14 parte 3

20 2 29
                                    


Somos jovens demais para isso?
Sinto que não posso me mover....

(Softcore - The Neighbourhood)

🌼

Aquela noite cheia de preocupações, havia passado tão ŕapidamente que ambos dentro da casa da mestiça não haviam percebido, Luna a primeira a se acordar no silêncio da manhã está arrumada e pronta para ir ao seu colégio para mais um dia de aula. Sua pele coçava e seu cabelo não estava tão bonito quanto o de costume, pois seus pensamentos não não deixavam pensar em detalhes, sempre lembra no que aconteceu e como poderá ajudar sua amiga.

A garota pegou sua mochila e saiu de casa sem falar com ninguém, não viu seus pais e nem seus amigos, fora voando o caminho inteiro para a cidade pensando sobre o assunto e não deixando de transparecer a feição triste.

Ela entendia aquele momento, entendia uma parte do mundo onde vivia e ao mesmo tempo não entendia, pois se recusava a pensar na mente de um ser que deveria ser feito de amor, e como tudo aquilo o levou a tal mundo infernal, por mais que o inferno seja amaldiçoado, ela achará que boa parte dos demônios estão dentro da terra disfarçados de pessoas que nos transparece confiança, até o momento em que o laço se rompe tão facilmente e tão dolorosamente que se torna impossível acreditar novamente na humanidade.

As horas haviam se passado tão lentamente naquela manhã, que parecia que cada segundo demorava uma eternidade, sem Lisa ao seu lado sua preocupação só aumenta cada vez mais a deixando desconcentrada, tanto na aula quanto aos seus demais colegas que sempre a observavam pensativa e triste.

Seu coração bate forte pedindo ajuda aos céus para que ela esteja bem, ao menos viva. Ao ouvir o sinal tocar sentiu um alívio alívio sua alma, pois finalmente pôde sair daquele sofrimento e saber onde fica a casa de sua amiga, afinal nunca soube o real endereço. Fora até a diretoria do seu colégio em busca de informações confiáveis, o que por sinal não fora difícil, seu endereço estava em sua ficha escolar junto com o comprovante de residência o que facilitou sua vida da garota.

Escondida da multidão voou pelo céu até a casa da garota onde ficou sobre o telhado pisando delicadamente para que não houvesse nenhum barulho que a revelasse.

Chegando próxima a uma das janelas, ela viu uma tábua grudada nela para tapar algo, ficou curiosa sobre aquilo e após observar aquela janela, ela escuta ruídos vindo do lugar, pondo sua orelha próximo a tábua ela ouve tudo claramente.

- Me desculpa, eu juro que vou me comportar, só para de fazer isso comigo. - Implora ela com sua voz cheia de agonia.

- Eu só paro quando eu quiser. - Fala ela soltando um tapa, que pelo que parecia séria em seu rosto.

Luna ao ouvir aquilo fecha as mãos enquanto seu coração bate rápido e lágrimas saem de seus olhos.

- Para, por favor, você é meu pai, não deveria fazer isso comigo. - Fala ela soluçando. - O que foi que eu te fiz? Eu só era uma criança, eu só tinha 5 anos. - Fala ela implorando para que ele parasse, mas de nada adiantou.

A garota de pele escura aquele momento deixou sua tristeza de lado e com os punhos fechados se posicionou para socar aquela janela, quando finalmente estava preparada e disposta a fazer aquilo, duas mãos agarram os braço, olhando para ela com o rostinho pequeno e olhos azuis com belos cabelos loiros.

O querubim balançava a cabeça negativamente para que ela não fizesse aquilo, enquanto ela cheia de raiva implorava com os olhos para que ele a deixasse. O pequeno perto de seu ouvido sussurrou. Você não pode tirar a vida de alguém querida, esse não é seu trabalho, não faça isso se não quiser se arrepender, fala Anael a puxando pelo braço para que ela fique com ele.

A Menina dos cachos dourados - Duologia Mundo Dourado (VOL 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora