8 parte 2

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Não, não quero mãos sujas
Eu não quero ser mau
Mas estou farto de me encontrar com o
Novas pessoas na minha cena
Como se eu estivesse irritado, motivado, nunca fosse me formar...


( Sub Urban — Isolate)

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    Isabela após levar Luna até sua escola resolveu dar uma volta em alguma praça de Recife onde ela poderia recuperar algumas boas memórias daquele lugar, além de que iria às compras para a preparação da festa de sua filha. Com sua bicicleta ela parou no mesmo parque onde ela e Manuel foram juntos pela primeira vez, onde conseguiu seu cansaço e deu altas risadas depois de um longo dia, eram memórias boas e que a faziam rir, pedalou por entre os carros vendo o antigo teatro onde fez amizades incríveis e conseguiu se expressar através de seus passos firmes de dança, um lugar onde ela nunca esquecerá seu amigo, que ela mesma o fez chorar antes de desaparecer por completo de sua vida. 

      Agora parada ao lado de fora na entrada do teatro ela escuta os risos das crianças vindo do grande espaço, olha para a entrada deixando seus olhos brilhantes por voltar ao lugar onde em muitos momentos foi o motivo de seus risos, de sua alegria. Encarou a grande escada e os degraus sujos deixando sua bicicleta de lado seguindo até a entrada do teatro observando em silêncio as novas crianças daquele lugar. Todas as suas antigas amigas estão bem longe daquele teatro vivendo suas vidas, a dança para muitas e muitos que já cresceram não passou de uma felicidade passageira que traz boas lembranças. 

     Lá estava ele, cheio de postura com a mão na cintura e cabelo jogado para o lado ensinando as crianças movimentos básicos da dança, demonstra passos deixando às crianças maravilhadas com seus movimentos leves e cheios de vida as incentivando a continuar cada vez mais no mundo da arte.

      A mulher entra devagar no teatro não querendo chamar atenção, indo ate o segundo andar das arquibancadas chegando perto das barras de proteção observando tudo com um leve sorriso no rosto. Rodrigo fazia as crianças rirem com suas brincadeiras durante as aulas, fazendo ele soltar altos risos e se divertindo com as risadas das mesmas. Observando tudo de longe ela se recorda do que seu passado, não a parte ruim, mas sim as partes boas, dos detalhes que enxergava e dos momentos alegres com Rodrigo e seu marido. 

— Eu sei que menti para você professor, não adianta perguntar o porquê você nunca irá entender. – Fala Isabela deixando sua voz alta demais fazendo com que ele escute olhando em direção a mulher. 

     Isabela deveria desaparecer no momento em que ele ouviu tudo, porém olhou bem fundo em seus olhos, olhos aqueles que se encontravam espantados com um fio de esperança. Bela sorriu para ele soltando um silencioso eu te amo para o homem que corre escada acima querendo ir de encontro com a mulher, porém quando o homem chega onde deveria estar Bela ele não encontra absolutamente nada, apenas uma pequena margarida no lugar.

🌼

     Enquanto Bela se encontrava na cidade grande, Manuel junto aos principados e Freya organizavam toda a festa no meio do gramado das terras dos principados, toda a comemoração já estava sendo feita, Adromeda se encarrega de encher o local de flores com preferência de girassóis em todo o local, Freya com seus lobos arrastavam as mesas para o meio do pátio, Araquiella marcava o local correto para a fogueira enquanto Anpiel deixará tudo pronto para o presente da garotinha, caio junto aos principados do vento penduravam balões e se certificaram de que eles não iriam longe. 

— A Bela está demorando em, o que será que aconteceu? – Se pergunta caio com medo de algo ruim ter acontecido, os momentos e tragédias passadas o fizeram ter gatilho quanto a irmã, o deixando nervoso por sua demora. 

A Menina dos cachos dourados - Duologia Mundo Dourado (VOL 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora