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— Por que fez aquilo?

O silêncio finalmente foi quebrado pela voz séria e grave de Taehyung.

Se sentia estranho ao mesmo tempo em que queria poder rir da cena toda. O estômago estava embrulhado desde o momento em que viu Jeongguk colar os lábios vermelhos nos de Joohyun. Não conseguiu falar nada depois daquilo, apenas se despediu brevemente da garota, notando que ela havia entrado em um estado de vegetação muito bizarro.

Jeongguk ficou quieto; bochechas vermelhas e dentes maltratado os lábios sem dó alguma.

— Você ia beijar ela? — respondeu com outra pergunta, arrancando um suspiro de Taehyung.

— Me responde primeiro.

— Não! — exclamou, olhando com certa irritação para o Kim. — Você ia beijar! Por quê?

— Era óbvio que eu não ia, Jeong-

— Ia sim! Até se aproximou dela.

Taehyung riu, incrédulo.

Passou as mãos grandes pelo rosto, fechando os olhos por poucos instantes e pedindo forças para Deus. Porque, porra...! Não acreditava que Jeongguk achou mesmo que ele fosse beijar Joohyun. Estava fora dos planos de Taehyung beijar qualquer boca que não fosse a de Jeongguk.

— Jeongguk... Amor. — proferiu, manso. Se aproximando do corpo dele e tocando no rostinho perfeito.

— Não me chama de amor.

— Yah! Quem deveria estar puto da vida, sou eu! Você beijou a Joohyun na minha frente!

— Claro, você ia beijar ela. E eu te proíbo de beijar qualquer boca que não for a minha.

Certo, aquilo tudo estava muito longe de ser sério. Foi apenas um selinho, Taehyung poderia relevar.

— Ciúmes? Você é possessivo, gatinho? — desceu as mãos para o pescoço branquelo, brincando com os fios da nuca. Jeongguk suspirou, revirando os olhos negros.

Não era possessivo, não em um nível extremo, pelo menos. Porém, era inseguro. Ainda mais se tratando de Kim Taehyung.

— Não, não sou. E sim, eu fiquei um pouco enciumado. Porque ao invés de você se afastar, se aproximou. Queria que eu pensasse em que?!

O Kim riu em um sopro, negando com a cabeça enquanto se aproximava mais do corpo de Jeongguk.

Estavam perto de casa, não faltava muito para que chegassem. O clima frio não era tão terrível naquela tarde, permitindo que ficassem na rua sem incômodo algum.

— Eu nunca vou querer beijar outra boca Jeongguk. — sussurrou, bem próximo aos lábios vermelhos. Soprando o hálito quente contra ele. O Jeon fechou os olhos, tremendo o corpo com aquilo. — A sua já é o suficiente para mim, meu bem.

Ele viu Jeongguk sorrir, mostrando os dentes de coelhinho e enrugando o nariz. Os olhos ainda fechados, entregue demais às palavras de Taehyung e aos toques dele em seu pescoço, louco para sentir a boca que tanto gostava de beijar.

O Kim sorriu junto, não deixando de olhar para ele.

Estava tão pertinho... Podia admirar todos os detalhes dele a luz do dia; a franja negra caindo sobre a testa, olhos fechados, a boquinha vermelha levemente trêmula com o sorriso que ainda segurava, a pinta marrom abaixo do lábio inferior testando a sanidade de Taehyung. Lindo, lindo demais. Pensou.

Tomou a boca de Jeongguk em um selinho apertado, sentindo ele ofegar ao mesmo tempo em que segurava sua cintura, prendendo os dedos esguios em seu suéter. Prendeu os próprios dedos nos fios da nuca do outro ao abrir a boca para finalmente juntar sua língua com a dele, estremecendo com o contato e não deixando de arfar baixinho.

Eternal [taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora