s.o.s. wedding ✩ corbyn besson.

15.

彡 Corbyn Besson
16 de junho de 2019.
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Sarah estava abraçada em minha cintura. Seu quarto era lindo. Todos os tons de seu apartamento eram brancos e beges. Era bom estar ali.

"Bom dia." ela resmungou, sonolenta. "Hoje não estou atrasada..." ela deitou a cabeça em meu peito e eu acaricei seus fios louros.

"Bom dia, linda." beijei sua testa e ela esfregou-se contra meu corpo. "Parece que você é ainda mais linda quando acorda..."

"Para com isso." ela escondeu o rosto em meu pescoço e eu deixei uma risada escapar.

"Segundo dia seguido que acordo com você..." falei, encarando o teto. Não estava reclamando, mas aquilo era bem estranho.

"É..." Sarah resmungou. "Somos amigos, né?" ela me encarou. Fiquei sem expressão. Amigos. Amigos. Nossa, Sarah.

"Claro." assenti. "Acho que esse lance de amizade colorida seja legal pra gente." dei de ombros.

"Na verdade, eu nem gosto muito de você. Você me irrita." ela brincou e eu rolei os olhos.

"Por isso você geme meu nome?" perguntei e ela arregalou os olhos. "Inimizade colorida, pode ser?"

"Vou aceitar." ela riu fraco. "Digo, você me estressa muito pra ser algo à mais mas me deixa com muito tesão para não ser nada."

Sei lá. Não estava contente com aquilo. Não sei, sabe? Pensei que aquilo tinha sido algo há mais... Sarah mesmo havia dito que não transava sem conexão. Porra, achei que a gente tinha algo. Talvez tenha sido só coisa da minha cabeça. Nossa, eu estava muito chateado.

Sarah pulou da cama, enrolada numa coberta e foi para seu banheiro. Fiquei encarando o teto, pensando nas palavras da loira. Na cômoda ao lado de sua cama, nossos celulares estavam carregando. Puxei o meu e tentei desbloquear a tela, só não percebi que aquele era o de Sarah. Na tela bloqueada, 3 mensagens não lidas de Daniel.

"Vc sabe que estou com sdd..."
"Eu queria te ver logo!"
"Vc gemia muito bem..."

Realmente, filho da puta, ela geme muito bem. Bufei e larguei o celular em cima da cama, puto com a situação. Peguei o meu aparelho e o carregador e logo me vesti.

"Sarah, tô indo." gritei.

"Que?" ela saiu do banheiro. Ah cara, ela com aquela toalha cobrindo só a frente de seu corpo e cabelos molhados. As gotículas de água em sua pele... Agora não, mini Corbyn. Gemi fraco com meu pensamento e a encarei.

"Preciso ir. Tive um emprevisto. Preciso ajudar minha mãe." menti e ela juntou as sobrancelhas.

"Você vai dormir aqui hoje?" ela perguntou, com uma careta. Ah cara, como eu queria.

"Não posso. Tenho um negócio com os caras." falei, desviando o olhar dela.

"E você não pode vir depois?" ela insistia.

"Não, Sarah." respondi, ríspido, e ela deu um passo para trás. "Não posso."

"O que foi que aconteceu, cara? Há dez minutos você estava abraçado comigo." ela ajeitou a toalha em seu corpo e continuou me encarando.

"Não sei." dei de ombros e andei até a porta do quarto da loira. "Quer dizer..." parei. "Pergunta pro Daniel. Aparentemente ele quer você gemendo no ouvido dele. Mas antes avisa que você estava fazendo isso no meu." coloquei a língua entre os dentes e Sarah arregalou os olhos. Andei rapidamente pelo apartamento, até que cheguei na porta principal.