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Corbyn Besson
     06 de junho de 2019.
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Naquela manhã, pulei da cama. Sarah provavelmente era daquelas que chegava antes mesmo que as moças da limpeza no trabalho.

Tropecei por caixas e malas repletas de roupas, as quais ainda não tinha terminado de organizar porque não tinha reservado um tempo para isso.

A água quente da ducha caiu sob minha pele e eu permaneci ali, estático, sem praticamente nenhuma reação. Eram seis e meia da manhã e eu não estava muito animado com aquilo.

Depois de passar mais ou menos meia hora embaixo d'água, peguei minha roupa de academia e vesti a mesma. Considerei que: se estava acordado tão cedo, ao menos faria algo útil depois que entregasse as chaves para Sarah.

Como um estalo, lembrei que ainda não tinha ido visitar meus pais. Não era como se aquilo fosse um crime, já que eu não estava com paciência para o drama familiar dos Besson. Todas as vezes que deixava a casa deles, me sentia desvairado. Parecia que eles gostavam de me humilhar e transformar todas as coisas que eu fazia em conquistas menores que as de meus irmãos.

Balancei a cabeça negativamente e deixei de lado todos esses pensamentos enlouquecedores, já que agora eu precisava passar em um Dunkin Donuts para comprar um café e então ir até o escritório de Sarah.

Durante todo o caminho, a rádio baixa falava sobre o clima, notícias diárias e músicas chicletes que eram até chatas. No drive-thru, peguei um café gelado e um quente para levar. O quente definitivamente não era para mim, já que eu me recusava a beber aquilo. O único jeito possível de cafeína entrar no meu corpo era gelada.

Segui o GPS porque não me lembrava das ruas de Los Angeles. Estava tudo tão diferente que até me sentia um extraterrestre naquele lugar. Quando ouvi o "você chegou ao seu destino", me senti em êxtase. Nada que eu odiasse mais do que a voz daquele aparelho irritante.

Eram 7h58. As chances de Sarah chegar dali dois minutos, eram grandes. E, bem, eram grandes mesmo, já que às 8h em ponto a vi descendo de seu carro enquanto revirava a bolsa preta em seu braço.

Ela estava usando uma calça alfaiataria bege e uma blusa canelada bege. Seus pés levavam uma sandália de salto e seus cabelos estavam soltos e refletindo contra a luz do sol que batia levemente ali.

Esperei alguns segundos até ela tirar o celular da bolsa e tentar fazer uma ligação. Ri fraco com as reações dela enquanto ela falava ao telefone. Ela parecia bem irritada.

Desci do carro com o café e as chaves em mãos. Andei calmamente até a loira, que estava de costas.

"Eu não sei aonde eu deixei as minhas chaves!" ela falava ao telefone, impaciente. Cutuquei a mesma e ela se virou, com uma cara assustada. O molho de chaves estava em minha mão e ela abriu uma expressão chocada. "Esquece. Encontrei. Nos falamos mais tarde."

"Já pode dizer "Obrigada meu herói!" e pular em mim. Estou esperando os beijinhos." fechei os olhos e coloquei o rosto para frente.

Sarah arrancou o molho de chaves de minha mão e soltou um longo suspiro.

"Por que você está com as minhas chaves?" ela colocou uma delas na porta de vidro.

"Você esqueceu no Jonah. Saberia se lesse as mensagens que te mando." afirmei e ela rolou os olhos. "Trouxe pra você." estiquei o copo de café e ela o encarou. A loira passou os olhos pelo copo e em mim pelo menos umas três vezes antes de aceitar.

"Não vi suas mensagens porquê não chegam notificações de pessoas que eu não sigo." ela deu de ombros.

"Então você deveria me seguir, ué." respondi, como se fosse o óbvio.

s.o.s. wedding ✩ corbyn besson.Onde histórias criam vida. Descubra agora