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[LEVI]

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[LEVI]

Eu fiquei ali sentado aos pés da cama hospitalar por horas... Decerto era o pico do horário da madrugada quando senti uma vontade de tomar um ar e esticar as pernas.

— Pode sair, vai comer alguma coisa, eu cuido dela-
A loira disse encostada no batente da porta.

Levantei com o corpo dormente e antes de sair do seu lado acaricio com cuidado seu rosto quente e colorido novamente.

— Me chame caso precise, não irei demorar-
Avisei passando pela mulher.

Meu corpo dormente aos poucos foi melhorando, tomei o caminho do corredor até a recepção onde vi mais de dez subordinados me esperando ali... Apenas não sabia o motivo.

— Ficamos sabendo que alguém da sua família estava mal, viemos fazer a segurança-
Armin pronunciou por todos os outros novatos.

Aceno e dou um tapinha em suas costas antes de me retirar e me mover para a sacada, ascendo um cigarro e suspiro fundo.

— Vai ser uma longa madrugada
Pensei enquanto imaginava o que faria para S/n se lembrar de tudo.

[S/N]
Horas atrás

Minha barriga revirava, precisa tomar algum remédio e teria que ser rápido caso não quisesse por tudo para fora e acabar com meus planos.

Estava em ambiente hostil, não conhecia nada, e não fazia ideia de onde o Ackerman poderia estar. Apenas me levantei atordoada e desci as escadarias com fraqueza, até um certo ponto.

— Não consegui... Não quero mais isso!-
Ouvi sua voz de longe, mas, ao mesmo tempo, tão perto...

Me apoiei no corrimão e fiquei com cautela ouvindo o que ele diria.

Seu tom me parecia frustrável e irado, seria algo relacionado ao seu trabalho? Ou apenas algo aleatório de sua vida misteriosa?

— Ah, agora você vai descartar ela depois de cinco anos?-
Era Annie, afinal desde quando ela era tão íntima dele?, a ponto de desabafarem sobre suas vidas pessoais ou estarem brigando.

Mas era isso.

Só poderia ser isso.

Levi estava me traindo.

O pensamento de frustração e o enjoo se misturaram com um pouco de raiva... Minha cabeça apagava e voltava.

— Preciso vomitar!
Pensei.

Subi as escadarias e entrei ofegante no banheiro, que por sorte encontrei por estar com a porta aberta.

Me arrastei até a privada e coloquei tudo aquilo para fora, mas em minha garganta ainda sentia algo arranhar, talvez seriam as palavras querendo sair.

Acariciei minha barriga.
— Eu não vou deixar ele te pegar-
Sussurrei pensando em como iria esconder isso do Ackerman.

Eu não lhe daria um filho, afinal ele não teve respeito nem ao menos interesse.
Me levanto com dificuldade e lavo meu rosto tentando me acalmar.
Mas era impossível afastar o pensamento que eu estava sendo tão egoísta com o pai do meu filho.

A garota do Ackerman-Levi x S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora