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“Sabemos que o que fizemos foi errado, queremos nos redimir com você.”

“Não pode nos evitar pelo resto da vida, ainda somos sua família. E como pai e mãe, te amamos muito, meu filho.”

“Sua mãe conta os dias para poder te ver. Não tem um dia em que ela não chore.”

“É mais sério do que pensávamos, Taehyung. Por favor, volte para casa o quanto antes.”

Essas eram as frases que continham naquelas cartas imensas enviadas por seus pais. As quais perturbavam a cabeça de Taehyung desde o dia em que decidiu lê-las.

Já tinha uma semana que Joohyun chegará em Jeju, causando o mais puro caos dentro de si. Nem se reconhecia mais, parecia ter outra pessoa vivendo dentro de sua bela casca.

— Que horas você pretende dormir?

A voz sonolenta de Jeongguk se fez presente no ambiente. E não levou muito tempo para que seus olhos fossem em direção a ele, captando o exato momento em que ele bocejou, coçando os olhinhos pesados com os dedos.

— Eu já estava indo, meu bem. — mentiu, mas não deixou de sorrir para o moreno. Jeongguk se aproximou de Taehyung, encolhendo o corpo por conta do frio que fazia fora das cobertas quentes do mais velho.

— Conta outra.

Percebeu que o Kim estava aéreo nos últimos dias. A cabeça sempre longe, apenas o corpo presente. Já perdeu as contas de quantas vezes teve que repetir suas falas, pois ele nunca as pegava de primeira.

E agora, ele sempre era o último a dormir e o primeiro a acordar. Talvez, ele nem conseguia pegar no sono de verdade.

— Sério. — soprou em um riso, puxando o corpo de Jeongguk para perto do seu. Sentindo um pouco de paz por tê-lo consigo, mesmo não conseguindo lhe dar a devida atenção. Tinha certeza de estar falhando com ele e odiava ver que estava certo. Por mais que o Jeon não falasse nada. — Por que está acordado?

— Senti sua falta.

A confissão teve um peso enorme nos ombros de Taehyung.

Jeongguk deixou seu peso sobre a coxa dele, o abraçando pelo pescoço enquanto sentia os braços longos, circularem sua cintura com carinho. Amava estar ali, se sentia protegido.

— Me desculpe por isso, Guk. — pediu, enterrando o rosto no pescoço cheiroso e quente. Fechando os olhos por breves segundos, aproveitando cada parte daquele momento.

— Pelo o quê?

— Por estar negligenciando todos a minha volta. — o abraçou com mais força. — Inclusive, você.

— Você só precisou de tempo e espaço, hyung. Isso é normal.

— Mesmo assim... Eu não queria ter me afastado desse jeito.

Jeongguk assentiu com a cabeça, enterrando seus dedos nos fios de cabelo de Taehyung, começando um cafuné no mesmo. Apoiou sua cabeça na dele, não deixando de soltar um longo suspiro.

Precisava tocar naquele assunto, pois Joohyun iria embora naquela manhã. Ela precisava de uma resposta.

— O que você vai fazer?

— Sobre...? — se afastou para o olhar, unindo as sobrancelhas por debaixo da franja escura.

Já se passavam das 2h da madrugada e como sempre, a luz noturna iluminava o quarto de Taehyung. Lhe dando total visão do rosto de Jeongguk; dos olhos negros brilhando e de como ele mordia o lábio inferior ressecado com certa força.

Eternal [taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora