[S/N]Levantei às quatro e meia da manhã, como de costume, deixei a cama bagunçada e lavei o rosto a fim de fazer minha higiene cotidiana.
Tomei uma pílula do dia seguinte e em seguida vesti meu uniforme, percebendo que a saia estava um pouco curta. Mas era a única que tinha, de qualquer forma, o uso do uniforme era indispensável mesmo sendo um trabalho que não fosse registrado.
Terminei de me arrumar, arrumando minha bolsa, coloquei tudo que precisaria, meus remédios e uma troca de roupa para mais tarde... Logo em seguida, sai do prédio velho com dores no corpo.
Só não sabia se era devido ao meu colchão finíssimo ou a brutalidade do Ackerman!
A rua estava vazia, mas nos becos escuros era perceptível o tráfico, a fumaça da droga que exalava o cheiro podre na rua imunda me deixava enojada, era uma situação miserável de se ver e de se conviver.
Como eu disse, o governo não ligava para esse bairro.
Eram pessoas clandestinas ou drogados que não acrescentariam em nada na população. Desde que me mudei aqui há quatro anos, nunca sofri algum tipo de assédio, mas sempre sentia os olhares sobre meu corpo quando passava nas madrugadas geladas para ir trabalhar.
Às vezes pensava em me mudar, mas já havia me acostumado a viver com tão pouco, dando muito literalmente.
E além de tudo não cabiam mais gastos no meu orçamento. Mesmo com o dinheiro que ganhava da cafeteria e do puteiro, era difícil sobrar alguma coisa para gastar comigo. E eu não pediria um real a mais para o Levi para me dar ao luxo de ser aparentemente "sociável".
Eu era independente, mesmo sendo sua puta particular. Não queria mais dinheiro além do que devo receber e mesmo tendo uma quantidade para pagar minha liberdade, Levi sempre dobrava o meu valor... Era inevitável!
Caminhei até a estação com os pés doloridos devido ao salto agulha que era obrigatório também para compor o uniforme.
Nunca soube a necessidade de uma simples garçonete usar esse tipo de roupa.
Me sentia uma puta oferecida.
Não que eu não fosse a primeira coisa, mas a segunda ele jamais me permitiria ser...
— Pontual como sempre! - Sr.Yoshida, dono do estabelecimento no qual eu trabalhava, elogiou minha competência.
— Obrigado — Agradeci, guardando minha bolsa no interior do balcão.
O movimento estava como sempre... Parado!
Todavia me distraia com os engravatados e as mulheres de salto que passavam em frente a cafeteria localizada numa estação famosa de metrô.
Hora vai, hora vem... Minha rotina era muito calma de dia e muito pesada de noite.
— Aguentar o pau do Levi não era fácil!
Pensei e soltei um sorriso bobo, imaginando aquele rosto bonito e o olhar sedutor que só ele tinha.— Eu vi esse sorriso besta, dona S/n!
Sasha murmurou, me cutucando.— Não era nada. - Sorri. — Só uma coisa engraçada. - Conclui, voltando a organizar as mesas.
— Hum, então o pau do Ackerman é engraçado? Ela gargalhou, lancei um olhar debochado em sua direção, mas, de fato, eu não a intimidei.
Sasha Braus era uma amiga, ela se destaca das demais por uma pequena coisa. Ela tinha uma boa condição, pelo que falam, seus pais morreram e deixaram uma grande herança para a única filha. Se não fosse por ela, eu não iria conseguir esse trabalho e, por incrível que pareça mesmo ela sendo da "alta sociedade" ela não me julgava e não se importava em andar com uma garota de programa.
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A garota do Ackerman-Levi x S/N
Fanfiction(Primeiro trabalho no app; *em processo de revisão.) Onde S/n se tornou a aquisição mais preciosa de um homem, o líder da máfia, Levi Ackerman. Por cinco anos, ela foi sua companhia constante, uma presença que oscilava entre a doçura inocente e uma...