°·.Pouvons-nous jouer à un autre jeu?.·°{Soukoku}

la montre

Nakahara optou por dá uma pausa em um bar conhecido, sentia a necessidade de um pouco de álcool correndo em suas correntes sanguíneas, seu corpo todo estava exausto e pior sua mente também deteriorava quando forçava para imaginar um seguinte cenário onde seu moreno assassino repousava, adentrou o local que por sua vez possuía arquitetura medieval, tanto nos imóveis feitos a partir da madeira escura que compõe metade do estabelecimento quanto ao piso mais rústico de tábuas claras, entretanto havia toques modernista como a mesa circular de mármore que sobre a mesma estava disposto um saleiro e paliteiro, relacionados ao período da tarde quando serviam o almoço para alcoólatras que sequer arredavam o pé do estabelecimento, juntamente o imóvel circular havia acentos em tonalidade vinho bem estufados aperentando ser macios, a trilha sonora era um clássico de Fiona Apple "every single night" que ornava belamente com a atmosfera do recinto, apertou o ombro esquerdo onde se estendia uma dor incomodativa, e se pôs a andar até o balcão, a ponto de curiosidade o bar estava mais cheio que o rotineiro, grupos de jovens amigos riam e trocavam carícias assim como bebidas enquanto festejavam alguma comemoração que o ruivo não entendeu de certo qual era a finalidade, sentou em uma das cadeiras livres e gesticulou ao barman para pedir uma dose alta de algum vinho, ou talvez mudasse seu paladar e optasse por algo menos açucarado, como tequila ou vodka.

-uma garrafa do vinho Brunello di Montalcino- não estava em condição de esbanjar dinheiro, mas se permitiria tomar algo mais encorpado e saboroso naquela noite, o relógio de pulso marcava 11 horas em ponto alertando que seu tempo para capturar Dazai se tornava apertado, coçou a nuca em seguida jogou a cabeça um pouco para trás, desejando que alguma forma suprema lhe cantarolase alguma estratégia mirabolante ao ouvidos, mas certamente não foi oque ocorreu, sentiu apenas uma mão bagunçar sua franja o fazendo reagir rápido, como impulso agarrou a mão do homem que lhe acariciou.

-Parece que tivemos a mesma idéia.- o jovem alto com sotaque russo proferiu ainda tendo o pulso apertado por nakahara, que apenas largou quando reconheceu que vinha de sobrenome do fyodor, o mais velho se acomodou em um banco ao lado, ambos homens possuíam expressões de fadiga, estavam uma pilha de nervos, cansados e extremamente culpados pelo derramamento de sangue que ocorreu no galpão abandonado, mas uma vez Osamu provou o quanto era perigoso e ardiloso.- Acha que isso vale apena?, Sempre me pergunto oque caralhos tenho na cabeça para ter me tornado policial.

-Apenas o mal pode derrotar o mal certo?- Nakahara gesticulou sem admirar a face de interrogação do companheiro, aparentemente os dois tinham opiniões diferentes sobre a ideologia do bem e do mal, já que se entreolhavam torto com expressões de confusão mental, Chuuya pegou a taça colocada sobre o balcão que forá direcionada a ele ao lado foi acrescentado a garrafa de vinho pedida, para o mesmo se auto servir, o recipiente de vidro já se encontrava cheio então o ruivo levou a boca e saboreou um pouco da bebida de uva.

-Não desta forma, realmente acredita que há mal em tudo?, no meu ponto de vista "meios sujos" são necessários para estancar o mal que escorre ao redor dos humanos. Pessoas não nascem ruins.- fyodor fez menção apontando para uma garrafa de conhaque pedindo um pouco da bebida para o Barman, enquanto o cérebro do emaranhado de ondas cobre intenso criava vários pontos onde o russo havia se equivocado, obviamente dentro de sua própria bolha de teoria, o clima estava agradável então não queria arrastar o mais alto para uma discussão verbalizada com argumentos concretos e construtivos. Respirou um pouco após o segundo gole, certamente pedir aquela bebida forá a melhor decisão de sua noite, o sabor sem dúvidas era extremamente agradável e terapêutico para seu estresse crônico.- conseguiria vê o mal em Osamu Dazai ainda criança?- dostoevsky quebrou o silêncio mais uma vez, a atmosfera começava pesar, ornando com a música que agora era "pure imagination" ainda de Fiona Apple, após alguns segundos suturno nakahara deu seu veredito auditivo.