Sonhos de Amor

6 - Noah Brown

Boa leitura!

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- O que você está fazendo com o meu filho? - Robert Brown me perguntou com cara de poucos amigos.

Só depois que ele disse isso foi que percebi a semelhança existente. Noah tinha olhos azuis, enquanto que Robert tinha cinzas, mas faziam a mesma expressão ao olhar, suas bocas tinham o mesmo desenho bonito, e apesar dos cabelos de Noah ser de um louro mais escuro, isso era previamente explicado pelo fato da mãe dele ser morena, e isso me lembrou que ela está morrendo...

Senti um aperto em meu coração!

- Eu sequer sabia que ele é seu filho! - Cruzei os braços. - Eu acabei de conhecê-lo aqui na cantina!

- Noah, a gente já está indo, você não vai poder ver a sua mãe, e hospital não é lugar pra crianças! - Brown olhou pro filho que encheu os olhos de lágrimas. - Não fique assim, filhão, papai queria muito que você pudesse vê-la, mas o médico não permitiu.

Noah abraçou o pai pela cintura e Robert o pegou no colo.

- Mas papai, a tia Kate disse que ia me levar para vê-la! - Noah disse e Robert arqueou a sobrancelha em minha direção. - Eu quero ver a mamãe! - Ele disse sério.

- Tia Kate? - Robert perguntou descrente. - Pra quem não conhecia até agora a pouco, estão muito íntimos, não? - Ô loiro debochado do diabo!

- Ao contrário de você, o seu filho é muito educado, Brown! - Falei séria.

- Dane-se! - Ele disse. - Vamos pra casa campeão!

- Mas eu quero ver a mamãe! - Noah insistiu.

- Mas você não pode, filho! - Robert parecia relutante em não fazer o que o filho queria. - Mamãe está muito doente, e se você for vê-la pode adoecer também!

- A tia Kate vai me levar para vê-la! - Ele disse e fez força pra descer do colo do pai que o segurou firme.

- Eu vou levá-lo até ela! - Falei pra eles. - Mas você é o pai, não vou fazer isso sem a sua autorização!

Ele olhou pro filho com aquela carinha chorosa e vermelha, sinceramente, nunca pensei que veria Robert assim com um filho, depois de tudo o que sofri por causa dele, não podia nem imaginar ele assim, tão carinhoso e cuidadoso com um garotinho.

- Por favor! - Ele acariciou os cabelos louros do filho. - Por ele...

- Eu vou só deixar a Sophia com o pai dela! - Falei, acho que só então o Brown se deu conta da presença dela, que esteve calada o tempo todo.

Ele assentiu sério, ainda olhando fixamente para a loirinha agarrada às minhas roupas.

Sai da cantina levando Sophia pela mão e não demoramos muito a encontrar o Jonah e Dafne. Eles já tinham saído do escritório da obstetra.

- Vai ser Peter! - Disse Jonah.

- Claro que não! Vai ser Tristan! - Dafne teimava. - Eu carrego um bebê nove meses em minha barriga, tenho que aturar todos os enjoos, a mudança em meu corpo e no meu humor e não posso nem escolher o nome da criança, francamente!

- Eles estão sempre brigando! - Sophia me disse.

- Pare de bobagens, Sophia! Papai e mamãe não estão brigando! - Disse Dafne. - Estamos apenas trocando ideias, ok? Esse é... O nosso jeito, não é querido?

- Claro, meu amor! - Jonah deu um beijo na bochecha de Dafne. - Vamos querida, que a tia Kate tem que trabalhar! - Jonah estendeu a mão para Sophia.