I - O Solstício

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Severo Snape estava ansioso para o Midsommar, e passaria na companhia da sua amada Narcisa Malfoy. Tudo estava muito bem combinado entre ele e o filho da sua companheira Draco, onde também aproveitaria o momento para pedi-la em casamento — e quem sabe, não poderiam se casar ali mesmo? A festa seria a primeira desde que todo o inferno da doença tinha começado, e as sociedades (incluindo a bruxa) estavam voltando ao normal após o início da vacinação em massa.

Snape queria fazer uma celebração apenas entre a família, mas Narcisa insistiu em querer participar da grande festa da fogueira do pinheiro sagrado. A celebração não é comum entre a comunidade britânica — apenas entre os irlandeses — porém, seria interessante participar e conhecer o que era esta festa. Muitos dizem que ela se assemelha a comemoração da Festa Junina, que ocorre em países como o Brasil e Portugal, porém com algumas diferenças.

Narcisa estava animada desde o início daquele 24 de Junho quente, no começo do verão no hemisfério norte. A bruxa de cabelos bicolores estava escolhendo o vestido com o qual iria usar na festa. Snape tinha terminado de tomar o seu café da manhã quando a viu no quarto. Sua amada estava tão empenhada que ele tinha até medo de atrapalhá-la.

Snape se lembra — não faz muito tempo — que encontrou Narcisa perdida em um beco imundo e qualquer de Edimburgo; estava machucada, suja e completamente viciada em drogas e álcool. Ele culpava mentalmente o ex-marido dela, Lúcio Malfoy, por ter causado todo aquele sofrimento, mas também sentia um tanto de culpa, principalmente por não ter dado nenhuma notícia desde a morte de Lúcio por Varíola de Dragão.

— Cissa? — perguntou Snape, que estava no batente da porta lhe observando; ela olhou para o amado e deu um sorriso — Estou lhe atrapalhando?

— Óbvio que não, Sevie. Venha aqui... — Snape se aproximou dela, e foi até a amada, lhe dando um beijo caloroso no pescoço e abraçando sua cintura — ... qual destes vestidos é o mais bonito?

Snape encarou a cama e tinha dois modelos: um de cor amarela com rendas brancas e um roxo com detalhes em preto de estilo medieval.

— Bem... o roxo é muito lindo, mas a decisão é toda sua minha linda flor de narciso.

Narcisa sorriu, e se virou para dar um beijo apaixonado em Snape, tocando no rosto dele e fazendo algumas carícias nas maçãs do rosto do mesmo.

— Vou pegar o roxo. Ele é mesmo muito lindo.

Snape sorriu, e se afastou para deixar Narcisa mais a vontade. Voltou para a sala de estar quando olhou para o celular, que estava em cima da mesa da cozinha, e notou uma notificação no aplicativo de mensagens. Era de Draco. Snape pegou o aparelho e tentou desbloquear, mas não estava conseguindo — isso era rotineiro... ele nunca conseguia mexer direito, diferente de Narcisa, que conseguiu pegar a manha do aparelho no primeiro instante em que tocou.

Depois de quase arremessar o objeto no chão, Snape finalmente conseguiu desbloquear e ler o que Draco tinha lhe enviado.

Bom dia, professor Snape. Espero que o senhor e a mamãe estejam bem, e se preparando para o Midsommar. Ele acontecerá no oeste da Irlanda, onde ficam algumas áreas montanhosas e uma ampla área para conseguirmos fazer a fogueira. Acho que o senhor deve ter recebido a chave de portal que os levará para o local, se não, me mande uma mensagem que providencio na hora. Estou muito ansioso para reencontrar minha mãe, principalmente agora que a doença foi controlada nas Ilhas Britânicas. Espero os dois lá.

Ao terminar de ler a mensagem, Snape foi até o jardim procurar a chave de portal que Draco tinha lhe falado. Olhou na frente e também no espaço arborizado, quando encontrou em cima de um dos canteiros de rosas, uma lata vazia de refrigerante junto com uma carta, que tinha o selo do Ministério da Magia. Pegou a latinha e voltou para a casa, quando se deparou com uma linda surpresa.

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