Shopping

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Gosto muito de você gosto muito de você gosto muito de você sem pausas.

Caio Fernando Abreu


Ajoelhei-me em frente a ele, pensativa em como eu iria lhe dar o prazer que me pedira. Porém, não precisei pensar muito, pois ele mesmo me instruiu com as mãos em minha cabeça. Entendi o recado com facilidade e minha boca foi com cautelo em seu membro.

Meu olhar rapidamente subiu em busca de aprovação, aprovação essa que notei nas expressões de seu rosto. Eu nunca tinha feito aquilo, então, eu tentava fazer sucções breves já que na minha tentativa de "chupar mais" eu havia engasgado. Era de fato, grande, e, mesmo que eu não tenha visto outros, sabia que era muito bonito também.

Daddy afrouxou a sua gravata e soltou um alto suspiro de satisfação. Eu tentava ao máximo não encostar os dentes e o encarava o tempo todo para identificar os pontos bons. Decidi fazer uma imitação e depositei minhas mãos na base do membro e repeti os mesmos movimentos que ele fez sozinho, mas, sem tirar a boca da "cabeça".

— Caralho! — Saiu de seus lábios como um pequeno sussurro de voz rouca.

Arqueei uma das sobrancelhas pela palavra feia que ele disse. Eu entendia no fundo.

Suas mãos então começaram a me dar leves empurradas na cabeça, apenas para me fazer aumentar a velocidade, sem a intenção de tirar minha liberdade. Daddy era de fato alguém experiente.

Me encarando de volta, Daddy quase revirou os olhos. Uma de suas mãos agora se apoiou na mesa que estava atrás e pude sentir seu membro pulsar.

Houve uma invasão no céu da minha boca de um liquido viscoso e levemente azedo. Eu sentia os jatos que não pareciam querer cessar e todo o espaço ser preenchido.

Daddy não se mexia extasiado e os seus olhos agora estavam com uma expressão de cansados. O suor em seus cabelos quase que pingando. Dadá...

Eu não sabia o que fazer com o liquido na boca, então continuei a chupa-lo mesmo com aquilo junto. Daddy se tremeu e me afastou.

— Baby... — murmurou.

Babei um pouquinho e resolvi engolir o resto. Ele limpou o que foi para fora com o seu dedo e colocou novamente em minha língua.

— Me desculpa por ter feito você presenciar aquilo. — O arrependimento era notável em seu tom de voz mesmo que junto a respiração forte.

— Lise não gostou, — fiz um pequeno bico e me sentei em cima dos meus joelhos — foi falta de respeito! Eu acho...

Ele riu.

— Sim, foi sim. Não vai se repetir. Foi apenas um momento, eu precisava disso.

Daddy ajeitou a sua roupa e me ajudou a levantar para arrumar a minha também. Seus dedos deslizaram para minha calcinha e saíram molhados. Ele não fez nada além de me olhar. Fiquei envergonhada.

— Que tal, para eu me redimir, a gente pegar o resto do dia e fazer o que você quiser? — Sorriu.

— Eu sempre quis ir em um shopping. Ou um parque. Podemos, Dadá? — Dei pequenos pulinhos de alegria.

— Claro... Ao shopping hoje.

Ele me pegou no colo com as pernas entrelaçadas ao seu tronco e me deu um pequeno beijo na bochecha, mas eu segurei em seu rosto e o dei um beijo na boca. Ele me deu outro de volta um pouco mais demorado.

Tampou meus olhos para que pudéssemos sair da sala sem eu ver nenhuma baixaria. Não que eu já não tenha visto na sala dele hoje. Avisou para umas pessoas que iria sair comigo e que aparecia em breve.

— Daddy, gostomuitodevocê. — Sussurrei ao pé do seu ouvido.

Assim. Sem pausas.

— Gostomuitodevocêtambémprincesa. — Repetiu a maneira junta que eu disse.


✿✿✿


Ao chegarmos no shopping pedi que Daddy segurasse minha mão e ele não hesitou em fazer. Eu estava muito feliz, o lugar era cheio de luzes, lojas e brinquedos. A primeira coisa que meu Dadá fez foi parar em um espaço no meio do shopping que vendia sorvetinhos.

— Deixa eu adivinhar, morango? — Ele olhou para mim.

Moiango e chotolati! — Falei manhosamente e muito sorridente.

Daddy fez o pedido para mim e para ele pediu apenas uma casquinha de creme. Nos sentamos nos bancos que ficavam centralizados no corredor ao lado de lixeiras e ele não parava um segundo de me admirar.

— Que foi, Daddy? — Indaguei.

— Você desculpa o Dadá? — Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha — Tenho uma joia rara bem na minha frente e fiz aquilo com uma qualquer, próximo a você ainda.

— Você já pediu desculpa, bobinho! — Dei uma colherada do meu sundae na boca dele.

— Eu deveria ter te posto próximo a mim antes.

Eu acabei o meu sorvete e ele também. Sugeri irmos a uma loja de brinquedos enorme que tinha um sol com um rostinho muito fofo. Ele concordou e segurou minha mão novamente, agora, com mais firmeza.

Infelizmente, eu me soltei dele e sai correndo em sua frente após avistar uma prateleira com várias barbies e uma casinha quase do meu tamanho para elas.

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