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Pai, não nos culpe por tentar viver
Por tentar amar
Por querer mais

Pai, não nos culpe por tentar sangrar
Como seres humanos reais
E nada mais

Por que você encara nosso prazer como ganância?
Enquanto você está limitando nossa vida
Tomando a luz do Sol do mar...

( The Devil Is Human- Aurora)

🌼

Aquela noite não passou rapidamente, foi lenta e agonizante, cheia de problemas e caos embora a vida comece a piorar daquele momento em diante, seus dias e noites estão cada vez mais longos, mais sombrios.

Prudence está sentada em sua cama, agarrada em suas pernas observando sua parede enquanto todos a observavam sem entender nada, os olhos dela estavam roxos profundo e sem brilho, quase como uma defunta retirada de seu túmulo, seus lábios brancos feito a nele e seu cabelo estava coberto por folhas secas.

Seu corpo se tremia de uma forma agitada, em suas costas só e via sangue, e suas asas feridas por tentarem arrancar, seu corpo estava seco, seus lábios rachados, sua língua passa entre eles porém nada os umedece.

- Realmente não sei o que fazer para deixá-la bem. - Fala Lilith pondo a mão sobre a cabeça tentando pensar em algo. - Não quer água, minha querida?

- Não mãe, não quero água. - Fala Prudence com a voz em sussurro. - Água me deixa enjoada.

Em questão de segundos um pássaro entrou para dentro do quarto batendo na parede e caindo morto sobre o chão, os olhos da garota ficam pretos como a noite pegando o pássaro em suas mãos, abrindo um pouco a boca dele fazendo com que um fio saia da boca do animal e vá de encontro a boca de Prudence a fazendo rosar um pouco mais.

A garota morde a bochecha respirando fundo ao ponto de suas narinas arderem, seus olhos caídos demonstram seu cansaço e sua exaustão, mesmo se mantendo sentada ela conseguia ouvir bater de asas rápidas, o cheiro era diferente de qualquer anjo que ela já tenha conhecido, estava vindo em sua direção, queria pegá-la, a queriam morta, embora era quase impossível matar a morte.

Sua cabeça levanta rapidamente e seus olhos continuam pretos, enquanto ela olha para sua mãe, porém com um olhar que implora muito para ela.

- Mãe, Saia da minha frente... - Pede a garota que abre suas asas.

- Querida não se esforce, por favor, fique quieta. - Pede Lilith.

- Saia da minha frente agora! - Grita ela empurrando a mulher de lado enquanto leva um grande e forte golpe de alguém que ela nem ao menos conhecia.

Seu corpo foi jogado contra a parede de sua casa, a derrubando sobre o chão cheio de grama ao lado de fora, mãos rodam seu pescoço com tamanha força que logo fica vermelho, vermelho como sangue, seus pés estavam soltos no ar sem conseguir encostar sobre o chão, seus olhos arregalados enquanto suas mãos lutam para tirar aquele anjo de perto dela. E quando olhou em seus olhos, eles estavam braços, não era pele, era pedra, olhando mais atentamente ela notou que aquele anjo, era o morto Arcanjo Miguel, seu tio falecido estava lhe enforcando neste exato momento sem ao menos se dar conta do porque ele está sendo tão violento.

Chegando ao lado de fora, todos se espantam com aquele estava ameaçando Prudence, um homem que fora tão admirado, se tornou uma pedra, tão sem nada, sem movimentos próprios, sem nada além de comandos.

- Miguel, o que está fazendo? - Pergunta Araquiella. Ele somente a olha e sai voando com Prudence em seus braços.

Os três principados voam em direção ao arcanjo junto a Zaniel, tentando o impedir de ir embora levando a garota consigo, mas mesmo que tentem muito, nada bastava, nenhuma faca, nenhuma magia funcionava com aquele ser, suas asas era tão velozes quanto aquele que estavam atrás do mesmo, Prudence fraca demais para conseguir se soltar das mãos dele, e no final ela acabou sendo levada à força por um anjo que já estava morto a muito mais que só 18 anos.

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A Menina dos cachos dourados - Duologia Mundo Dourado (VOL 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora