Anpiel

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Se eu não posso estar perto de vocêEu vou me contentar com o seu fantasmaEu sinto sua falta mais do que tudo na vidaE se você não pode estar perto de mimSua memória é êxtase

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Se eu não posso estar perto de você
Eu vou me contentar com o seu fantasma
Eu sinto sua falta mais do que tudo na vida
E se você não pode estar perto de mim
Sua memória é êxtase...

( Ghost- Justin Bieber)

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Casas gigantescas, brancas grandiosas e cheias de riquezas, este era o Brasil em 1686, porém não pode deixar de ser ressaltado a miséria dos pobres camponeses por culpa da coroa, ou a matança constantes de mulheres que supostamente seriam bruxas filhas do diabo.

Casa grande, onde se encontrava o paizão de todo aquele lugar, nas plantações homens, mulheres e crianças foram obrigados a plantar e colher tudo sem reclamar, seres humanos com a pele tão marrom quanto o barro, alguns com pele tão escura quanto o carvão, talvez tanto quanto a noite mais escura.

Naquele dia, um de 19 anos se encontrava sentado sobre uma calçada quente à frente do sol a debulhar feijão junto a mais dois garotos, um de 16 e o outro de 17 anos.

Anpiel, como era chamado o pobre criolo de cabelos amarelados, era motivo de admiração, e muito procurado por muitas fazendas ao redor de onde se encontra.

Homens brancos foram mortos por disputar a carcaça do jovem, sua aparência diferente com seus cabelos amarelados e olhos pretos deixavam as damas encantadas, talvez as damas e brancas o vissem como um objeto sexual e não como empregado, o que em meio a tudo nada era bom.

Seus olhos eram profundos, suas olheiras o traziam um ar cansado, afinal ainda estava esgotado da surra que havia levado na noite passada por ter deixado cair alguns ovos do galinheiro e escondido de todos, mas de nada adiantou e logo foi descoberto.

O rapaz não falava nada durante seu trabalho, seu dia fora totalmente calado, afinal tal era tão tagarela que fez com que colocassem focinheira nele para que deixasse calado, afinal nenhum senhor gosta de escravo tagarela.

Ao longe na grande Estrada se via uma carruagem, onde os fazendeiros gritavam bem alto "Lady Catharina voltou!", assim escutava, a filha do Paizão havia voltado do Rio de Janeiro para rever o pai.

A moça de cabelos cacheados belos olhos castanhos com um sorriso pequeno surgiu ali, todos ficaram lindamente encantados com a beleza da mulher. Simpática, meiga e sentida, parecia não ter defeitos, porém nem só de perfeição vive o ser humano.

O rapaz de pele amarronzada ficou a encarando de longe, a encarava como se estivesse vendo um anjo em sua frente, a mulher o fez sentir, sentir algo estranho, o fez sentir seus nervos, sua barriga com suas tripas se movendo com rapidez, e não era uma do de fome, mas sim de tão ansioso que se encontrava.

- Qual o meu problema? Nunca vou nem poder olhar para ela, qual o sentido ficar dessa forma? - Se perguntou abaixando a cabeça voltando ao seu trabalho mais uma vez, caso contrário iria ser castigado.

A Menina dos cachos dourados - Duologia Mundo Dourado (VOL 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora