𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑 • Whisky. Escuro

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EPISÓDIO 1 — PARTE 3 — TEMP. 1
[WHISKY. ESCURO]

THOMAS SHELBY não era religioso — não tanto, pelo menos

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THOMAS SHELBY não era religioso — não tanto, pelo menos. Mas enquanto ele e seus irmãos estiveram na Guerra, Polly havia buscado conforto em uma construção deprimente com bando de madeira, terços e água benta.

    Normalmente, ele teria feito o sinal da cruz ao entrar ali, mas seus passos rápidos e ágeis denunciaram o quanto ele deveria estar correndo para encontrá-la. Ele a viu numa das fileiras do meio da Igreja, logo indo sentar no banco atrás dela, sussurrando em seu ouvido:

    — Tenho 10 minutos. O que quer?

    — Uma explicação — disse ela, terminando de rezar o terço. — Sempre sei quando você está escondendo coisas. As pessoas comentam, algumas trabalham na BSA. Estive falando com as esposas dos operários, os investigadores estão questionando nas zonas de teste de armas. E nada acontece naquela fábrica sem que você saiba.

    Thomas se manteve calado, pendurado por uma fina corda entre falar a verdade ou mentir.

    — Deus e sua tia Polly estão ouvindo.

    — Era uma operação de rotina — começou. — Um cliente de Londres queria motocicletas. Pedi aos meus homens para roubar quatro motos com motor â gasolina. Acho que eles estavam bêbados. Tem uma destilaria dentro da fábrica, que produz gim. Ainda eles pegaram a merda da caixa errada. Depois a deixaram no depósito do Charlie Strong, como combinado. Devem ter tirado a caixa da zona de testes em vez da zona de exportação. Dentro encontramos 25 metralhadoras Lewis, dez mil cartuchos de munição, 50 rifles semiautomáticos e 200 pistolas carregadas.

    — Meu Deus, Tommy — sussurrou Polly, incrédula.

    — Tudo destinado para Líbia. E agora estão todas aqui no depósito do Charlie Strong.

    — Me diz que se tirou tudo do canal — mandou Polly, os olhos arregalados.

    — Nós colocamos as armas nos estábulos, protegido da chuva — respondeu. — Ainda não tinham sido lubrifi8cadas.

    Nem Thomas foi capaz de prever a agilidade com que Polly girou no banco e começou a estapeá-lo. Era como se ele fosse uma garoto de novo, apanhando de Polly por qualquer que fosse o motivo.

    — Por isso enviaram o policial de Belfast? — perguntou ela.

    — Talvez sim, talvez não.

    — Thomas, você é um agente de apostas, ladrão, homem de briga. Mas não é burro — disse. — Venda as armas a quem faça uso dela, e será enforcado. Jogue-as onde a polícia possa encontrá-las. Talvez sabendo que não caíram nas mãos erradas, esqueçam disso. Manda o Charlie fazer isso hoje.

    — Não — cortou Thomas. — Ele não movimentará o contrabando com lua cheia. Em três dias, a lua mudará.

    — E aí vai fazer a coisa certa? — Ele assentiu. — Ótimo. Também falou com a Doutora Lestat?

Grite Meu Nome ℑ 𝐓𝐡𝐨𝐦𝐚𝐬 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora