Capítulo 10

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Leandro Hills

— Cara o que aconteceu com você, um leão te atacou de noite? — pergunta Will chegando na cozinha e vendo meu estado, que aquela mulher me deixou ontem, e como estou só de calça moletom preto, da para ver perfeitamente os cortes em minha barriga e um pequeno na boca pela ajoelhada que recebi.

— Engraçado, muito engraçado olha como estou morrendo de rir — falo com mau humor e segundos depois sua gargalhada preenche a cozinha, bebo um pouco do café observando ele se sentar junto comigo.

— Mas é sério agora, o que houve? — pega uma maçã.

— Coisas de sempre sabe, uma mulher vim aqui e me dar uma surra — o mesmo me olha espantado mas segurando o riso também.

— Você levou uma surra tipo briga mesmo ou uma surra das boas? — pergunta de forma maliciosa na última parte.

— O que acha? — me olha de cima a baixo — Uma boa que não foi.

— Vai que né — dá de ombros — Mas e a mulher?

— A sufoquei até desmaiar e prendi em um dos quartos — dou de ombros.

— E qual é o nome da corajosa mulher? — diz como não quer nada com nada mas eu vi seu rosto se tornar preocupação por míseros segundos.

— Ela me respondeu que é a portadora da minha morte, quase achei que era verdade por ter a ousadia de atirar na perna — sua face ficou chocada e depois riu que chegou a cair de lado da cadeira, olho com tédio — Já acabou?

— Desculpa, mas ouvir que você levou um tiro e uma surra de uma mulher é quase hilário.

— Sei, sei! Até porque nunca se aconteceu uma coisa dessas, entendi — ele aponta para mim dando como confirmação.

Ficamos em silêncio terminado de comer. Um estrondo é se ouvido lá de cima seguido de grito, dou risada já imaginando quem é, finjo que não ouvi continuando a comer fazendo os berros parar. Estranhando me levanto indo verificar mas paro no lugar quando vejo ela estática na porta da cozinha com seus olhos castanho claro arregalados parecendo não acreditar no que vê.

— Como saiu de lá? — Will se vira para mim então percebe que eu olho atrás dele e segue o olhar ficando com cara de espanto.

— Q—que caralhos é isso!? — visivelmente brava e confusa agora ela pergunta.

— Giu...e—eu posso explicar — se levanta Will pedindo calma com as mãos.

— Sou toda ouvidos — cruza os braços.

— O que está acontecendo aqui? — pergunto e eles percebem que também estou aqui.

— Eu que pergunto, não acha? — a mulher ao qual Will chamou de Giu encara nos dois.

— Que tal se alimentar primeiro?

— Nada disso Will Marchi, sabe que não gosto de enrolação —  bate o pé a mulher.

— Okay, como posso começar? — pensa.

— Obviamente do começo — abre os braços como se fosse óbvio.

— Estão se esquecendo que eu estou aqui e que vocês me devem uma explicação agora! — brandei já irritado com tudo aquilo — Para meu escritório, agora — intimido ambos.

Passo no meio dos dois, eles me segue em silêncio total, entramos no corredor que dá ao escritório, abro a porta me sentando na cadeira atrás da mesa, Will fecha a porta se sentando na cadeira a frente ao lado de uma pessoinha com a cara nada boa.

— Então quem começa? — pergunto me ajeitando no acento.

— De as honras — a bravinha aponta para meu amigo.

— Bom, Leandro essa é a irmã que eu tanto falava. E Giulia desculpa esconder coisas de você mas era para seu bem entenda, além disso a senhorita não pode me julgar também — acusa e ela muda sua face para uma culpada.

— Escondi para te proteger. E pensei que foi capturado por minha culpa seu idiota, estou nessa porque vim atrás da vossa excelência — diz com sarcasmo.

— Como capturado, a onde ouviu isso?

— Escutei Leandro mandando um do seus homens ir atrás de você, então vim aqui fazer ele pagar meu carro e resgatar você.

— Já disse que não vou pagar carro nenhum — encaro a surtadinha.

— A porém você vai nem que para isso te torture — enfrenta.

— Peço que meça as palavras se quiser ficar viva — ameaço lançando um olhar mortal, ela vai falar mas Will interfere.

— Giulia não! — avisa.

— Nenhum homem me ameaça assim — diz com raiva.

— Eu sei porém você não está em vantagem, por favor não — súplica e a mesma bufa se jogando na cadeira concordando, sorrio satisfeito ela vê e me lança um olhar feio.

— Te procurei e não obtive sucesso então tive que tomar umas medidas.

— Que fez meu primo ir ao meu encontro por exemplo?

— Eu tinha que te proteger! Mas é tão teimosa — suspira.

— Entendi o que houve, desentendimento entre vocês mas isso não vai salvar ela.

— Não, te imploro. Perdoa minha irmã creio que não foi por intenção.

— Antes não, agora é — olhamos para Giulia — O que foi? Ele encheu meu bebê de bala e tive que abandonar.

— Você não está ajudando — fala seu irmão.

— Qual é ele nem deve ser tão fodão como diz — pego minha arma debaixo da mesa apontando na sua direção.

— Não provoca, para você morrer é em um piscar de olhos.

— O bom disso vai ser que não vou precisar olhar para essa sua cara, já não fui com ela — destravo a arma.

— Por favor! — olho para meu amigo de pé.

— Me de um motivo para eu não fazer isso.

— Se lembra que me deve uma — xingo — Obrigado.

— Não sei o por quê você se importa com ela sendo que a mesma provoca parecendo não está nem aí — guardo a arma.

— É como uma família para mim.

— Ela vive e esqueço toda as suas ameaças, com uma condição — concorda ele — Não posso deixar ir embora com o que sabe, uma das regras do conselho superior, então terá que trabalhar para mim agora.

— O QUE!? — grita a revoltada.

— Claro, valeu mesmo Leandro. Vamos Giulia — Will pega no braço da mesma que tem a cara indignada, mando um beijo e tchau, ela tenta avançar só que seu irmão segura com mais força, sorrio de lado.

Um Futuro Promissor 《Em Andamento》Onde histórias criam vida. Descubra agora