Juntos

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- Boa tarde. Onde fica o restaurante? – quando a recepcionista percebeu que era ele, seus olhos se esbugalharam.

- Você segue reto nesse corredor, é a última entrada à esquerda.

- Obrigado. – Arthur agradeceu e saiu me puxando. Pude ver a moça me encarando desconfiada. Era isso, em breve o mundo saberia que eu e ele estávamos juntos. Esperava estar pronta para isso. Mas ah, a quem eu queria enganar? Já estava mais que na hora de eu mandar todos para a puta que pariu e ser feliz ao lado do homem que me ama.

Entramos no restaurante e eu fiquei totalmente encantada com o lugar. A estrutura era rústica, como uma casa velha desgastada pelos ventos e pelo tempo. O local tinha paredes divisórias que me faziam suspeitar que, outrora, aquele lugar havia sido uma residência. A decoração também continha muita madeira e vidro, nos deixando com a visão do belíssimo mar à nossa frente.

Arthur me encaminhou para um ambiente mais reservado e nos sentamos, logo sendo atendidos pelo garçom.

- Boa tarde! Me chamo César e atenderei vocês esta tarde. Vou trazer o menu. – O senhor falou e se retirou. Tiramos as máscaras e contemplamos o mar, fascinados pela vista diante de nós.

- 'Tô feliz que a gente se resolveu. – Arthur disparou. Voltei a mirá-lo e o encontrei sorrindo para mim. – Eu não aguentava mais. – Fez carinha de cachorro abandonado.

- É mesmo? Me conte mais sobre isso.

- É sério o que eu falei. Qualquer dia eu ia bater na tua porta, e ia propor que a gente se pegasse. Eu já 'tava no limite. – Falou meio indignado. O garçom chegou e colocou o cardápio à nossa frente.

- Aceitam alguma bebida? – o senhor perguntou.

- César, nos traga um champagne. – Arthur me surpreendeu. – Hoje eu quero comemorar! – meu coração apertou e sorri boba. Esse homem sabia mexer comigo.

- Pode deixar. – César se afastou novamente.

- Então, continua. – Instiguei. – Você estava no limite de quê?

- Não aguentava mais bater uma. Uma não, várias! – Não aguentei e soltei uma sonora gargalhada. Arthur ficou puto. Olhou para todos os lados vendo se as pessoas estavam olhando. Algumas olhavam mesmo.

- Desculpa, lindo. É que... – respirei. – Ufa... É que eu realmente não esperava ouvir isso. – expliquei e tentei me recompor.

- Você ri, né? Te prepara. Tu vai ver o que eu vou fazer contigo. – Ele ameaçou. Joguei a cabeça para o lado e mordi o lábio inferior. Olhei para ele com a sobrancelha arqueada.

- Eu mal posso esperar. – Respondi, mantendo firme a nossa troca de olhares.

- Carla, Carla. – Arthur negou com a cabeça, como se estivesse reprovando minha resposta. – Você vai pedir arrego. – Falou e se aproximou mais.

- Será, Arthur? – provoquei. – Bora apostar? – a essa altura eu já estava praticamente debruçada sobre a mesa.

- Bora. – Notamos o garçom se aproximando novamente e Arthur se calou. Voltamos a nossa posição normal e eu passei a mão pelos cabelos, ajeitando os fios.

- Já decidiram o que vão querer de entrada?

- Hm, ainda não. O que você indica? – perguntei a ele.

- Temos o Executivo do Chef que já vem a entrada, prato principal e sobremesa. – Sugeriu.

- Por mim pode ser. – Arthur respondeu.

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