Jeongguk não conseguiu assimilar muito bem as coisas de primeira. Isso, com ele sendo a pessoa menos lerda na face da Terra.
Noiva? Desde quando Taehyung tivera uma noiva? Céus... Era cada coisa bizarra que estava acontecendo em sua vida ultimamente.
— Ele nunca te contou? — negou a pergunta de Jimin, olhando fixamente para o gato que dormia no tapete da sala. — Que estranho...
Sim, muito estranho. Mas não mais estranho que aquele monte de cartas em cima da mesa de cabeceira do Kim. Ser curioso era uma merda e Jeongguk odiava, mas não pôde simplismente evitar de lê-las por cima em um certo dia.
— Sua alma de fofoqueiro não vai deixar escapar nada?
— Minha boca é um túmulo.
— Jimin, por favor. — implorou. — Eu dúvido que ele vá me contar.
— Meu filho, querendo ou não, ele vai contar sim. Que tipo de relacionamento vocês têm?!
— Se não me contou até agora, é porque não tinha planos... — cutucou a cutícula, sentindo arder quando puxou a pele.
— Olha, também não é nada com o que você deva se preocupar. Joohyun é incapaz de fazer mal a alguém.
Estavam só os dois na sala e mais o gato.
Yoongi estava com Mikyung, Taehyung e Joohyun, já que o assunto, era coisa de família. E Taehyung, não poderia estar mais puto da vida.
Era incrível a habilidade de se foder em menos de duas horas. Estava tudo perfeito em Seul; tinha entregado o manuscrito e ficado com Jeongguk. Mas, foi só voltar para Jeju, que tudo desabou.
Odiava seu passado. Odiava qualquer coisa que o envolvesse.
— Você não respondeu as cartas, por isso eu vim.
— Está perdendo seu tempo.
— Taehyung! — a mais velha o repreendeu, sentindo o peito apertar com aquela atitude arrogante do seu neto.
Yoongi estava quieto, apenas analisando cada um ali.
— Não vou voltar para Daegu como se nada tivesse acontecido.
— Você está sendo orgulhoso, Taehyung. — Joohyun disse, vincando as sobrancelhas bem desenhadas. — Isso não vai te levar a lugar nenhum.
— Isso me trouxe até aqui, Joohyun. E eu não vou embora só por que ele quer. Estou pouco me importando com eles, nunca foram minha família de verdade e muito menos me aceitaram quando precisei.
— Pense melhor, meu filho... — Mikyung pediu, tocando no ombro tenso do Kim. Ela tinha aquele olhar que Taehyung odiava, como se implorasse para ele fazer o certo mesmo que fosse contra o que queria.
— Eu já pensei. — se esquivou, sério. Ele se levantou e olhou para a morena antes de dizer: — Se era isso, já pode ir embora.
🌊
Era tarde quando voltou para casa, talvez fosse madrugada já, não sabia ao certo.
Abriu a porta do seu quarto com cautela, não queria fazer barulho e nem ao menos avisar que havia chegado. Porém, a pessoa que mais precisava e a qual tinha certeza que estava magoada consigo, estava ali.
Jeongguk o olhou com certa apreensão e deixou o celular de lado, largando o aparelho na mesa de cabeceira. Respirou fundo, seguindo com o olhar cada mínima ação de Taehyung; desde retirar o casaco, largar alguns pertences em cima da cômoda e jogar a camiseta de algodão na mesa. Ficando nu do quadril para cima, deixando bem à mostra o tronco magro e bronzeado, fazendo com que o Jeon admirasse as clavículas fundas por tempo demais.
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Eternal [taekook]
Fanfiction[Concluída] Dois anos, é o tempo que Taehyung precisa esperar por Jeongguk. E quando ele chega, não achou que fosse acontecer tão diferente do que esperava. - Pretende voltar? - Vale a pena voltar? Certo, o Kim ficou confuso. Mas tudo o que queria...