Alerta de gatilho: Violência contra mulher ⚠️
Horas antes:
As coisas aconteceram muito rápido, uma hora Lucia estava ao lado de Luke e no outro estava sendo carregada nos braços de Mat.
O terror se espalhou por todos, as mãos de Mat estavam trêmulas e manchadas de sangue. Já estava tarde, o sol tinha ido embora quando colocaram Lucia na maca.
Sandy viu a amiga sendo colocada ao seu lado, e ficou pasma com o estado com que Lucia se encontrava.
Luke ficou tão abalado que precisou da ajuda de remédios para dormir. Mat foi levado para o auditório, seu coração estava tão acelerado que ele quase não conseguia ouvir os gritos de Mark.
Estava tudo acabado.
Horas depois:
Eram duas da manhã quando Alana começou a bater desesperadamente na porta do Presidente Mark. Ela não precisa conseguir autorização para chegar nos aposentos dele, nas últimas noites, Alana dormiu lá.
Ela suspira e começa a bater na porta de novo. Segundos depois, Mark aparece na porta com o cabelo bagunçado e a blusa para fora da calça. Ele encara Alana, puxando ela pela cintura.
- Pensei que não viria hoje - diz ele.
Alana se livra dos braços dele e apoia o peso na outra perna.
- Eu não vim pra isso, você sabe...
Ainda parada na porta, Alana se esforçar para conseguir ver o que está acontecendo atrás do presidente. Ela fica nas pontas dos pés e avista armas espelhadas por todos os lados.
- Você deveria parar de ser curiosa - diz ele, cobrindo a visão da moça. - Estou listando as armas.
Alana não consegue evitar um sorriso, mas logo volta ao seu objetivo.
- Posso entrar? - Ele balança a cabeça. - Espero que não tenha vindo para falar sobre seus amigos.
Seu tom de voz ficou grosso, por um segundo Alana se arrependeu de ter ido falar com ele. Desde que ela se aproximou do presidente, ela tem reparado que, apesar de demonstrar ser altruísta, ele só consegue pensar em si mesmo.
- Tenta ver nosso lado, Mark... - ela se senta na beirada da cama, encarando os próprios pés.
Assim que Alana viu Mark entrando pelo auditório dias antes, ela se sentiu atraída. Todo aquele discurso de ter uma comunidade a deixou fascinada. Ela sempre foi assim, ela sempre gostou de pessoas autoritárias.
Desde que se deitou com ele pela primeira vez, Alana se lembrou do pai. Quando ele se aproximava dela, quando ele forçava ela a fazer coisas que não queria... Mark a fez lembrar disso e ela estava sentindo medo.
- Pensar em vocês? - ele grita frustado. - Seu amigo matou um cara! Você tem noção do problema que isso me trouxe?
- Ele quebrou as costelas de Lucia! - ela argumenta. - Vocês querem matar o Mat por defender a amiga dele?
- Amiga dele? - Mark solta uma risada estérica. - Sua amiga é uma puta, você sabe disso.
- Não diga isso! - Grita Alana. - Lucia é solteira! Se você seguir esse raciocínio, estará chamando todos de prostituta - ela se coloca de pé, apontando o dedo na cara do presidente.
- Você também é puta, Alana - ele continua. - Se deitou comigo na primeira semana.
- Eu queria! Mas se eu pudesse mudar o passado, não teria deixado meus amigos chegarem aqui. - O rosto de Alana está ficando vermelho. - Essas pessoas não conhecem o monstro que você é, Mark.
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Postponing death
Ficção Científica"O mundo que nós conhecemos desapareceu, mas manter nossa humanidade? Isso é uma escolha." 🔹 inspirado em The Walking Dead.