Red Moon - Depois do Despertar (Versão sem Censura)

Hoje é o seu dia de sorte...

- Hoje é o seu dia de sorte Reiji... – Fitei-o, mordendo levemente meu lábio inferior.

Sem pestanejar, o mais velho levantou-se e apressadamente tomou-me em seus braços, iniciando prontamente sua caminhada em direção a grande escada que nos levaria para o andar superior da mansão Sakamaki.

- Peço que vocês nos acompanhem, a sugestão de Laito foi deveras pertinente. – Cuidei para que minha voz soasse o mais sedutora possível, enquanto acenava brevemente para aqueles cinco.

Dei-me por satisfeita assim que constatei que todos formavam uma espécie de fila e nos seguiam sem pressa... Mas eu sabia que em seus corações estavam sedentos por mim.

Acomodei-me nos braços de Reiji e admirei o contorno de seu pescoço... Senti minha boca salivar com a proximidade perigosa entre meus lábios e sua pele desnuda e convidativa. Suspirei pesadamente e não sendo capaz de resistir, lambi sua derme, esperando ansiosamente pela reação que ele esboçaria a seguir. Como esperado, ele acenou positivamente com a cabeça, dando-me permissão para finalmente provar de seu sangue.

Sem cerimonias, cravei minhas presas nele e suspirei ao sentir todo o seu corpo arrepiar-se de prazer. Seu sangue fluiu rapidamente para o interior de minha boca e seu delicioso sabor logo invadiu minhas papilas gustativas... Café. O sangue de Reiji possuía o sabor e o perfume de um delicioso café... Forte, Amargo e altamente viciante. "Desperta a alma...".

Fechei meus olhos e permiti-me desfrutar daquele momento com Reiji plenamente, perdendo-me em meus próprios pensamentos...

Breu... Era como se houvesse um grande véu sobre meus olhos, que não me permitiam enxergar absolutamente nada.

Calmaria... Não podia-se ouvir som algum, nem mesmo os meus próprios batimentos cardíacos.

Forcei-me numa desesperada tentativa de descobrir o que acontecera, e que lugar era aquele onde me encontrava... Em vão.

Senti um gosto amargo em meus lábios e um estranho formigamento percorrer toda a extensão de meu corpo...

Logo conclui que certamente eu não era mais a mesma... Não demorou muito e o véu foi se desfazendo, permitindo que vagarosamente meus olhos se entreabrissem.

Enfim eu havia despertado.

"Isso tudo parece mesmo uma grande loucura, mas sem dúvidas é real... Poderia ser um sonho, mas no fim é a mais pura e insanamente louca realidade.".

Os que vinham mais atrás pareciam discutir alguma coisa, murmurando entre si, mas eu sinceramente não me importava com absolutamente nada naquele momento... Apenas desejava sentir... Sentir tudo que pudesse... Sentir-me viva.

Afastei meus lábios do pescoço de Reiji, lambendo-o carinhosamente em seguida. A essa altura, já estávamos diante da entrada de meus aposentos e logo a porta foi aberta por Subaru, permitindo nossa entrada triunfal no recinto.

Reiji cuidadosamente repousou-me sobre a imensa cama majestosamente posicionada bem no centro do quarto. Levantei-me ligeiramente, permanecendo sentada por alguns minutos, enquanto fitava cada um daqueles seis pares de olhos que me encaravam repletos de desejo e pecado.

"Que os jogos comecem!".

Sinalizei para que Laito se aproximasse e sentasse ao meu lado, rapidamente sendo atendida pelo mesmo. Gentilmente segurei nas laterais de seu rosto e uni nossos lábios brevemente.

Não pude conter um sorriso ao vislumbrar suas bochechas levemente coradas. "Peguei-o de surpresa... Quem é a vadia agora?". Deslizei meus dedos por seu pescoço e lambi meus próprios lábios provocativamente.

- Só falta você, não é? – Não permiti que nossos olhares se perdessem por um segundo sequer.

Laito apenas moveu timidamente a cabeça para cima e para baixo. "Parece um gatinho acuado... Imbecil gostoso.".

Sem mais cerimônias, finquei minhas presas em sua carne e enfim experimentei o néctar proveniente de seu corpo. "Quente...". Apesar de ter comido curry poucas vezes em meus dezoito anos de vida, aquele sabor era inconfundível. "O sangue de Laito é levemente apimentado, ardente... Sinto como se meu corpo pudesse entrar em combustão a qualquer momento.". Enquanto alimentava-me dele, levei minhas mãos até a gola de sua camisa, tateando os botões até então fechados da mesma. Senti seu corpo arrepiar-se e ele sussurrou algo que não fui capaz de compreender. Passei a abrir os botões um a um enquanto sugava lentamente seu delicioso néctar.

Em pouco tempo sua camisa estava completamente aberta e minhas mãos podiam passear pela parte superior de seu corpo livremente... Analisei minuciosamente cada músculo de seu abdômen, assim como seu tórax que movia-se intensamente devido a sua respiração pesada. "Já faz quanto tempo que ele não diz nada, que não me chama de vadia ou qualquer outra merda dessas? Até que enfim percebeu qual é o seu lugar a partir de agora.".

Desprendi-me brevemente de seu pescoço, arfando ao sentir o calor de seu sangue espalhando-se por todo o meu ser.

Agora, oficialmente eu havia provado dos seis infames vampiros presentes naquela grande e gélida mansão. "Apenas isso não basta para saciar-me, meu desejo não se limita à sangue fresco... Eu desejo mais... Desejo todos eles...".