom, e provavelmente isso atiçou ainda mais aqueles seis.

Fechei meus olhos e tentei concentrar-me a fim de saborear cada mínima carícia daqueles dois. Completamente descontrolada, eu apenas gemia e arfava de prazer... Quanto mais eu reagia, mais profundos se tornavam seus toques e carinhos. Um intenso espasmo percorreu toda a extensão de meu corpo, e involuntariamente me contorci diante daquele orgasmo. Gargalhei de satisfação enquanto aqueles dois se desvencilhavam de mim e me fitavam com curiosidade. Reiji repousou sua cabeça sobre minha coxa direita e me olhava com aquela sua cara de tédio, enquanto Kanato apressou-se e deitou sua cabeça sobre minha outra coxa... Shu descansou sua cabeça em meu ombro, e fez com que meu coração batesse descompassado diante de sua respiração tão próximo a minha pele.

- Por que nós não vamos lá pra cima, o que acha vadia? – Laito levantou-se, e parou a minha frente com um sorriso arrogante em seus lábios, enquanto ele segurava com firmeza minha peça intima. "Idiota, eu posso sentir a impaciência que o aflige, somente por seu tom de voz."

- Que seja... Creio que ainda não estou satisfeita, além do mais ainda não provei dois de vocês. – Murmurei enquanto revirava meus olhos, em sinal de total melancolia. – No entanto, temos um pequeno inconveniente...

Todos me fitaram em uníssono, e devo admitir que aquilo divertia-me absurdamente.

- Quem de vocês pode prestar um admirável favor a esta indefesa criatura que vos fala? – Franzi o cenho e projetei uma expressão chorosa em minha face. – Sinto minhas pernas fraquejarem, se não for um grande incomodo... Um de vocês, nobres rapazes, poderia me conduzir até os meus aposentos?

Os seis entreolharam-se e instantaneamente se formou uma densa tensão no ar. "Eles estão dispostos a brigar por mim... Mas hoje não permitirei, ainda sou eu quem conduz esse jogo insano.".

- Já que nenhum dos irmãozinhos prontificou-se de imediato, cabe a mim escolher qual de vocês terá o prazer de carregar-me em seus braços por aquele tediante lance de escadas, seguido por aquele monótono corredor e por fim, adentrar em meu instigante quarto. – Fitei-os um por um, enquanto sorria por entre os dentes. "Quero instigá-los cada vez mais.".

Red Moon - Depois do Despertar (Versão sem Censura)Onde histórias criam vida. Descubra agora