the ring

140 21 75
                                    

jade o'conner walker.
los angeles, CA.

Acordei, me vendo no sofá, olhei o relógio que marcava 17h30. Me levantei, vendo meu celular que tinha 10 chamadas perdidas.

Liguei de volta para o número chamado na qual era da minha mãe.

Oi! Por que me ligou? — Falei bocejando.

Queria saber o que você vai fazer hoje. Foi vista saindo de dois estúdios de tatuagem hoje, não me diga que fez uma... — Ela disse, com a decepção na sua voz. — Outra coisa, estou achando ótimo esse negócio de você aparecer em todos os sites, a internet está fazendo esse trabalho por nós. — A mesma riu.

Não fiz tatuagem nenhuma, Dona Monica. Só coloquei um piercing. Eu estou odiando esse negócio, depois que acontecer o que tem pra acontecer, eu estou imaginado o tanto de pessoas que vão me parar na rua pra perguntar como eu estou. Vai ser uma merda.

— Fica tranquila, isso é o de menos. E aonde você colocou o piercing?

— No peito.

— NO PEITO?! — Minha mãe berrou, afastei o celular da minha orelha. — Meu Deus. Eu também tenho um. — Eu gargalhei.

NÃO ACREDITO! QUE SAFADA, DONA MONICA?! — Ela riu comigo.

Doeu tanto que eu tive que deixar. Agora que eu sei, faz sentido, Justin com seu sutiã nos peitos dele.

— É, ele que fez uma tatuagem. — Fiquei seria novamente.

— Eu vi. Enfim, filha... Que bom que está tudo bem. Vai fazer alguma coisa com a gangue hoje? — Me questionou.

Na verdade, sim. Temos um pega para ir hoje.

— Por mais que eu saiba que vai ficar tudo bem, tome cuidado. Sei que você é uma agente e tal. Mas eu te amo menina, TOME CUIDADO.

Eu nunca treinei uma corrida de racha, é claro, por ser ilegal. Mas quando tirei a carteira aos 16, TUDO eu fazia de carro, meu pai também me levava de madrugada em estradas para eu aprender à andar em velocidade máxima, para que eu pudesse me dar bem na hora de perseguições, na qual eu posso um dia passar, e essas coisas, foram ordens do próprio FBI. Eu não tive uma adolescência muito normal, eu sei.

Ok. Eu te amo mais, mãe! Beijinhos. — Desliguei o celular depois que nos despedimos.

Subi no meu quarto, coloquei minhas ataduras, e coloquei uma roupa adequada para o que eu ia fazer.

Ajeitei minha posição para começar, e deu chute no alto do saco de pancada. O treino com o saco de pancada era sempre bem aleatório. Eu já tive o corpo definido, eu fazia boxe, jiu-jitsu, judô, muay thai, krav maga, todos os tipos de artes marciais, eu mal tinha tempo para estudar, mas mesmo assim, sempre me saí bem nas provas.

Meu pai sempre me ajudava, e estava presente nessas áreas, mas reparava o quanto eu nem tinha forças no fim de semana. Então ele me tirou de metade delas, o que eu gostei e não gostei ao mesmo tempo, eu tinha 13 quando comecei, e 15 quando parei com metade delas.

Era o típico agir de uma adolescente que acha que se manda. Achava que daria conta das 5 lutas. Por causa desses e outros motivos, eu nunca liguei para amizade, nunca fui carente de querer namorado, e o engraçado disso é que eu vejo a Emily como uma irmã.

the agent Onde histórias criam vida. Descubra agora