Capítulo 5

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XXX

- Conseguiu as informações Will? - pergunto ao mesmo que olha o notebook a sua frente como se fosse uma coisa de outro mundo.

- Não é possível, tem algo de errado - digita mais um pouco, mexendo freneticamente no mouse.

- Para com isso, esse barulho está me irritando - levanto da minha cadeira e rodeio a mesa parando ao seu lado - O que não é possível?

- Eu achei quem pode ter feito a ameaça.

- Ótimo - dou um leve tapa no seu ombro - Me passa as informações que vamos atrás - segundos depois meu celular apita com a localização da pessoa - Reúna os homens e diz que vamos dar uma volta.

Saio do escritório indo em direção ao meu quarto para me arrumar, meu colete a prova de balas, uma glock nas costas, alcanço meu blazer azul escuro que faz conjunto com minha calça. Desço as escadas vendo todos na sala reunido já.

- Já passou as instruções? - pergunto a Will que confirma - Ótimo, vamos - todos vão na frente deixando eu mais Will para trás.

- Não vou poder ir agora - paro de andar o olhando.

- Por quais motivos? - faço uma cara interrogativa.

- Tenho que resolver uma coisa urgente agora, minha irmã precisa de mim - fico um pouco desconfiado mas deixo.

- Okay, de noite quero você aqui sem mas - o mesmo confirma.

Me viro saindo de casa e entrando no carro junto com alguns homens, seguimos o caminho que a localização nos passa.

Giulia Ortiz

- Will? - atendo o telefone pelo bluetooth do carro, saindo da empresa no fim do expediente.

- Giulia a onde você está? - pela voz ele está desesperado.

- Saindo do estacionamento da empresa, Will o que houve? - pergunto confusa.

- Me escuta, não vai para casa, está me ouvindo? Não vai! Vai o mais longe possível daqui, agora!

- O que!? Não, me fala o que está acontecendo - exijo com a voz firme e ele suspira do outro lado da linha.

- Me diz que você não está envolvida com a morte de Gustavo Silva - paro o carro no sinal vermelho prestando atenção.

- Que absurdo, n.. - ele interrompe.

- Não mente para mim Giulia - fala meio zangado.

- Para de enrolação e me diz o que está acontecendo, te vejo lá em casa daqui a vinte minutos.

- Não Giu... - desligo antes de terminar a frase.

Acelero para chegar mais rápido em casa. Faltando duas quadras para chegar, um carro que estava vindo, de repente entra na minha faixa vindo de frente comigo, tento desviar só que é tarde demais, fazendo atingir o capô do carro e o para-choque amassando, bato a cabeça no volante não tão forte mas o suficiente para fazer um corte na sobrancelha. Olho para frente desacreditada vendo o carro preto dando ré se afastando só um pouco, buzino puta da vida para quem seja pois não consigo ver a pessoa que dirige.

A porta do carro se abre revelando um homem musculoso da pele bronzeada, seus cabelos são preto ondulados com o corte social, vestindo um blazer e calça azul escuro que deixa com o ar mais elegante. Parei de analisa-lo quando o mesmo faz um movimento com a mão atrás das costas.

- Droga! Ele está armado - ligo o carro e com sorte pega a partida.

Dou ré escutando o cara gritar fazendo sair mais homens do carro. Viro o volante e faço o carro virar ficando de costas para eles, piso no acelerador fugindo dali com a lataria sendo baleada.

Obviamente, eu que não ia ficar lá para lutar pois não estava preparada com nenhuma arma em mãos só dentro do porta-malas, e até parece que eu ia descer e falar "Ei, calma que eu volto e nois começa a treta aqui". Provavelmente agora me procuram, vou ter que abandonar o carro.

- Eu não queria isso bebê - acaricio o painel.

Abro o porta-malas, vou ter que ser rápida. Pego minhas facas e uma pistola spring 30 com silenciador. Tenho que chegar em casa para pegar umas coisas antes, agora falta dez minutos para as sete o céu já escureceu.

Começo a caminhar em direção da minha casa de novo, só que por outro caminho. Chego no portão de casa com ninguém me perseguindo ou querendo me matar, percebo que as luzes da casa estão desligadas, cadê a cozinheira? Vou pela porta dos fundos, pego a chave destrancando então entro com cuidado na cozinha, verifico se a sala está vazia e passo indo para o quarto.

- Cadê? CADÊ!? - digo frustrada procurando meu notebook, na mesma hora a porta da sala faz um estrondo denunciando que foi arrombada - Merda - pronuncio mais baixo.

- Procurem tudo que for útil o resto destrua - ouso uma voz meio grossa falar.

Segundos depois passos ecoa no corredor vindo em direção ao quarto. Corro para trás de um espelho que é uma porta que tem ali para se esconder nesses casos, fecho a porta então o mesmo cara que ia me atirar na rua entra com tudo dentro do quarto.

Passou um tempo e o homem já tinha revirado tudo e não achado nada, nem meu esconderijo de armas de baixo da cama, ele se senta na cadeira que tem e olha ao redor mas seu olhar para no espelho onde eu estou, o mesmo levanta e vem andando analisando de cima a baixo o espelho, preparo minha arma para o atacar, ele se aproxima mais ficando cara a cara com o vidro, fecha o punho mirando no espelho para quebrar, levanto a arma na sua direção fechando os olhos e virando o rosto e esperando o vidro se estilhaça em mil pedaços.

Um Futuro Promissor 《Em Andamento》Onde histórias criam vida. Descubra agora