Só o farei se quiser...

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Olhei para Laito com uma cruel expressão de desdém e gargalhei tão alto que seria impossível que qualquer um daqueles infames vampiros não tivessem ouvido.

- Todos vocês parecem ansiar pela mesma coisa, que minhas presas perfurem seus corpos... Entretanto, eu só o farei se quiser. – Girei o meu corpo para o lado em que Laito estava, me pondo de joelhos sobre o sofá e estendendo minhas mãos em sua direção, o convidando a se aproximar de mim. – Durante os últimos dias vocês me trataram da maneira que quiseram e eu fui idiota demais, desistindo até mesmo de fugir quando tive a oportunidade. – Com ele sentado ao meu lado, num movimento brusco agarrei os seus cabelos fazendo com que seu habitual chapéu caísse no chão, e com força nem um pouco moderada tencionei sua cabeça um pouco para trás a fim de lhe mostrar que agora era eu quem ditava as regras daquele insano jogo... Ele pareceu rugir... Aproximei-me lentamente enquanto não permitia que nossos olhos se desencontrassem, beijei toda a extensão do seu suculento pescoço cinco ou seis vezes, e me divertia ao sentir a respiração dele ficando cada vez mais ofegante.

Era nítido o quanto ele desejava que eu provasse o sabor de seu sangue, e não posso negar o quanto eu também desejava isso... "Não vou dar esse prazer a ele ainda... Farei com que todos percebam que não me possuem mais, a partir de agora sou eu quem vou possui-los.". Rocei minhas presas em seu ombro direito, passeando por toda a extensão de sua clavícula, subindo até seu queixo e enfim selando nossos lábios. "Porque o estou beijando?". Laito gemeu com o simples tocar de nossos lábios e não pude controlar o desejo que se aplacava sobre mim... Não esperei o convite dele para aprofundar aquele beijo, e apenas invadi a sua boca com a minha língua. Ele não pareceu surpreso, mas era perceptível o quanto estava afoito. "Parece que ele quer que eu o devore.". Ele levou uma de suas mãos a minha nuca enquanto a outra passeou por minhas costas até repousar sobre a minha lombar, passando a apertar-me como se desejasse fincar seus dedos através de minha carne. Laito sugou a minha língua como se pretendesse arrancá-la de minha boca, e logicamente que eu o retribuiria... "Acho que devo lembrá-lo que sou eu quem está conduzindo a nossa dança.". Num movimento rápido, retomei a posse de minha própria língua, contornando a dele e sugando-a para mim. Neste ponto eu já ansiava loucamente por sentir o gosto do sangue daquele babaca, mas estava decidida a fazê-lo esperar... "Creio que já nos provocamos o suficiente... Quem será o próximo?".

Desvencilhei-me de Laito e olhei ao redor a fim de escolher quem eu provaria a seguir. Subaru estava mais ao canto, destacado dos demais... "Acredito que ele tenha sido o mais gentil comigo... Até mesmo me instigou a fugir... Pergunto-me o que posso lhe oferecer como recompensa.". Reiji estava com uma expressão séria e rígida... "Será que ele não relaxa nunca?". Shu era o que parecia mais a vontade e alheio ao que acontecia, apesar de eu conseguir notar que ele nos fitava pelo canto dos olhos... "Será que ele acha que pode me enganar? Ou está apenas querendo me confundir, instigar?". Inspirei profundamente na tentativa de analisar os odores que aqueles seis corpos exalavam... Laito parecia ser o mais excitado dos seis, talvez por que eu acabara de brincar com ele. No entanto, o que mais me chamou atenção foi o próprio Ayato. "Será que ele está com raivinha por que beijei seu irmão gêmeo e não a ele? Que tolice!".

- Nos dê licença Kanato, troque de lugar com seu irmão. – Virei-me de costas para Laito, permanecendo sentada no mesmo lugar.

- Mas por quê? – Com uma expressão chorosa.

- Apenas obedeça. – Encarei-o seriamente.

Kanato levantou-se a contragosto e sentou-se onde antes seu irmão estava, enquanto Ayato arrastou-se para o lugar mais próximo de mim, sem dar-se ao trabalho de levantar do sofá para tal.

- Ayato, sabe que foi o primeiro a sentir o sabor de meu sangue, não sabe? – Aproximei-me o suficiente para sussurrar em sua orelha, fazendo-o sentir o ar que saia de minha boca arrepiar sua pele. – Também foi você o primeiro que tive o prazer de degustar, isso não o faz sentir-se um privilegiado? – Rocei minhas presas em seu pescoço, ouvindo-o gemer timidamente.

Desferi beijos por sua face, até nossos lábios se encontrarem... "Se ele anseia tanto assim beijar-me... Isso pode distrair-me enquanto decido o próximo sabor que irei provar.". Ayato aprofundou nosso beijo de imediato, não me deixando qualquer brecha para obter o controle da situação. "Talvez ele queira provar que é o único dos seis que pode me domar... Acho que talvez seja divertido deixa-lo pensar assim, ao menos por enquanto.". Permiti que Ayato conduzisse a dança de nossas línguas, completamente sedentas uma pela outra... Agarrei seus cabelos e passei a tencioná-los vez ou outra, enquanto ele aproveitou-se de um suposto descuido meu e puxou-me para seu colo. Vi-me sentada de frente para aquele vampiro completamente iludido, minhas pernas envolviam sua cintura e ele apertava minhas nádegas... "Não posso negar que ele é bem atrevido.". Sem interromper nosso beijo, ele me puxava cada vez mais pra junto de si, como se desejasse possuir meu indefeso corpo. Arfei ao sentir o volume que se projetava entre suas pernas, e ia de encontro a minha intimidade. Ayato sorriu em meus lábios, e isso me irritou profundamente... "Ele acha que está me enlouquecendo? Será que pensa ter sido capaz de fazer-me esquecer de seus cinco irmãos? Seria muita prepotência de sua parte... Talvez já esteja na hora de eu cortar suas asinhas de morcego.".

- Ayato, por enquanto já é o bastante... Sua panquequinha deve dar atenção a outro de seus irmãos. - Desvencilhei-me de seus lábios e o fitei com ternura.

Como resposta, ele apenas olhou-me incrédulo... "Ele pensou realmente que estava me dominando? Mas que idiota." Fitei os três com os quais ainda não havia me divertido... Analisei cada parte do corpo de Subaru e não pude ignorar o volume em sua calça, que muito me instigava... "Você se excitou apenas admirando minha brincadeira com seus irmãos? Mas que danadinho...". Com minha próxima refeição definida, era hora do ataque.

- Subaru, venha até mim... – Sorri ao ver a expressão de surpresa em sua face. "Talvez ele não achasse que seria o próximo...". - Ajoelhe-se a minha frente, por favor, para que seu pescoço fique ao meu alcance. – Saí de cima de Ayato e sentei-me a seu lado, no mesmo lugar que estive desde o meu despertar.

Subaru obedeceu-me prontamente e aquilo me excitou ainda mais... "Mas que menino bonzinho, acho que devo proporcionar-lhe algo a altura de sua resiliência."

Red Moon - Depois do Despertar (Versão sem Censura)Onde histórias criam vida. Descubra agora