A Menina dos cachos dourados - Duologia Mundo Dourado (VOL 2)

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Sim, eu respiro você
Querido, eu te vejo
Eu espero que você me veja também
Eu quero conhecer você
Aqui não há chão rochoso
Eu coloquei um milhão para baixo
Quando você anda..

( Mountains - LSD)

🌼

      A noite já havia caído depois que Isabela voltou da casa da Bruxa, Lunara já se encontra limpa e sem nenhum arranham para o alivio da mestiça. Isabela não pode evitar ficar preocupada com sua garotinha, assim como Manuel é seu dever cuidar dela e a proteger de qualquer perigo.

Não se sabe ao certo o que Lunara seria, arcanjo. Principado. Poderia ser até mesmo os dois. Mas, naquele momento não poderiam saber o que realmente é a garota. Embora a pequenina tivesse os mesmos gostos de sua real mãe, ela e valente assim como sua tia, calma como seu tio, doce como sua mãe e forte como seu pai.

Lunara não focará tanto em bonecas ou coisas rosas assim como as meninas da idade dela, seus pensamentos são diferentes assim como suas ações. Verde, correr ao ar livre, brincar com os animais fora de sua casa, ou até mesmo conversar com a água (para ela sua melhor amiga no momento), observar as libélulas de longe e sua rapidez em voar.

- Sabe mamãe, aconteceu uma coisa hoje. – Fala a garotinha com sua cabeça posta sobre a mesa brincando com seus dedos andando sobre ela.

Isabela parou de cortar o tomate que se encontrava em suas mãos e seus olhos brilharam encarando o armário.

- O que aconteceu? Pode falar meu girassol. – Fala Isabela voltando a cortar o tomate.

- Ah mamãe! Apareceu uma coisa aqui na frente quando eu e os lobinhos estávamos brincando. – Fala ela direcionando o olhar para sua mãe. – Gandan e Shaostran não quiseram contra o que era. Tô curiosa mamãe! O que a senhora acha que é?

- Não deve ser nada querida, acho que eles só se assustaram. – Fala Isabela seria terminando se cortar seu tomate.

- Aquilo não parecia um susto, por que não conta a verdade? – Fala ela aumentando a voz.

- Não precisamos de gritos aqui não é? Lunara se sua mãe disse que não era nada é porque realmente não era. – Fala Manuel se aproximando da cozinha segurando nos ombros da garotinha.

- Mas, não parecia ser nada! – Fala ela cruzando os braços.

Isabela ainda seria virasse e põe a salada que acabará de fazer sobre a mesa, observando a garotinha, logo desviando o olhar para Manuel que com as duas mãos fez um gesto para que sorrisse. Ela fez o que seu então marido falou e sorriu para a filha pondo o resto do jantar sobre a mesa, enquanto Manuel ajuda a por os pratos.

O jantar prosseguiu bem, com a garota comendo tudo o que a mulher colocou em seu prato as vezes sorrindo ou suspirando por está saboroso. Isabela não estava com fome, todas aquelas discussões deixaram ela preocupada demais para pensar em comer. Mas, com a insistência no olhar do Manuel, ela beliscou pouquíssimas coisas ali em seu prato.

Isabela estava preocupada com que poderia acontecer com a pequena garota, já que mesmo pequena tem que se submeter com os perigos da vida e não era isso que Isabela queria para sua filha, ela não quer nem imaginar que Lunara passe por tudo o que ela passou durante anos.

Mesmo não sendo sua filha de sangue, ou tiver saído de seu ventre, Isabela a ama da mesma forma, seria capaz de derrubar o céu e o inferno por ela, seria capaz de morrer por ela. Nada de mal tocaria em sua garotinha.

Lunara logo ira entender o quão é especial, logo ela despertará seus poderes isso iria fazer com que ela ficasse curiosa por mais, mas, Isabela está disposta a falar tudo o que ela queira saber, mesmo que isso signifique que em seu pequeno coração vá doer.